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Estado de Minas FLEXIBILIZA��O

COVID-19: Reabertura do turismo na Serra do Cip� divide opini�es

Segundo associa��es locais, popula��o n�o foi consultada sobre as medidas de flexibiliza��o


postado em 10/06/2020 14:39 / atualizado em 10/06/2020 15:35

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Enquanto alguns empres�rios e trabalhadores comemoram a volta parcial das atividades tur�sticas a partir desta quinta-feira (11), moradores e associa��es comunit�rias da Serra do Cip�, com roupas pretas, m�scaras, luvas e �lcool em gel,  protestaram na ponte que liga os munic�pios de Jaboticatubas e Santana do Riacho nesta quarta-feira (10) contra a abertura parcial do turismo e do com�rcio no local.

A partir do feriado de Corpus Christi, entra em vigor o Decreto nº 041/PM511/2020, que autoriza a retomada de bares, restaurantes, pousadas e outras atividades econ�micas n�o essenciais. Mesmo com uma s�rie de regras de seguran�a impostas, moradores manifestaram rep�dio � medida na ponte onde come�a o distrito de Cardeal Motta.

Os contr�rios � flexibiliza��o denunciam a falta de condi��es sanit�rias do munic�pio para cuidar de pacientes com suspeita do novo coronav�rus. Por outro lado, apoiadores da volta �s atividades defendem a retomada com cautela, uma vez que n�o h� casos de COVID-19 confirmados na regi�o. 

Apesar dos cuidados, como o uso constante de m�scaras e capacidade m�xima de 50% de ocupa��o nas pousadas, todas as cachoeiras e atrativos naturais permanecem fechados, assim como o Parque Nacional da Serra do Cip�.

Empres�rios e comerciantes que est�o h� meses sem abrir as portas e anseiam por um respiro nas contas, alegam que est�o com reservas lotadas at� julho. Enquanto isso, outros donos de pousadas, moradores e a comunidade em geral questionam a medida e alegam que, no caso de uma disparada da doen�a na regi�o, n�o h� estrutura necess�ria nem para primeiros-socorros. Um of�cio pedindo o cancelamento da reabertura foi enviado pela C�mara dos Vereadores ao prefeito.
 
Ver galeria . 6 Fotos Leandro Couri/EM/D.A Press
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
 
 
Apesar da flexibiliza��o, pelo menos duas pousadas contatadas pela reportagem nesta quarta-feira informaram que n�o v�o abrir. O dono de uma pousada e morador, que preferiu n�o se identificar, conta que recusou quatro reservas em um dia e que, em uma delas, ao cancelar, o cliente chegou a abrir reclama��o em um site de hospedagem. “Os turistas v�m se divertir e desanuviar neste momento de pandemia aqui na Serra, mas n�o est�o preocupados com sa�de das pessoas do lugar”, conta.

Em outra pousada, o relato � de insist�ncia constante por parte dos h�spedes. “Querem fazer reservas sem caf� da manh�, sem troca de roupa de cama, o que � proibido. Prop�em condi��es absurdas, s� para que aceitemos a reserva, sendo que a pousada � tamb�m a minha casa e de minha fam�lia, e, portanto, n�o d� para arriscar a vida deles, mesmo necessitando muito do dinheiro”, desabafa o dono. 
 
Minas Gerais. Santana do Riacha. Pandemia COVID 19. Decreto Municipal que determina abertura parcial do Turismo na Serra do Cipó divide opiniões. Na foto, Júlio Barroso dono da pousada Carumbe e presidente da associação comercial da serra do cipo.(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press. Brasil. )
Minas Gerais. Santana do Riacha. Pandemia COVID 19. Decreto Municipal que determina abertura parcial do Turismo na Serra do Cip� divide opini�es. Na foto, J�lio Barroso dono da pousada Carumbe e presidente da associa��o comercial da serra do cipo. (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press. Brasil. )
 
 
Para J�lio Barroso, empres�rio e  presidente da Associa��o Comercial da Serra do Cip�, a flexibiliza��o chega em hora certa e est� seguindo todos os tr�mites necess�rios para acontecer. Representante de 45 associados, entre bares, pousadas, restaurantes, atrativos e prestadores de servi�o, lembra que as regras de higiene e de n�o aglomera��o ser�o seguidas � risca.

Barroso, que � dono da pousada Carumb�, diz que est� com seus 11 quartos (metade da capacidade) reservados at� o terceiro fina de semana de julho. “Mantive os 30 funcion�rios da pousada por conta das reservas e da ajuda do governo, com a suspens�o tempor�ria dos contratos. Empregamos muitos moradores locais e estamos seguindos as regras. Aos poucos, todos vamos nos readequando”.

