
Luiz Ribeiro
Apelos a munic�pios vizinhos, refor�o das recomenda��es � popula��o para isolamento, of�cio com alerta a autoridades sanit�rias estaduais e federais, trabalho para aumento do n�mero de leitos de terapia intensiva e at� toque de recolher. Com esse arsenal limitado, prefeitos de cidades que s�o refer�ncia para atendimento em dezenas de outras ou que ficam perto de estados como o Rio de Janeiro ou S�o Paulo – onde as mortes por COVID-19 chegaram � casa do milhar – veem com apreens�o o avan�o da pandemia e a press�o que vem de fora sobre seus sistemas de sa�de.
Nem mesmo a capital, com a infraestrutura de atendimento de maior capacidade e complexidade do estado, escapa do desafio representado pela press�o das popula��es vizinhas. Segundo dados da Central de Interna��o da Secretaria Municipal de Sa�de, entre 17 de mar�o, data da publica��o do decreto municipal motivado pela pandemia, e 7 de maio, Belo Horizonte recebeu pedidos de interna��o para 303 pacientes com sintomas de s�ndrome respirat�ria aguda grave e indica��o para UTI. Desses, 47%, ou 142, eram procedentes do interior.
Segundo a Sa�de municipal, as cidades com maior n�mero de pedidos para interna��o em BH s�o Ribeir�o das Neves, Santa Luzia, Contagem, Vespasiano, Sabar� e Caet�. E esses dados n�o contabilizam as interna��es que ocorrem pelos servi�os de urg�ncia e emerg�ncia, os chamados servi�os de porta aberta, que s�o procurados diretamente pelos pacientes.
Se a press�o externa � um desafio para a capital, nas cidades-polo do interior ela vem tirando o sono de muitos administradores. A mensagem de alerta � geral: caso a sa�de desses munic�pios de refer�ncia n�o suporte a sobrecarga, n�o apenas a popula��o local sofrer�, mas todos os moradores que demandam servi�os m�dicos em regi�es inteiras, e at� em estados vizinhos. Colapso � a palavra mais temida nos polos da sa�de em Minas Gerais.
Sob risco da demanda que chega via estradas
Com a chegada da pandemia de COVID-19, a acolhida de doentes de outras cidades vem sobrecarregando ainda mais o sistema de sa�de de Montes Claros, munic�pio de 409 mil habitantes que � refer�ncia para o atendimento de m�dia e alta complexidade de 86 cidades do entorno no Norte de Minas. Considerada o segundo maior entroncamento rodovi�rio nacional, atr�s de S�o Paulo, a cidade tamb�m recebe pacientes de fora de Minas, especialmente de pequenos munic�pios do Sul da Bahia.
A secret�ria municipal de Sa�de, Dulce Pimenta, afirma que a cidade � o “anteparo” para impedir consequ�ncias mais graves da COVID-19 em toda a regi�o. “Se Montes Claros tiver um caos no sistema de sa�de, n�o � s� a popula��o daqui que vai sofrer com isso. Ser� 1,6 milh�o pessoas da macrorregi�o”, alerta.

Ela explica que, devido � condi��o de cidade-polo do Norte de Minas, o Centro Integrado de Comando e Controle Local da CODIV-19 tem acompanhado a implanta��o das medidas de isolamento social em outros munic�pios do Norte mineiro. “Quando a gente coloca que Montes Claros � refer�ncia para 86 munic�pios, isso � um desenho de planejamento. Sabemos que na pr�tica, a cidade � refer�ncia para mais de 100 outras”, diz a secret�ria, lembrando especialmente a demanda de pacientes do Sul da Bahia.
Entroncamento At� ontem, Montes Claros tinha confirma��es de 29 casos e de duas mortes pela COVID-19, com 2.569 pacientes suspeitos notificados, 466 casos investigados e 474 descartados, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de. A secret�ria Dulce Pimenta informou que havia 21 pacientes internados com suspeita ou confirma��o de cont�gio por coronav�rus em hospitais locais, dos quais 13 s�o de fora da cidade.
“Estamos com um paciente internado com COVID-19 proveniente do Cear�, uma pessoa que estava em tr�nsito. Foi diagnosticada com a doen�a e o quadro piorou, necessitando da interna��o”, afirmou a secret�ria. O fato demonstra, afirma ela, que a cidade tamb�m tem maior demanda de atendimento por ser um entroncamento rodovi�rio importante do pa�s.
