Testes para coronav�rus no Brasil n�o chegam a 10% da taxa dos EUA

Com o Brasil a cada dia mais pr�ximo de se tornar o epicentro da pandemia da COVID-19, muito se questiona entre os especialistas e parte da popula��o sobre a falta de testes do pa�s, inclusive de Minas Gerais. Apontada como um dos principais term�metros para medir a “temperatura” da crise na sa�de p�blica, e assim proteger pessoas, esses procedimentos ainda s�o carta fora do baralho por aqui. Para efeito de compara��o, a testagem no Brasil � menor, em m�dia, que nos EUA, R�ssia, Espanha, Reino Unido, It�lia, Fran�a e Alemanha, conforme dados do projeto Corona BR, que re�ne informa��es sobre a pandemia em uma comunidade da rede social Reddit.

Para se ter uma ideia, nos EUA, onde a pandemia j� matou mais de 100 mil pessoas, o governo Donald Trump testa, em m�dia, quase 50 mil pessoas a cada 1 milh�o de habitantes. A taxa do Brasil � de 4,2 mil por 1 milh�o, menos de 10% da norte-americana, conforme dados apresentados pelo Minist�rio da Sa�de. Na Espanha, a diferen�a � ainda maior, j� que o pa�s europeu testa 76.071 a cada 1 milh�o de habitantes.

No in�cio da pandemia, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) se comprometeu a realizar 24 milh�es de testes no Brasil. Mas, at� aqui, apenas 14 milh�es de kits foram adquiridos pelo governo. Desses, 4,7 milh�es j� est�o � disposi��o dos laborat�rios oficiais para realiza��o da testagem. Contudo, a combina��o entre falta de estrutura e de profissionais faz com que apenas 9,6% desses exames j� tenha resultado – cerca de 460 mil testagens.

Conforme documento apresentado pela pasta, caso sejam somados os testes realizados pelos cinco maiores laborat�rios privados, o n�mero � de 871.839 exames. Outros laborat�rios ser�o inclu�dos no levantamento, mas ainda n�o constam no sistema do minist�rio.

Os testes realizados s�o do tipo RT-PCR, m�todo que identifica o novo coronav�rus em at� sete dias do in�cio dos sintomas, per�odo em que o v�rus ainda age no organismo do paciente. "Estamos testando em uma quantidade n�o ideal para o tamanho, magnitude e din�mica do Brasil, mas � melhor do que nos meses anteriores", afirma o secret�rio substituto de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de, Eduardo Mac�rio.