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Estado de Minas

Vozes do protesto em BH: jovens contam suas experi�ncias com o racismo no cotidiano

Leila Santos e Gilberto Silva estiveram presentes na manifesta��o antirracista deste domingo, em Belo Horizonte


07/06/2020 16:38 - atualizado 07/06/2020 19:09

(foto: Leila Santos, de 33 anos:
(foto: Leila Santos, de 33 anos: "N�o sabia que o racismo existia at� me formar")
Intelectuais, profissionais liberais, estudantes e l�deres de movimentos sociais estiveram presentes na manifesta��o antirracista deste domingo, em Belo Horizonte. Ap�s um ato na Pra�a Sete, os manifestantes caminharam rumo � Pra�a da Liberdade, onde fizeram ato em frente ao pr�dio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Entre os presentes na manifesta��o estava Leila Santos, de 33 anos. Flu�ncia em tr�s idiomas e uma p�s-gradua��o n�o bastaram para que ela conseguisse superar as barreiras impostas pelo preconceito. Formada em Comunica��o Social e especializada em Administra��o de Empresas pela Funda��o Get�lio Vargas, Leila n�o conseguiu trabalho na �rea de forma��o. Ela conta ter percebido o racismo ao procurar vagas de emprego.

"N�o sabia que o racismo existia at� me formar. Me formei, nao conseguia emprego e achei que era uma profissional ruim. Por isso, fiz uma p�s-gradua��o. Mesmo assim, continuei n�o conseguindo um emprego", diz. 

Ver galeria . 66 Fotos Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )


Ap�s experi�ncia como telemarketing, ela trabalha como vendedora de loja instalada em um cruzeiro mar�timo.

O advogado Gilberto Silva, de 41, foi outro que presenciou o ato para mostrar sua indigna��o contra o preconceito racial na sociedade. Participante do movimento belo-horizontino desde 2013, ele afirma que a causa � para que os negros tenham representatividade no Brasil.

"Trabalhamos hoje com a comiss�o de promo��o de igualdade racial da OAB, idealizando em Minas um projeto para mostrar o cart�o vermelho para o racismo. Sempre lutaremos por pol�ticas p�blicas de igualdade, contra o racismo, para que mude a legisla��o para colocarmos fim � inj�ria racial. Precisamos de leis mais severas para descontruirmos o preconceito. N�o temos a mentalidade de um estado autorit�rio para punir, mas, com esse resqu�cio da escravid�o, a puni��o � um grande instrumento para desconstruir o racismo", afirma o advogado.



Para ele, o Brasil carece de lideran�as negras para lutar pelas causas de igualdade: "A maior dificildade � termos pessoas nos espa�os de poder no legislativo e no executivo para abra�ar essa pauta como uma quest�o pol�tica. Estamos cansados de pessoas que prometem avan�os, mas fazem apenas atos pol�ticos". 

Ele pede tamb�m a inclus�o de negros nas for�as de seguran�a do pa�s: "Faltam representantes n�o somente no poder legislativo, mas tamb�m no judici�rio, na seguran�a p�blica. Precisamos mais de oficiais e delegados negros. As institui��es precisam mudar essa estrutura".


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