Por Montes Claros circulam ve�culos de passeio e de carga que viajam entre o Centro-Sul e o Nordeste do Brasil, percorrendo a BR-135 (acesso a Belo Horizonte), BR-365 (liga��o com o Tri�ngulo Mineiro) e a BR-251 (Montes Claros/BR-116 – Rio-Bahia).
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de, Montes Claros contava com 75 leitos de UTI, mas, diante da pandemia, conseguiu a instala��o de mais 74, aguardando a habilita��o deles junto ao Minist�rio da Sa�de para atendimento de pacientes da COVID-19. Com isso, chegar� � soma de 149 leitos de terapia intensiva.
Atualmente, a taxa de ocupa��o das vagas de UTI na cidade � de 76%, mas considerando somente as 75 j� em opera��o. O munic�pio anuncia que at� junho vai implantar um hospital de campanha em unidade de pronto-atendimento para atender casos mais simples e liberar espa�o nos demais para os pacientes graves da COVID-19.
Apelo a outras prefeituras
A secret�ria Dulce Pimenta afirma que o encaminhamento de pacientes com a COVID-19 para Montes Claros � feito dentro do pacto entre os servi�os de sa�de municipais e a Secretaria de Estado de Sa�de. “As transfer�ncias obedecem ao fluxo firmado entre os gestores. No entanto, � muito importante que os munic�pios da macrorregi�o cumpram tamb�m seu papel dentro da rede, evitando congestionamento em Montes Claros”, afirma.
Considerando a situa��o, o Centro de Controle da COVID-19 de Montes Claros encaminhou recomenda��o aos prefeitos dos demais munic�pios do Norte de Minas para que atendam pessoas com suspeita de coronav�rus em suas unidades b�sicas, fazendo a triagem dos casos e evitando a sobrecarga nos hospitais da cidade-polo.
Dulce Pimenta lembrou que o prefeito de Humberto Souto (Cidadania), em reuni�o do mesmo comit�, disse que adotou medidas rigorosas de isolamento social para diminuir a propaga��o do novo coronav�rus.
Mas alertou que, se os prefeitos dos demais munic�pios norte-mineiros afrouxarem as medidas do distanciamento social, haver� riscos de grande aumento da doen�a na regi�o, o que poder� resultar em colapso no sistema de sa�de de Montes Claros.
“O prefeito Humberto Souto alertou para a necessidade de flexibiliza��o das medidas de isolamento de forma programada e respons�vel, advertindo que um colapso do sistema de sa�de hospitalar em Montes Claros, afetaria toda a macrorregi�o”, disse Dulce.
“Cada gestor tem autonomia para decidir as medidas de contingenciamento do seu munic�pio para o COVID -19, mas � importante avaliar o impacto que essas medidas ter�o no sistema hospitalar de Montes Claros, que � refer�ncia”, completou.
Triagem falha exp�e unidades e pacientes
Pacientes de outros munic�pios tamb�m sobrecarregam a sa�de em Governador Valadares, cidade de 279,8 mil habitantes, no Leste do estado. “O maior impacto causado por munic�pios vizinhos � o encaminhamento de pacientes que apresentam sintomas leves ou que n�o t�m hist�ria bem definida de evolu��o de doen�a, colocando em risco o pr�prio paciente, que muitas vezes n�o se enquadraria como caso suspeito de COVID-19”, afirma o prefeito Andr� Merlo (PSDB). “Al�m disso, recai sobre o munic�pio o recebimento e entrega dos resultados de confirma��o ou descarte de caso suspeito”, completa.
O prefeito lembra o que Governador Valadares � refer�ncia em m�dia e alta complexidade para 51 munic�pios do Leste do estado. Desta forma, acaba recebendo o fluxo de atendimento contaminados pelo coronav�rus em toda a regi�o. Segundo ele, o munic�pio ainda n�o recebeu pacientes com a COVID-19 de estados vizinhos, apesar de ser rota de importantes rodovias, como as BRs 116 e 381.

A prefeitura informa que o Hospital Municipal de Governador Valadares disp�e de 18 leitos de terapia intensiva exclusivos para atendimento a pacientes com suspeita ou confirma��o de COVID-19, sendo 16 adultos e dois pedi�tricos. Atualmente, a taxa de ocupa��o dos leitos de UTI no munic�pio � de 11%.
