
N�o h� consenso entre comerciantes e a popula��o sobre o retorno das atividades econ�micas, j� que Juiz de Fora � cidade-polo da Zona da Mata e ocupa o segundo lugar no estado em casos confirmados de contamina��o pela COVID-19.
De acordo com boletim epidemiol�gico desta segunda, divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES), o munic�pio de 600 mil habitantes registra 396 pessoas infectadas e 16 mortes, s� perdendo para Belo Horizonte, com 1.158 casos confirmados e 31 mortes.
De acordo com boletim epidemiol�gico desta segunda, divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES), o munic�pio de 600 mil habitantes registra 396 pessoas infectadas e 16 mortes, s� perdendo para Belo Horizonte, com 1.158 casos confirmados e 31 mortes.
O programa MinasConsciente � dividido em quatro fases e Juiz de Fora est� na chamada onda verde – considerada a de servi�os essenciais nos setores de agropecu�ria; alimentos; banco e seguro; cadeia produtiva; constru��o civil; f�brica e siderurgia; sa�de; telecomunica��o; transporte e tratamento de �gua. Al�m de supermercados – que j� estavam liberados –, o novo decreto autoriza o funcionamento do com�rcio varejista de latic�nios, doces e balas.
Tamb�m est�o liberados nesta nova etapa bares, lanchonetes e restaurantes, que devem dar prefer�ncia � entrega no sistema de delivery ou � retirada no balc�o. Caso o estabelecimento forne�a consumo no local, tem de respeitar limite de funcionamento at� �s 19h e n�o pode haver nenhum tipo de entretenimento no local.
“Acho essa reabertura inoportuna, estamos numa crescente de casos e a cidade � a segunda no ranking do estado. Eu temo pela minha fam�lia”, disse o m�sico Thiago Miranda. Com 16 anos de carreira, mesmo dependendo do funcionamento de bares para se apresentar, ele n�o concorda com a volta das atividades. Thiago ressalta que � dif�cil, nessa atividade, manter a dist�ncia social e seguir as regras para evitar cont�gio.
Na opini�o do consumidor Daniel Ademar, de 48 anos, a volta do com�rcio � essencial. “Tomara que volte tudo, cada um diz uma coisa sobre o coronav�rus, �s vezes parecem que os n�meros n�o correspondem � realidade. Eu sou a favor de liberar tudo”, afirma.
Comerciante fala em atenuar preju�zo
Propriet�rio de um bar h� 35 anos, Paulo Roberto, 59, reabriu o estabelecimento ontem, ap�s dois meses de portas fechadas. Ele conta que ainda n�o pagou o aluguel relativo ao per�odo de fechamento, pois aguarda uma renegocia��o com o propriet�rio da loja.
“Estou com um preju�zo de aproximadamente R$ 35 mil, ent�o, esse decreto vai dar uma aliviada. Vou tentar vender o que tenho de estoque aqui. Nunca passei por isso antes”, reclama o comerciante, que n�o tem outra fonte de renda.
“Estou com um preju�zo de aproximadamente R$ 35 mil, ent�o, esse decreto vai dar uma aliviada. Vou tentar vender o que tenho de estoque aqui. Nunca passei por isso antes”, reclama o comerciante, que n�o tem outra fonte de renda.

Amaury Edgar, 54, tamb�m reabriu o bar, que ocupa quatro lojas e tem 34 anos de opera��o. “Nossa, foi um baque pra mim, nem no plano Collor, nos anos 1990, eu passei tanto aperto. Outra coisa: acho que poder�amos funcionar at� 20h. A pessoa que chega aqui quer se sentar, tomar uma cerveja e comer um tira-gosto ap�s o trabalho. O decreto estabelece para fecharmos �s 19h, mas � muito cedo”, ressalta Amaury, que n�o usa o sistema de delivery porque alega n�o conseguir competir com os pre�os de supermercados.
O comerciante deixou de movimentar cerca de R$ 30 mil durante os 60 dias nos quais o bar n�o funcionou. Ele mant�m um funcion�rio e o outro ingressou no programa de aux�lio emergencial do Minist�rio da Economia.

Dono de uma padaria com 25 anos de atividade, Max Viana contabiliza queda de 25% no faturamento do neg�cio, que n�o fechou as portas, pois estava autorizado a funcionar desde que seguisse as normas de desinfec��o e distanciamento estabelecidas em decreto municipal anterior. “O governo tinha que ter fechado tudo, por 30 dias antes, no Brasil todo; s� assim teria resultado efetivo no combate a pandemia”, opina.
