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Estado de Minas COMPORTAMENTO

COVID-19: Mineiros est�o cochilando mais durante a pandemia, diz pesquisa

De acordo com estudo, as pessoas est�o dormindo, em m�dia, duas horas a mais do que antes da crise do coronav�rus


postado em 17/06/2020 16:13 / atualizado em 17/06/2020 16:42

 Cerca de 48% das pessoas afirmam estarem mais preguiçosas e ainda, 45% avaliaram que a qualidade de vida delas piorou durante a pandemia(foto: Reprodução/PixaBay)
Cerca de 48% das pessoas afirmam estarem mais pregui�osas e ainda, 45% avaliaram que a qualidade de vida delas piorou durante a pandemia (foto: Reprodu��o/PixaBay)
Cerca de 63% dos mineiros passaram a tirar mais cochilos durante a pandemia do novo coronav�rus. � o que aponta pesquisa realizada pela I Wanna Sleep. De acordo com o estudo, as pessoas est�o dormindo, em m�dia, 2 horas a mais do que antes da crise. A pesquisa ouviu cerca de mil pessoas em Minas Gerais, todas com idade entre 25 e 35 anos.

'Um fator agravante � que a pandemia nos proporcionou uma reviravolta comportamental, uma novidade envolta de medo, mudan�a abrupta nas rotinas, dificuldades econ�micas, isolamento ou distanciamento social, o que fere os instintos b�sicos do ser social'

Dirceu Valladares Neto, psiquiatra e especialista em medicina do sono


Segundo o m�dico Dirceu Valladares Neto, diretor da Fundason e especialista em psiquiatria e medicina do sono, os dados tamb�m indicam que esse recorte de perfil poderia j� estar sofrendo com priva��o do sono, seja por necessidade ou devido a ins�nia e ansiedade, comportamentos que devem ser levados em conta, principalmente, neste per�odo.

O especialista explica que a priva��o do sono � um problema global, mas � preciso ficar atento o quanto passa a afetar a sa�de. Mesmo que os cochilos sejam indicados, segundo ele, � preciso avaliar a qualidade do sono de cada um, individualmente.

A pesquisa tamb�m aponta mudan�as no comportamento relacionadas ao sono. Cerca de 48% das pessoas afirmam estar mais pregui�osas e 45% avaliam que a qualidade de vida delas piorou durante a pandemia.

Ainda segundo o m�dico, entre os fatores que afetam o sono est�o o estresse e algumas condi��es como alimenta��o inadequada, medicamentos ingeridos. Alguns aspectos do ambiente, como ilumina��o e conforto, tamb�m podem afetar a quantidade e a qualidade do sono.

"Uma dica � se educar para reduzir o estresse, manter-se num permanente auto-convite para se tranquilizar, seja ao manter rotinas durante o dia, ou na hora de dormir e ao acordar. Ansiedade, quando excessiva, corr�i nosso bem-estar, nossa clareza ao pensar, nos torna mais irritados, dificultando os relacionamentos e as tomadas de decis�es. Por isso, � preciso avaliar a quantidade e qualidade desses cochilos. Se estamos ansiosos, irritados ou preocupados, n�o h� sono que nos cure. Se mesmo assim perceber que n�o pode controlar a ansiedade ou a dificuldade com o sono, procure ajuda especializada", diz o psiquiatra.
 
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a

 
O isolamento social é fundamental para que menos pessoas sejam infectadas e, assim, o pico da doença seja adiado(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O isolamento social � fundamental para que menos pessoas sejam infectadas e, assim, o pico da doen�a seja adiado (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Durante a pandemia do novo coronav�rus, uma das palavras mais proferidas por governos, prefeituras e especialistas certamente � ‘pico’. Afinal, constantemente s�o anunciadas novas datas para que a COVID-19 tenha o seu �pice em n�mero de casos em diversos estados brasileiros. Somente em Minas Gerais foram, pelo menos, oito proje��es, sendo a �ltima nessa ter�a-feira, com um estudo que diz que a doen�a atingir� seu ponto mais alto em agosto, com 150 mil infectados. Mas o que �, de fato, o ‘pico’?

Quem explica � o infectologista Una� Tupinamb�s, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos integrantes do Comit� de Enfrentamento � Epidemia da COVID-19 em Belo Horizonte. De acordo com o especialista, a popula��o s� vai saber que passou pelo per�odo do pico ap�s o t�rmino dele.

“S� vamos saber que estamos no pico depois que o pico passou. No Brasil, parece que n�o chegamos ao pico ainda. A cada dia tem 32 mil casos, tem dia que tem menos, tem dia que tem mais. Ele se estabiliza num pico muito alto. Vamos falar que chegou ao pico quando come�ar a cair. Por exemplo: se a partir desta semana come�ar a cair sistematicamente para 20 mil, 10 mil, da� ficar assim durante um tempo, o pico foi atingido, estamos saindo do pico”, disse Una�.