A cidade trata sete pacientes internados em decorr�ncia da COVID-19, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, cujo balan�o apontava, at� ontem, 36 casos confirmados e quatro mortes causadas pelo novo coronav�rus. Foram notificados na cidade 1.122 registros suspeitos de contamina��o pelo novo coronav�rus.
Juiz de Fora teme reflexos de colapso no Rio de Janeiro
Marcos Alfredo
Cidade-polo da Zona da Mata e vizinha ao estado do Rio de Janeiro, onde a sa�de beira o colapso, Juiz de Fora � a segunda cidade no estado com mais casos confirmados de COVID-19. Al�m de ser refer�ncia na regi�o – que engloba 94 munic�pios mineiros – o munic�pio acaba sendo alternativa para a popula��o de cidades do estado vizinho.
De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, nas duas �ltimas semanas de abril foram identificados no sistema de sa�de municipal oito pacientes com sintomas de COVID-19 provenientes do estado do Rio. Diante da situa��o, em 27 de abril, o Executivo enviou of�cio � Secretaria de Sa�de de Minas Gerais e ao Minist�rio da Sa�de relatando preocupa��o com o fato e pedindo orienta��o formal, j� que o sistema regional n�o foi concebido para recebimento de pacientes de outros estados. O of�cio pede provid�ncias para a instala��o de barreias sanit�rias ou que sejam implementados mais leitos de tratamento intensivo, capazes de atender � demanda extra.
"Nossa capacidade instalada de leitos (de UTI) tem uma reserva pequena (...) Foi nesse contexto que decidi (...) manter o decreto vigente de isolamento social e n�o adotar nenhuma medida de flexibiliza��o"
Ant�nio Almas, prefeito de Juiz de Fora e m�dico
Como informou o prefeito Ant�nio Almas, em coletiva no �ltimo dia 1º, Juiz de Fora apresentou pico acentuado no n�mero de casos suspeitos de COVID-19. “Nossa capacidade instalada de leitos (de UTI) tem uma reserva pequena diante do cen�rio de casos que se apresentam. Foi nesse contexto que decidi, com os membros do Comit� Municipal de Enfrentamento � COVID-19, manter o decreto vigente de isolamento social e n�o adotar nenhuma medida de flexibiliza��o das atividades econ�micas em nossa cidade”, disse o chefe do Executivo municipal, que tamb�m � m�dico.
Fabiano Galv�o, de 55 anos, funcion�rio p�blico e morador da Zona Norte, tem desconfian�a da migra��o de pacientes do estado vizinho. Para ele, isso vai sobrecarregar os hospitais. “A minha preocupa��o na verdade � essa. Em Juiz de Fora as pessoas est�o bem conscientes e est�o tomando os cuidados devidos. J� no Rio tem esse grande problema: as pessoas j� ficam mais � vontade e n�o est�o levando a s�rio a doen�a. Ent�o, sou contra a vinda de pacientes do Rio”, explica.
CASOS CONFIRMADOS Ap�s a capital mineira, Juiz de Fora tem o segundo maior n�mero de casos confirmados no estado. De acordo com boletim epidemiol�gico da Secretaria de Sa�de de Minas Gerais, divulgado ontem, a cidade tem 307 casos confirmados de COVID-19 e 13 mortes pela doen�a.
Al�m disso, apresenta o maior �ndice de crescimento de casos confirmados de COVID-19. Conforme levantamento de 20 dias, de 22 de abril at� ontem, Juiz de Fora apresentava 207% de aumento nos casos confirmados, ante 99,38% em Belo Horizonte. Apesar do aumento, para o prefeito, a cidade ainda n�o atingiu o pico da doen�a, e a situa��o s� n�o � pior devido �s a��es adotadas antes.
Em 15 de abril, prefeitura e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) assinaram termo de coopera��o t�cnica. No documento, a universidade se compromete a colaborar com o poder p�blico municipal nas a��es para o enfrentamento � COVID-19, incluindo a realiza��o de testes para constata��o da doen�a. As amostras s�o coletadas pela Sa�de municipal e encaminhadas � UFJF, que contabilizou nesta semana 150 exames.
