
De acordo com a empres�ria Oriadina Panicali, dona do Studio Up, localizado no Buritis, Zona Oeste de Belo Horizonte, a grande dificuldade na reorganiza��o tem sido conseguir os materiais necess�rios para seguir as regras impostas. “Estou com dificuldade de achar as m�scaras profissionais e o term�metro. Quando acho, o pre�o � exorbitante. Acredito que o governo precisa se juntar aos empres�rios e � popula��o para garantir a possibilidade de trabalhar com seguran�a”, diz.
Ela conta que antes da pandemia comprava m�scaras profissionais feitas de TNT em grande quantidade. Isso porque o material j� era usado dentro do sal�o como medida de seguran�a e higiene. Apesar disso, agora os pre�os do material aumentaram. Segundo a empres�ria uma caixa com 50 m�scaras chegava a custar R$ 18; agora, durante a pandemia, a unidade de m�scara varia entre R$ 15 e R$ 20.
H� cerca de 15 dias, Oriadina vem reunindo seus funcion�rios para garantir o treinamento necess�rio para a reabertura do sal�o. A empres�ria afirma que se sente na obriga��o de cumprir todas as regras para priorizar a sa�de de clientes e funcion�rios.
Em coletiva de imprensa feita nesta sexta-feira (22) o secret�rio municipal da Sa�de Jackson Machado afirmou que "Sal�es de beleza, manicure, pedicure somente poder�o funcionar com hor�rio marcado, sem espera e com intervalo de no m�nimo 30 minutos ap�s a finaliza��o do cliente anterior.”
Por isso, Oriadina vai modificar todo o layot do sal�o. Para a reestrutura��o ser�o feitas duas salas, uma para manicure e outra para cabelo. A ideia � que as clientes, que agora ser�o marcadas por hor�rio exclusivo, nunca se encontrem dentro do sal�o.
Outra medida � a higieniza��o de todos os materiais e m�veis dentro do espa�o. Al�m da desinfec��o, ser�o instalados �lcool em gel e entregues m�scaras para todos os clientes.
Outra medida � a higieniza��o de todos os materiais e m�veis dentro do espa�o. Al�m da desinfec��o, ser�o instalados �lcool em gel e entregues m�scaras para todos os clientes.
“As pessoas v�o ter d�vidas. Eu sei que estamos todos com medo. Acredito que a reabertura vai ser gradual, nada vai acontecer imediatamente. Vivemos em outra realidade. Precisamos de algo que nos ensine e estruture nossa popula��o a consumir conscientemente”, afirma.
A empres�ria Vera Mascarenhas, dona do Sal�o Spazio Vera Mascarenhas, tamb�m no Buritis, vem se organizando para reabrir o neg�cio. Ela conta que a ansiedade da volta tem sido motivadora para a organiza��o de todo o espa�o. “Estamos comprando �lcool em gel para profissionais e clientes, fazendo a higieniza��o de cadeiras e materiais e pretendemos fazer isso a cada troca de clientes. Al�m de comprar aventais e m�scaras”, afirma.
Durante a quarentena, para manter os neg�cios, a empres�ria optou pela venda de vouchers. O servi�o varia de R$ 80 at� R$ 240 e ser� utilizado pelas clientes depois que a reabertura for uma realidade. Cobrindo servi�os como mechas, tratamento, finaliza��o, retoque na �rea de crescimento, nutri��o, escova, p� e m�o, essa foi a forma que Vera encontrou para manter a receita.
Os sal�es de beleza fazem parte do primeiro grupo que foi liberado pela Prefeitura de Belo Horizonte. J� a partir desta segunda-feira, voltar�o ao funcionamento sal�es de beleza (exceto cl�nicas de est�tica), shoppings populares e com�rcios varejistas, com hor�rios estabelecidos previamente com o objetivo de diminuir aglomera��es no transporte p�blico.
Atendimento em casa
A cabeleireira Naya Faria, de 31 anos, optou por fazer atendimentos � domic�lio durante a quarentena. Seguindo todas as medidas de seguran�a, ela que foi impedida de trabalhar no sal�o e acabou tendo a renda comprometida. “Atender em casa foi a melhor solu��o. Apesar disso, tive que abaixar o valor do meu trabalho, mas trouxe comodidade, o que acabou dando um retorno legal”.
Naya � profissional do est�dio YOLO, localizado no bairro S�o Bento, Zona Norte da capital. Ela conta que tem recebido diversas capacita��es e recomenda��es para que, ela possa atender os clientes com responsabilidade. Segundo Naya, v�rios kits para clientes est�o sendo vendidos e ser�o usados quando o sal�o reabrir. Al�m disto, a compra de materiais de seguran�a como luvas, m�scaras, aventais, term�metro e �lcool em gel est�o sendo feitas.
Criatividade e tecnologia
Pondo a criatividade em pr�tica, a maquiadora Ana Luiza Alves resolveu divulgar seu trabalho e manter a renda de forma inusitada na quarentena. A jovem, de 20 anos, come�ou um canal no Youtube e vem publicando dicas de maquiagem para seus seguidores.
Ela conta que, apesar de estar com o negocio parado, conseguiu no entretenimento continuar trabalhando: “Fomos incapacitados de trabalhar, o que de certa forma foi um baque. Recebo muitas mensagens das minhas clientes, falando que sentem saudade de se produzir e maquiar. Foi a� que tive a ideia de levar meu conhecimento para a casa dessas pessoas e o canal do Youtube foi a forma mais legal que eu consegui encontrar”.
Al�m de dar dicas via Youtube, a maquiadora tamb�m est� postando diversos v�deos no Instagram. As dicas variam entre tutorias de maquiagem at� v�deos com certo tom de humor, onde a jovem ensina como por exemplo, limpar pinc�is.
Ana Luiza tamb�m viu na venda de vouchers a melhor forma de manter a renda. Estudante de publicidade e propaganda na Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC-MG), ela desenvolveu tickets para os clientes consumirem ap�s a quarentena. “Foi uma forma de continuar ganhando dinheiro e manter os clientes. E o mais legal � que de certa forma as pessoas se sentem animadas e ansiosas para a chegada da maquiagem”, afirma.
*Estagi�ria est� sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina