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Estado de Minas COVID-19

Quilombo do A�ude adia candombe em homenagem � Nossa Senhora

Com cerca de 130 pessoas, a comunidade mant�m medidas de isolamento social para barrar a chegada do novo coronav�rus


25/05/2020 14:56 - atualizado 25/05/2020 16:02

(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
 
Como guardi�o dos conhecimentos e tradi��es da cultura negra em Minas, o Quilombo do A�ude, em Jaboticatubas,  se protege contra o avan�o do novo coronav�rus.  A matriarca Maria das Merc�s dos Santos, Dona Merc�s, e outras lideran�as adotaram, com sabedoria, as medidas preconizadas pela ci�ncia para proteger as 128 pessoas que vivem l�. Todos t�m se mantido em casa, usam m�scaras e n�o deixam de aplicar o �lcool em gel nas m�os. O local � uma das comunidades  mais tradicionais de Minas, de onde vem a origem do congado.
 
 
 
Al�m dessas orienta��es sanit�rias, a comunidade n�o far�, no �ltimo domingo de maio, o candombe em homenagem � Nossa Senhora do Ros�rio. O candombe � uma reza em forma de canto em grandes rodas que se formam durante, � noite, para que todos possam participar do louvor. Cada um far� as ora��es nas pr�prias casas, evitando assim a aglomera��o. Localizada na Serra do Cip�, um importante polo tur�stico, a comunidade tamb�m limitou a entrada de visitantes neste per�odo de enfrentamento � pandemia.
 
(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
 
"Aqui est� tranquilo. Fechamos a comunidade para visita. N�o aceitamos ningu�m de fora. Estamos nos protegendo bem, cuidando bem mesmo", diz Fl�vio Jos� dos Santos, de 48 anos. At� mesmo os integrantes da comunidade que vivem em Belo Horizonte foram orientados a ficar onde est�o para guardar a quarentena. "N�o transitamos pelas avenidas principais da Serra do Cip�. S� sa�mos para o essencial", diz Fl�vio. O cuidado � redobrado por causa do n�mero de pessoas com mais de 60 anos, cerca de 20 idosos. 
 
O reconhecimento da comunidade como quilombo chegou em 2004.  O local � um espa�o de manuten��o das tradi��es da cultura negra. A agricultura familiar � uma fonte de onde tiram o sustento. "O pessoal tem ajudado bastante com cesta b�sica. Amigos da gente contribui. Parte da nossa fam�lia trabalha no campo", diz. 
 
Seguindo todos os cuidados que a ci�ncia preconiza para a preven��o da COVID-19, os integrantes da comunidade t�m esperan�a que tudo vai passar e que o enfrentamento � pandemia trar� ensinamentos. "O  homem vem plantando h� muito tempo. Agora est� colhendo. Havia muita gan�ncia. A terra vem sofrendo demais com atitude do ser humano, que n�o pensa no pr�ximo. Quando passar, teremos um mundo melhor, mais coletividade, mais igualdade humana, mais valor � fam�lia", acredita Fl�vio.   

RELIGIOSIDADE: "T� CAINDO FUL�"

Maria das Mercês dos Snatos, Dona Mercês, a matriarca do quilombo do Açude(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
Maria das Merc�s dos Snatos, Dona Merc�s, a matriarca do quilombo do A�ude (foto: Leandro Couri/EM/DA PRESS)
 
 
Maio � m�s de festa na comunidade. "� o m�s de Maria. No entanto, devido � pandemia, pedimos para cada fam�lia fazer a reza entre eles. Mantemos rezando e agradecendo a Deus", afirma Fl�vio. A devo��o � algo que comp�e as formas de viver do Quilombo do A�ude. Desde cedo, meninos e meninas aprendem os cantos, dan�as e rezas em homenagem � Nossa Senhora do Ros�rio. 
 
“O senhor me d� licen�a, de eu cantar nesta baixada...”  "T� caindo ful�". Os cantos s�o entoados ao som dos tambus, instrumentos seculares.  Todos, homens e mulheres, crian�as e adultos,  seguem a bandeira de Nossa Senhora do Ros�rio. O caminho recebe flores de papel e � iluminado por velas. 
 


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