Apesar da colabora��o, o prefeito reconhece que a capacidade de testagem � insuficiente. “O n�mero de testes para COVID-19 est� muito aqu�m do ideal, como acontece em todo o Brasil e em alguns pa�ses. Temos capacidade muito pequena de aplica��o”, destaca Almas.

Previs�o preocupante
Antes do in�cio da pandemia, Juiz de Fora tinha 108 leitos de UTI. Atualmente, s�o 134, 37 exclusivos para pacientes de COVID-19. Segundo a prefeitura, a taxa de ocupa��o caiu de 84% – considerada faixa de alerta – para 73,14% ontem. O motivo foi a implementa��o de 10 novos leitos de terapia intensiva que est�o funcionando desde o dia 4 deste m�s. Mas ser� preciso mais, adverte o prefeito. “Temos certeza de que ainda precisaremos de uma capacidade de UTI maior. Se n�o fizermos a nossa parte, teremos um grande problema sanit�rio logo ali na frente. O que estamos assistindo em v�rios lugares do Brasil poder� se repetir em Juiz de Fora. Isolamento social � a �nica solu��o”, ressalta Ant�nio Almas.
Ansiedade se espalha na divisa com S�o Paulo
Portal Terra do Mandu
As quatro regionais de Sa�de do Sul de Minas (Alfenas, Passos, Pouso Alegre e Varginha) somam 379 casos confirmados de COVID-19, al�m de 22 mortes, totalizando 401 casos positivos para o novo coronav�rus, de acordo com o boletim divulgado na quarta-feira pela Secretaria de Estado de Sa�de. A situa��o � mais preocupante para as cidades que fazem parte da Superintend�ncia Regional de Sa�de de Pouso Alegre, mais pr�ximas de S�o Paulo (SP), epicentro da pandemia no Brasil. Do total de casos no Sul de Minas, 234 est�o nessa regional, com 16 mortes associadas ao novo coronav�rus.
A 200 quil�metros da capital paulista e a 100 da divisa dos estados, Pouso Alegre, de 150 mil habitantes, tem 58 casos de pessoas com teste positivo para o novo coronav�rus, com tr�s mortes. Extrema, com 36 mil moradores, a seis quil�metros da divisa e a 100 da cidade de S�o Paulo pela Rodovia Fern�o Dias, tem 48 casos, com tr�s mortes.
As duas cidades aparecem entre os 10 munic�pios de Minas Gerais com maior n�mero de casos da COVID-19, atr�s de Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Uberl�ndia, Divin�polis, Uberaba e Nova Lima.
Apesar da situa��o, a secret�ria de Sa�de de Pouso Alegre, S�lvia Regina Pereira, afirma que a situa��o est� sob controle. Com base nessa cren�a, o funcionamento do com�rcio local foi flexibilizado, incluindo a reabertura bares, restaurantes, shopping e academias. Regras de higieniza��o, uso de m�scaras e distanciamento em filas devem ser obedecidas.
Por ser cidade-polo, Pouso Alegre recebe pacientes de 32 munic�pios. Atualmente, s�o 40 leitos de terapia intensiva disponibilizados para tratamento de pacientes com COVID-19. Desse total, tr�s leitos tinham pacientes internados nesta semana, n�o chegando a 10% da capacidade.
“A gente tem que estar preparado porque nossa popula��o, somando essas 32 cidades, � de 543 mil habitantes. Hoje n�s temos uma situa��o favor�vel, mas que pode mudar rapidamente”, diz S�lvia Regina, que ainda lembra que o tempo de perman�ncia de um paciente com COVID-19 em UTI � de 15 a 30 dias. Por isso, a necessidade de n�o relaxar as medidas de aten��o.

A proximidade com o estado de S�o Paulo, que j� soma mais de 3 mil mortes pelo novo coronav�rus, preocupa. “Temos conversado com prefeitos e secret�rios de Sa�de das cidades da regi�o para manter uma posi��o uniforme, porque n�o adianta um munic�pio tomar medidas preventivas e o outro n�o fazer nada”, afirma a secret�ria de Sa�de Pouso Alegre.
Por enquanto, as cidades da regi�o n�o recebem pacientes vindos do estado de S�o Paulo. Mas, � algo que n�o � descartado, j� que o Minist�rio da Sa�de considera o Sistema �nico de Sa�de como universal. Isso significa que, onde houver leitos dispon�veis, eles poder�o ser usados por quem n�o tem essa disponibilidade.