O infectologista destaca que a inten��o de adiar o pico (se de fato acontecer) � para lev�-lo para �pocas mais quentes, como o ver�o, uma vez que em per�odos mais frios, como o inverno – que no Hemisf�rio Sul se inicia no dia 20 –, pode haver problema com outras doen�as, como gripe e influenzas, por causa das baixas temperaturas.

Mas, para que o �pice da COVID-19 seja adiado, � preciso que a popula��o tome todos os cuidados, como evitar aglomera��es.

“Temos c�lculos projetando que, se nada for feito, como medidas de preven��o e distanciamento social, o pico nosso pode ser em meados de junho, final de julho, por exemplo. Mas com as medidas de preven��o, podemos empurr�-lo para o final de setembro. Se empurramos para o fim  de setembro ou at� mesmo outubro - situa��es hipot�ticas -, sa�mos desse outono/inverno frio em que estamos e tiramos dessa confus�o a gripe e as influenzas", destaca Una� Tupinamb�s.

E o infectologista completa: "� importante que a gente empurre o pico, pois se empurrarmos para um m�s mais quente, podemos inclusive achatar a curva, porque no ver�o a transmiss�o � um pouco mais dificultada. Podemos propor medidas mais rigorosas de distanciamento social, o uso rigoroso da m�scara, proibir eventos, como j� estamos propondo. O que temos que fazer � isso, achatar esse pico”, explicou.

Una� tamb�m chama a aten��o para outras vantagens do adiamento do pico, como melhor prepara��o das equipes e unidades de sa�de, aquisi��o de equipamentos de prote��o individual, al�m de proporcionar mais tempo para que a ci�ncia encontre solu��es para a COVID-19.

“Estamos vendo que est�o saindo quest�es da ci�ncia de como tratar melhor esses pacientes. Parece que a cloroquina n�o funciona muito bem, parece que a dexametasona usada em pacientes mais graves pode trazer benef�cio, sim, muito importante. Foi um dado muito alentador. Temos visto duas vacinas em fase 3 de pesquisa, que mostraram ser muito promissoras nas fases anteriores. Quem sabe no inverno do ano que vem n�o teremos acesso a uma vacina? Isso � muito importante”, salientou.

Como se estima o pico?


Os c�lculos para se chegar a uma determinada data de pico variam de acordo com o profissional respons�vel pelas contas, diz Una�. Em geral, utiliza-se a taxa de transmiss�o, tamb�m chamada de R0, assim como o n�mero de habitantes da cidade e o grau de distanciamento social.

“De acordo com o R0, pela popula��o daquela localidade e pelo grau de distanciamento social. Se o distanciamento social for de 90%, vamos pensar, o pico nunca ser� atingido. Mas 90% da popula��o n�o consegue ficar em casa. Se o distanciamento social cai para 30%, eles fazem o c�lculo em cima dos 70% de quem est� andando na rua. Com a taxa de transmiss�o de x, eles ser�o expostos. Da� faz o c�lculo. Cada um (matem�tico) usa um modelo. Um acerta mais que o outro.”

Vida p�s-pico


Para Una�, a popula��o ter� de viver um ‘novo normal’, mesmo depois de uma poss�vel redu��o nos n�meros. A m�scara, por exemplo, assim como hoje, ser� item indispens�vel. A forma��o de grandes aglomera��es tamb�m deve continuar a ser evitada.

“At� ter uma vacina, vamos precisar de um ‘novo normal’. A popula��o vai ter que se acostumar. Espero que a gente tenha essa vacina at� o final de 2021”, concluiu.

Veja as proje��es para o pico da COVID-19 em Minas


31 de mar�o: UFMG afirmou que pico da COVID-19 em Minas deveria ocorrer entre 27 de abril e 11 de maio

8 de abril: Secretaria de Sa�de de Minas projetou pico dos casos de COVID-19 para come�o de maio

16 de abril: governo de Minas distanciou o pico para o dia 27 de maio

11 de maio: proje��o de pico da COVID-19 passou para 8 de junho em Minas Gerais

22 de maio: previs�o do pico de COVID-19 em Minas Gerais foi adiado em um dia

4 de junho: proje��o de pico passou para 19 de julho com 2.047 casos em um dia

8 de junho: secret�rio adjunto de Sa�de de Minas Gerais, Marcelo Cabral, estimou pico para 15 de julho

16 de junho:
 estudo in�dito prev� pico da COVID-19 para agosto em Minas, com mais de 150 mil infectados


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