
Ap�s a conclus�o do inqu�rito que indiciou 11 pessoas por les�o corporal, homic�dio e intoxica��o no caso de contamina��o das cervejas da Backer, familiares e v�timas reclamam de desamparo e cobram justi�a. Uma das familiares compareceu � delegacia na manh� desta ter�a-feira e elogiou o trabalho da Pol�cia Civil e exigiu aux�lio financeiro da cervejaria.
“Achei a investiga��o muito bem amarrada. O que a gente esperava era isso. N�s familiares j� sab�amos disso, por�m a gente precisava dessa chancela da Pol�cia Civil”, comentou Cristiane Assis, que perdeu a m�e. Maria Augusta de Campos Cordeiro morreu em 28 de dezembro em Pomp�u. “Antes j� estava comprovada a responsabilidade da Backer, agora foi comprovada a culpabilidade. Agora o que esperamos � que a justi�a seja feita.”
Cristiane lamenta a perda da m�e e diz que representa tamb�m outras fam�lias de v�timas que morreram e outras que permanecem internadas. “A minha m�e n�o volta, outras seis pessoas que vieram a �bito n�o voltar�o, mas n�s precisamos de custos emergenciais. Precisamos que a Backer assuma agora, definitivamente, a postura dela”, disse a familiar. “Sem mais delongas e dem�ritos, eles t�m dinheiro, t�m como custear e dar esse aux�lio emergencial que as fam�lias precisam.”
O inqu�rito da Pol�cia Civil concluiu que havia vazamento de subst�ncias t�xicas na cerveja desde 2018. Cristiane disse que recebeu essa not�cia como “assustadora”. “Essa que � a palavra. Uma completa falta de processo de qualidade, dec�ncia, disciplina”, afirma.
Segundo a filha de Maria Augusta, a Backer chegou a dizer �s v�timas em v�rios momentos que faziam testes e consumiam as amostras. Segundo Cristiane, isso d� a entender que as pessoas que falaram que consumiam nem chegavam a comparecer � f�brica.
“Uma falta de senso, comprometimento e responsabilidade com a sociedade. Pelo que foi mostrado hoje, podemos afirmar que a trag�dia foi pequena. Poderia ter atingido um p�blico ainda maior”, acredita Cristiane. “Infelizmente perdemos os nossos parentes e tem outras ainda muito graves. As sequelas s�o irrevers�veis. N�o � uma coisa que eu estou dizendo. � uma coisa que os m�dicos est�o dizendo.”