
Desde mar�o - quando os primeiros casos de infec��o por coronav�rus se confirmaram em territ�rio mineiro -, foram feitas 2.120 solicita��es de interna��o BH por suspeita de COVID-19. Desse total, 363 (ou 17,1%) partiram de moradores de outras cidades.
Os cinco munic�pios que mais demandam interna��es por COVID-19 em BH fazem parte da Regi�o Metropolitana: Sabar� (15,7% do total de solicita��es provenientes de fora da capital), Santa Luzia (13,5%), Vespasiano (8,5%), Ribeir�o das Neves (7,7%) e Caet� (5%).
Historicamente, cerca de 43% das interna��es feitas em Belo Horizonte s�o de pacientes de outros munic�pios, se consideradas todas as enfermidades. Por ser o polo do sistema de sa�de estadual, a capital normalmente j� atende a demandas de diferentes regi�es de Minas.
Os dados foram informados pela Secretaria Municipal de Sa�de da capital nessa ter�a-feira, ap�s solicita��o do Estado de Minas.
Preocupa��o
Apesar da crescente demanda de interna��es por COVID-19, o sistema de sa�de da capital mineira segue com f�lego no enfrentamento � pandemia.
Belo Horizonte conta com 939 leitos de UTI e 4.416 de enfermaria. At� o �ltimo domingo, as respectivas taxas de ocupa��o eram de 77% e 65%, consideradas todas as enfermidades.
Do total de leitos, 867 s�o exclusivas para pacientes com COVID-19 (220 de UTI e 647 de enfermaria). As respectivas taxas de ocupa��o eram de 48% e 38%, tamb�m segundo dados atualizados no �ltimo domingo.
Apesar dos n�meros tecnicamente positivos, a administra��o municipal j� demonstrou preocupa��o com a quantidade de pacientes advindos de outras cidades. Desde o in�cio de maio, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) alertou para a demanda proveniente do interior de Minas e de diferentes estados brasileiros.
"Belo Horizonte est� virando um grande importador de doentes", disse, no �ltimo dia 11. Na ocasi�o, mencionou que a capital tinha recebido pacientes de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Par�.
A preocupa��o com as outras cidades fez com que BH instalasse barreiras sanit�rias para fiscalizar pessoas que chegam � capital. H� ainda um plano emergencial para melhorar a estrutura do sistema de sa�de em caso de necessidade.
“Temos um plano emergencial para quase dobrar o n�mero de leitos tanto de CTI, quanto de enfermaria, caso haja necessidade. Isso em apenas sete dias. No entanto, a gente fica preocupado com essa press�o que pode vir a ter do interior, da Regi�o Metropolitana, para Belo Horizonte”, pontua Una� Tupinamb�s, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrante do Comit� de Enfrentamento � Epidemia de COVID-19 da capital.