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Estado de Minas ALERTA

Tratamento para a COVID-19 em Minas enfrenta falta de sedativos e relaxantes

Sem os medicamentos, indispens�veis para intuba��o, de nada adianta que aparelhos respiradores estejam dispon�veis nos hospitais. Situa��o � preocupante principalmente no caso de pacientes em estado grave


postado em 05/06/2020 15:29 / atualizado em 05/06/2020 15:54

(foto: Reprodução/Internet/gbnews)
(foto: Reprodu��o/Internet/gbnews)

Minas Gerais costata a escassez na oferta de sedativos e relaxantes necess�rios para o uso de respiradores. Ainda que o equipamento, imprescind�vel no tratamento da COVID-19, esteja dispon�vel nos hospitais do estado, sem os medicamentos, indispens�veis para a intuba��o, existe o risco de impedimento no atendimento a pacientes graves infectados pelo coronav�rus e demais transtornos que ocasionam fal�ncia respirat�ria. A situa��o tamb�m acontece em outras cidades no Brasil. Relaxantes musculares, no grupo em que se insere o rocur�nio, s�o aplicados para assegurar que a ventila��o mec�nica aja com efici�ncia.

A possibilidade de um tratamento fracassado, do surgimento de complica��es e at� mesmo a morte s�o dados preocupantes a considerar sobre o que pode acontecer na falta dos sedativos e relaxantes. Sem eles, como concordam anestesiologistas, n�o faz diferen�a que as unidades de sa�de tenham leitos e respiradores dispon�veis.

S�o duas constata��es para a forma��o desse cen�rio: um n�mero maior de pacientes que necessitam da medica��o e o fato de que os acometidos com a COVID-19 pedem doses maiores. � o que informa Cl�udia Navarro, presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG). "Tudo isso contribui para os baixos estoques da medica��o. E isto est� contecendo em n�vel nacional", conta.

Para a m�dica, essa � uma consequ�ncia da pr�pria pandemia. "O n�mero de pacientes intubados � muito maior na pr�tica do dia a dia. � um problema s�rio. N�o apenas no caso de pacientes do coronav�rus, mas tamb�m outros que precisam de intuba��o, como pessoas em recupera��o de cirurgias e outras em Unidades de Tratamento Intensivo. Todos s�o prejudicados", diz Cl�udia.

Ela cita a atua��o de sociedades de especialidades m�dicas no sentido de mobiliza��o sobre o tema, entre elas a Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais (SAMG), que vem realizando um trabalho importante em tentativa para a resolu��o do problema, acionando o Minist�rio P�blico para intervir na quest�o. O Conselho Federal de Medicina � outa institui��o empenhada nessas a��es.

A SAMG manifestou "grande preocupa��o  com a falta de medicamentos sedativos e relaxantes musculares nos hospitais de Minas Gerais", conforme divulgou em nota nesta quinta-feira (4). "H� necessidade da a��o r�pida das autoridades de sa�de estaduais e federais na revers�o dessa situa��o, que, caso permane�a, acarretar� um aumento da mortalidade dos pacientes portadores de COVID-19 que apresentam quadro de insufici�ncia respirat�ria", acrescentou o �rg�o no texto. "A aus�ncia poder� levar a consequ�ncias devastadoras durante a pandemia de COVID-19, em fun��o da impossibilidade de acesso adequado �s vias a�reas e da manuten��o de pacientes sob ventila��o mec�nica", informou ainda.

"Entidades m�dicas, gestores hospitalares e demais envolvidos est�o preocupados e tentando uma solu��o. O problema est� na fase da produ��o dos medicamentos, que n�o consegue suprir a demanda. O MP est� ciente e tomando as provid�ncias cab�veis", conta Cla�dia Navarro. Uma alternativa seria substituir alguns tipos dos rem�dios, mas ainda assim � um quadro grave, que pede aten��o.

A car�ncia dos produtos no pa�s pode ser explicada pela alta demanda, a falta de mat�ria-prima importada e o valor do d�lar. Assunto este abordado nesta semana em reuni�o na C�mara dos Deputados. Na ocasi�o, ficou esclarecido que as secretarias estaduais de sa�de solicitam, desde meados de maio, apoio do Minist�rio da Sa�de para resolver a quest�o.

Por outro lado, entidades que representam a ind�stria farmac�utica no Brasil afirmam que empresas trabalham com capacidade m�xima e que, neste momento, a produ��o est� normalizada. � o que informa o presidente do sindicato da categoria, Nelson Mussolini. Para ele, um dos motivos foram problemas na importa��o de mat�rias-primas na �poca de lockdown na �ndia, um dos principais fornecedores para os laborat�rios brasileiros. Tamb�m atribui a situa��o � escalada do pre�o do frete internacional, que foi de  US$ 2 para US$ 15 o quilo transportado.

Governo nega

A Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) informou, por meio de nota, que n�o h� conhecimento de desabastecimento de medicamentos nas institui��es hospitalares do Estado.
 
"No �mbito do sistema estadual de sa�de, nas unidades geridas pela Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), as aquisi��es e entregas de insumos e medicamentos s�o feitas por meio de fornecedores licitados e cadastrados no sistema estadual, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (SEPLAG). Esses itens s�o distribu�dos nas unidades e existe um gerenciamento de estoque, que, por se tratar de uma rede, tende a ser mais robusto", informou.
 
A pasta sustenta que, em alguns casos, pode haver necessidade de substitui��o terap�utica por outros similares, prevista nos Protocolos Cl�nicos - caso n�o tenha o item momentaneamente no estoque regular.

"Apesar da dificuldade encontrada em algumas entregas pontuais, at� o momento, n�o houve desabastecimento desses medicamentos nessas unidades", concluiu.


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