(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas COVID-19

Comerciantes de Montes Claros pressionam prefeitura para relaxamento da quarentena

Prefeito Humberto Souto prorrogou medidas de isolamento social no munic�pio at� 30 de abril


postado em 22/04/2020 18:58 / atualizado em 22/04/2020 19:33

Lojistas protestaram na Praça Doutor Carlos contra o fechamento do comércio na cidade(foto: Rafael Bicalho/Ronda Geraes)
Lojistas protestaram na Pra�a Doutor Carlos contra o fechamento do com�rcio na cidade (foto: Rafael Bicalho/Ronda Geraes)
As entidades de classe do com�rcio, da ind�stria e de servi�os de Montes Claros, no Norte de Minas, encaminharam uma carta conjunta � prefeitura local, solicitando a abertura dos estabelecimentos comerciais e de presta��o de servi�os n�o essenciais da cidade. Por causa do isolamento social contra a propaga��o do coronavirus (COVID-19), o com�rcio n�o essencial do munic�pio est� fechado desde o dia 23 de mar�o.

As atividades dos lojistas e prestadores de servi�os retornariam nesta quarta-feira (22). Mas o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (Cidadania), por meio decreto, prorrogou as medidas de distanciamento social no munic�pio at� 30 de abril

A carta conjunta das entidades foi apresentada em reuni�o com os vereadores, na C�mara Municipal, na manh� esta quarta-feira, sendo  encaminhada ainda ao Minist�rio P�blico Estadual (MPMG). Tamb�m nesta quarta, um grupo de comerciantes fez um protesto na Pra�a Doutor Carlos, no Centro da cidade, cobrando flexibiliza��o das medidas. No entanto, at� o final da tarde, o Executivo Municipal n�o havia dado resposta a respeito da reivindica��o. 
 
(foto: Rafael Bicalho/Ronda Geraes)
(foto: Rafael Bicalho/Ronda Geraes)
 
O documento apresentado na C�mara de Vereadores foi assinado pelos dirigentes da Associa��o Comercial, Industrial e de Servi�os (ACI), C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Montes Claros e Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais – FIEMG/Regional Norte, entre outras entidades.
 
Os representantes do com�rcio, da ind�stria e dos prestadores de servi�os propuseram “a libera��o parcial do isolamento social permitindo a volta ao trabalho de todos que est�o fora dos grupos de riscos assim definido pelos decretos municipais, e outras medidas de car�ter tribut�rio indispens�veis � sobreviv�ncia da economia local”. Eles solicitaram a prorroga��o dos vencimentos dos tributos municipais e um sistema de parcelamento (Refis) das d�vidas de impostos com a prefeitura. 

Tamb�m apresentaram a proposta de forma��o de uma comiss�o parit�ria, com representantes das �reas de sa�de, desenvolvimento econ�mico, procuradoria jur�dica e finan�as da prefeitura e representantes das entidades de classe e C�mara de Vereadores, “para auxiliar no plano de retomada das atividades econ�micas, com responsabilidade social, levando em conta sua adequa��o com as medidas necess�rias de prote��o � sa�de da popula��o”. 

No protesto realizado na Pra�a Doutor Carlos, os comerciantes exibiram cartazes, com queixas sobre as consequ�ncias enfrentadas em decorr�ncia do fechamento de suas lojas, principalmente com rela��o ao ac�mulo de d�vidas e ao risco de desemprego. Os manifestantes ficaram afastados um dos outros por uma dist�ncia m�nima, para evitar os riscos de contamina��o do coronav�rus.

Dono de uma loja de confec��es no Centro de Montes Claros, Jos� Aur�lio Souza Rocha foi um dos participantes do protesto. Segundo ele, o clima entre os comerciantes � de desespero com o fechamento dos seus estabelecimentos. “Se a situa��o n�o for resolvida logo, creio que vai haver muita fal�ncia e muito desemprego. Muitos lojistas est�o desesperados”, afirmou Rocha.

Ele disse que, al�m dos sal�rios dos funcion�rios, d�vidas das compras de mercadorias, contas de luz e �gua e obriga��es sociais, uma das grandes dificuldades dos comerciantes � o custo fixo dos alugu�is, j� que n�o est�o tendo receitas. Por isso, est�o tentando um acordo com as imobili�rias para negociar descontos ou prorroga��o do pagamento. “No meu caso, por exemplo, o aluguel � de R$ 10 mil mensais. Em dois meses, a despesa passa para R$ 20 mil”, declarou. 

O comerciante disse que sua situa��o n�o est� pior porque produzia e vendia confec��es e recorreu � alternativa de comercializar m�scaras, conseguindo autoriza��o da prefeitura para produzir as pe�as usadas na preven��o contra a COVID-19. Rocha informou que produz as m�scaras em parceria com um grupo de costureiras. Revelou ainda que somente uma parte da produ��o � destinada � comercializa��o, fazendo doa��es de outra a entidades filantr�picas. 

O pequeno empres�rio afirmou que, mesmo com a “alternativa” da fabrica��o de m�scaras, est� enfrentando muitas dificuldades com o fechamento do com�rcio. Ele disse que seu empreendimento garante os postos de trabalho para chefes de 10 fam�lias e seu maior receio � que seja obrigado a fazer demiss�es


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)