
Dona Jurema nasceu em 1923 em uma fazenda no interior de Minas Gerais e aprendeu a costurar aos 12 anos, com uma professora da escola. Antes da pandemia, sa�a para fazer compras, pagar contas, ir � igreja, realizar trabalhos volunt�rios, mas desde a recomenda��o das autoridades para que todos fiquem em casa, ela tem seguido � risca a orienta��o do Minist�rio da Sa�de.
Por conta da idade avan�ada, s�o os filhos de Dona Jurema os respons�veis por fazer as atividades da m�e na rua. Ela, que faz parte do grupo de risco do coronav�rus, manda um recado: “Fique em casa, confinado, at� a hora que as autoridades falarem que podemos voltar � vida normal”.
A sugest�o de come�ar a costurar m�scaras veio de uma amiga da neta, que deu m�scaras de presente para Dona Jurema. A partir desses exemplares de m�scaras de tecido, ela tirou o molde e se dedicou � tarefa. “Aben�oo muito quem me deu o molde para ter as condi��es de fazer as m�scaras para doar”, comenta a quase centen�ria.
O dia a dia de Dona Jurema durante a pandemia consiste al�m da produ��o das m�scaras, em regar as plantas, alimentar o gato, assistir missas transmitidas pela televis�o, costurar, cozinhar e arrumar a casa. Os quatro filhos de Dona Jurema v�o poucas vezes por m�s na casa da m�e, somente para verificar se ela est� tomando todas as precau��es: “Quando eles v�m, usamos m�scaras, ficamos distantes e passamos �lcool gel”, recomenda.
(* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Fred Bottrel)