Nada de shows

O decreto mant�m ainda, por tempo indeterminado, a suspens�o de casas de shows e eventos, sal�es de festas e centros comunit�rios, clubes, pra�as esportivas p�blicas e privadas. O uso das m�scaras faciais � obrigat�rio para entrar em quaisquer dos estabelecimentos autorizados nesta fase. 

No of�cio enviado ao prefeito contra a flexibiliza��o, os vereadores lembram a falta de estrutura da regi�o e alegam que a abertura traz inseguran�a � popula��o. “Diante de todo o exposto venho atrav�s deste dar conhecimento da situa��o expressar a preocupa��o surgida ap�s a edi��o do �ltimo decreto”. O oficio � assinado pelo presidente da C�mara, vereador Neilton da Paz Marques, que informou que, somente em suas redes sociais, “mais de 500 pessoas expressaram discord�ncia com a medida”.

Veja como est� hoje a estrutura da Serra do Cip�:

N�o est�o abertos:


  • Parque Nacional da Serra do Cip�
  • Cachoeira


Poder�o retomar ao funcionamento, de forma monitorada e em escala reduzida, as atividades comerciais dos estabelecimentos abaixo:

  • Academias, est�dios de pilates e yoga;
  • Ag�ncia de servi�os da Cemig;
  • Alimenta��o fora do lar no Distrito da Serra do Cip�: bares, restaurantes e lanchonetes;
  • Escolas de instru��o e treinamento para habilita��es de motoristas - Autoescolas;
  • Igrejas e templos de qualquer credo ou religi�o;
  • Meios de hospedagem localizados no Distrito da Serra do Cip�: pousadas, hostels, e casas de aluguel de temporada devidamente inscritas e registradas na Junta Comercial e Receita Federal;
  • Sal�o de beleza e barbeiros; 
Hor�rio de funcionamento

Os estabelecimentos flexibilizados para funcionamento aberto ao p�blico tamb�m dever�o cumprir o seguinte hor�rio nos per�odos:
  • Alimenta��o fora do lar — entre 11h �s 20h. Ap�s este per�odo poder�o realizar "tele entrega (delivery)"

  • Supermercados, padarias e demais com�rcios essenciais (regra n�o aplicada a postos de combust�veis e farm�cias) - dever�o permanecer fechados no feriado de Corpus Christi das 16h do dia 10 at� �s 7h do dia 15. Posteriormente, fica mantido o lockdown nos finais de semana at� o dia 30 do corrente, ou seja, das 16h de sexta-feira at� �s 7h de segunda-feira.

  • Postos de combust�veis e farm�cias est�o autorizados a funcionar em hor�rio normal. 

Lapinha da Serra

A libera��o n�o se aplica ao povoado de Lapinha da Serra, sede e demais comunidades rurais. O decreto manteve a suspens�o at� o pr�ximo dia 24 para as atividades comerciais e presta��o de servi�o n�o essenciais nessas localidades.

Pr�xima etapa


O decreto de flexibiliza��o informou ainda as pr�ximas etapas de libera��o das atividades. A partir do pr�ximo dia 25, poder�o retornar ao funcionamento, de forma monitorada e em escala reduzida, pousadas, bares, restaurantes e lanchonetes em todas as localidades do munic�pio.

Atrativos tur�sticos no distrito da Serra do Cip� tamb�m ser�o permitidos, desde que possuam mecanismos de controle de entrada e sa�da de pessoas de forma mecanizada/automatizada, com portaria de controle de acesso.

Somente a partir do dia 25 ser�o permitidas �reas de camping e outros meios de hospedagem localizados no distrito da Serra do Cip�. Receptivos tur�sticos, guias de turismo, condutores locais, operadores de atividades e transportadoras tur�sticas tamb�m s� retomam a partir da segunda fase.


Coronav�rus na cidade


Para evitar a propaga��o do coronav�rus, a cidade estava com as atividades tur�sticas suspensas desde 27 de mar�o deste ano.

Santana do Riacho n�o teve, oficialmente, nenhum caso de coronav�rus registrado at� o momento. Foram 33 casos notificados e nove casos descartados para COVID-19. Segundo a prefeitura, um caso � monitorado (paciente que n�o se enquadra para realiza��o de teste); 23 pacientes est�o em alta do isolamento domiciliar (apresentaram melhora 14 dias ap�s o in�cio dos sintomas), mas n�o foram testados, o que n�o permite contabiliz�-los como positivos para a doen�a.


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