Por essas e outras raz�es, Pouso Alegre se prepara para uma poss�vel superlota��o do principal hospital da regi�o, o Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio. Na �ltima semana, a prefeitura anunciou que as instala��es da Unidade de Pronto-Atendimento 24 horas, em fase final de constru��o, funcionar�o, em um primeiro momento, como hospital de campanha, com 26 leitos para interna��o de casos moderados. O local j� est� funcionando como ambulat�rio para pessoas com sintomas do novo coronav�rus.
Extrema adota toque de recolher
A Prefeitura de Extrema adotou toque de recolher ap�s decreto do prefeito Jo�o Batista da Silva. A medida foi implantada pr�ximo aos feriados de 21 de abril de 1º de maio e estendida pelo menos at� esta segunda-feira. No per�odo, foi proibida a circula��o de pessoas em vias p�blicas entre 18h e 6h. Os pontos de com�rcio essencial que est�o liberados para funcionar devem fechar �s 17h30, para dar aos funcion�rios tempo de voltar para casa. Outras medidas adotadas para o combate ao novo coronav�rus foram a compra de equipamentos m�dicos, como respiradores, para o hospital local, al�m da distribui��o de �lcool em gel e da organiza��o de filas em pontos de aglomera��o, como ag�ncias banc�rias. (Magson Gomes/Especial para o EM)

Divin�polis em alerta constante
Portal Gerais
Com 47% dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ocupados, Divin�polis, cidade-polo da macrorregi�o Oeste, faz monitoramento constante para tra�ar estrat�gias de enfrentamento � COVID-19. Das 134 vagas dispon�veis, 63 estavam preenchidas at� ontem, por pacientes com causas variadas.
A maior fatia de leitos corresponde � rede particular, 78, com 38 ocupa��es. O Sistema �nico de Sa�de (SUS) responde pelos 56 restantes, e est� com 25 pacientes internados. Das interna��es, 16 s�o de pessoas com quadro cl�nico para o novo coronav�rus. O n�mero � referente a moradores de Divin�polis e de outros munic�pios do Centro-Oeste.
Apesar de ser refer�ncia para 54 cidades do Centro-Oeste, Divin�polis � porta de acesso em COVID-19 na rede p�blica de seis: Perdig�o, Ara�jos, S�o Sebasti�o do Oeste, S�o Gon�alo do Par�, Carmo do Cajuru e Cl�udio. Juntos, essas cidades contabilizam 122 casos confirmados da doen�a, segundo a Secretaria de Estado de Sa�de. Se considerados os boletins municipais, o n�mero sobe para 135.
Apenas Divin�polis (119), Carmo do Cajuru (seis), S�o Sebasti�o do Oeste (sete) e Cl�udio (tr�s) t�m pacientes testados para o novo coronav�rus. As duas primeiras cidades contabilizam dois �bitos cada, conforme as secretariais municipais.
A divis�o administrativa alivia as unidades hospitalares credenciadas ao SUS de Divin�polis, mas n�o deixa de gerar preocupa��o. “A gente tem a plena consci�ncia de que, se a regi�o entrar em colapso, e se a gente tiver folga nos nossos leitos, n�o h� como neg�-los”, afirmou o secret�rio municipal de Sa�de, Amarildo de Sousa. Dos 54 munic�pios da macrorregi�o, 18 t�m confirma��es da doen�a, ultrapassando os 170 casos, segundo a Sa�de estadual.
ESTRAT�GIAS A macrorregi�o Oeste foi a primeira do estado a apresentar o plano de conting�ncia de enfrentamento � COVID-19. O hospital de campanha instalado no estacionamento da unidade de pronto-atendimento (UPA), est� em funcionamento com 40 leitos, sendo 20 de enfermaria e 20 de UTI.
Outros 40 leitos ser�o abertos na Cl�nica Bento Menni, para atendimento de baixa e m�dia complexidade, caso necess�rio. A ala est� em reforma, com investimento de R$ 80 mil, doados por uma cooperativa de cr�dito. Mesmo com a flexibiliza��o das atividades econ�micas, o secret�rio Amarildo de Sousa refor�a a import�ncia do isolamento social como principal ferramenta de preven��o. (Amanda Quintiliano especial para o EM)