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Estado de Minas BOAS NOT�CIAS

Conhe�a pacientes que venceram a batalha contra o novo coronav�rus

Ap�s dias de interna��o, alternando entre a incerteza e o medo, pacientes superam a doen�a e retornam para casa. O Correio conversou com quem se recuperou do coronav�rus e colheu depoimentos de esperan�a


postado em 27/05/2020 11:46 / atualizado em 27/05/2020 11:53

Havany Roraima Ferreira, 54 anos:
Havany Roraima Ferreira, 54 anos: "Foi um al�vio. Voltei a ter uma vida. No primeiro dia em que pude sair de casa, peguei meu carro, abri o vidro, liguei o som bem alto, dei uma volta com o vento batendo no meu rosto e gritei para mim mesma: ''Liberdade!'' (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
“Mandei mensagem para as pessoas da minha fam�lia dizendo que as amava muito, porque n�o sabia se voltaria.” O depoimento � do vigilante de transporte de valor Eduardo Cust�dio de Castro, 43 anos, ao se lembrar da ocasi�o em que foi transferido para uma unidade de terapia intensiva (UTI) por causa da covid-19. N�o foi muito diferente com a funcion�ria p�blica, Havany Roraima Ferreira, 54. “N�o vou sair”, pensou a moradora de �guas Claras, quando recebeu a not�cia de que precisaria de tratamento intensivo em fun��o da doen�a. Os dois, no entanto, superaram o coronav�rus ap�s dias de incerteza e medo, entre os momentos mais graves e a recupera��o.

Ap�s 49 dias hospitalizado, Eduardo voltou a respirar por conta pr�pria e a sonhar com uma vida normal, na segunda-feira, quando recebeu alta m�dica. Ele deixou o Hospital Santa Marta, em Taguatinga Sul, sob aplausos de funcion�rios da unidade. O vigilante deu entrada no pronto-socorro em 6 de abril. Desde ent�o, a luta contra a covid-19 foi �rdua. Eduardo foi, imediatamente, isolado. Em seguida, realizou uma tomografia, que indicou uma prov�vel infec��o por coronav�rus, al�m do teste para a doen�a. Tr�s dias depois, com o resultado positivo, ele seguiu para a UTI, onde foi entubado. “Nunca tive uma sensa��o t�o ruim quanto essa. Foi desesperador”, disse.
 
Eduardo n�o consegue precisar onde foi infectado pelo v�rus. Entretanto, um caso na fam�lia pode ter sido o vetor. A filha dele, de 21 anos, testou positivo. A jovem tamb�m chegou a dar entrada no Hospital Santa Marta, onde ficou internada por quatro dias. Ap�s a alta, ela retornou para casa, onde recuperou-se da doen�a cumprindo quarentena.
 
D�vidas

As mem�rias de Eduardo, depois da ida para a UTI at� o momento em que recuperou a consci�ncia, s�o baseadas em relatos de familiares. “A equipe m�dica mantinha minha fam�lia informada sobre meu quadro. Quando fui para a UTI, j� n�o lembro de mais nada”, afirmou. “Ach�vamos que seria uma coisa mais simples, e eu teria uma recupera��o r�pida. Mas foi o contr�rio. N�o � s� uma gripezinha. A coisa � s�ria”, alertou. Eduardo passou por hemodi�lise para auxiliar a fun��o renal, al�m de ser submetido a transfus�es de sangue, com o agravamento do quadro e uma s�rie de infec��es.

O vigilante tem comorbidades, como hipertens�o arterial e uma doen�a autoimune. Em estado grave, ele foi submetido, pela equipe do hospital, a uma t�cnica denominada ECMO, utilizada para tratar pacientes com insufici�ncias card�aca e respirat�ria graves. O sangue do paciente � drenado e percorre uma membrana, onde � oxigenado. Em seguida, ele � devolvido ao corpo do paciente. O objetivo do procedimento � reestabelecer a fun��o pulmonar.

Em 24 de mar�o, Havany Roraima Ferreira tamb�m dava entrada no Hospital Santa Marta, em Taguatinga Sul. “Eu tinha dor na face, o nariz entupido e dor de ouvido. Depois, veio a fadiga. A�, comecei a ficar mais prostrada e com muita dor nas pernas. Perdi o olfato e o paladar, al�m de tossir muito”, descreveu. Ela foi avaliada, mas voltou para casa. Ap�s quatro dias, retornou ao hospital, sem conseguir respirar. “Eu puxava e parecia que o ar engatava na garganta”, disse. Ela foi diagnosticada com covid-19 e encaminhada � UTI, em 31 de mar�o, onde permaneceu por oito dias.

“Com a suspeita, voc� quer acreditar que n�o �. Diante da confirma��o, eu entrei em p�nico. Fiquei com muito medo de morrer. Falei com meu filho e minha m�e. Mas, depois, fui me animando. Busquei uma for�a dentro de mim. Ela dizia: ‘Eu vou sair daqui’. Isso me deu �nimo para poder reagir”, contou a moradora de �guas Claras. Ela n�o sofre de comorbidades.

Volta por cima

Com o estado de sa�de mais est�vel, Eduardo deixou a UTI, em 14 de maio. No entanto, o momento mais aguardado veio na segunda-feira, com a alta. “A sensa��o foi muito boa de imaginar que eu lutei e venci esse v�rus maldoso. O que as equipes do hospital fizeram por mim… Eles nunca desistiram”, disse, agradecido. “Vou fazer fisioterapia respirat�ria e da parte locomotora, al�m de um acompanhamento cardiovascular. Perdi 16kg e massa muscular. Mas ando devagarinho e fa�o muitas coisas sozinho. Se Deus quiser, logo estarei 100% recuperado.”

Havany deixou a UTI, em 7 de abril. A alta veio ap�s dois dias. “Foi um al�vio. Voltei a ter uma vida. No primeiro dia em que pude sair de casa, peguei meu carro, abri o vidro, liguei o som bem alto, dei uma volta com o vento batendo no meu rosto e gritei para mim mesma: ‘Liberdade!’”.


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