
As unidades de sa�de divulgaram comunicado � popula��o alegando que, em fun��o da escassez de mat�ria-prima no mercado, devido ao aumento da demanda ocasionada pela COVID-19, seus estoques de anest�sicos e relaxantes musculares est�o “no limite”. Por isso, est�o com dificuldades para realizar cirurgias eletivas.
Os hospitais informam ainda que foram “for�ados a adotar um plano de conting�ncia”, e, “como medida de seguran�a, os estoques ainda existentes est�o reservados para o atendimento apenas de casos emergenciais”.
O comunicado foi assinado pelas diretorias dos hospitais Aroldo Tourinho, Universit�rio Clemente de Faria (HUCF/vinculado � Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes); Dilson Godinho, Hospital das Cl�nicas M�rio Ribeiro (vinculado � Sociedade Educativa do Brasil/Soebr�s, Pronto-Socorro e Santa Casa de Caridade de Montes Claros.
As unidades hospitalares alegam que a falta de anest�sicos e relaxantes musculares – fundamentais no tratamento m�dico de pacientes em diferentes condi��es – � uma situa��o que ocorre “em todo territ�rio nacional”.
O comunicado diz que a quest�o tamb�m pode comprometer o atendimento dos casos graves da COVID-19. “Enfatizamos que, al�m do desafio de ampliar o n�mero de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) e respiradores, agora enfrentamos a falta desses medicamentos usados na entuba��o de pacientes graves com coronav�rus. Sem esses rem�dios, a ventila��o mec�nica n�o pode ser feita de forma adequada e o paciente corre risco maior de morte”, diz o texto.

Diante do alerta, os hospitais fazem um apelo � comunidade: “Em raz�o do exposto, solicitamos a popula��o de Montes Claros que fique em casa, saindo t�o somente quando necess�rio”. Anunciam ainda que os procedimentos “n�o urgentes’ ser�o retomados t�o logo a situa��o venha ser reguralizada.
Neste s�bado, representantes do Minist�rio Publico Estadual de Minas Gerais (MPMG) e do Minist�rio P�blico Federal (MPF) tamb�m divulgaram um “comunicado ao p�blico”, no qual abordam o problema da falta de estoques de medicamentos enfrentado pelos hospitais do SUS na cidade e reiteram o pedido para que “a popula��o fique em casa, como forma de preven��o de acidentes e redu��o da contamina��o por COVID-19”.
“O Minist�rio P�blico brasileiro acompanha a situa��o em �mbito local, regional e nacional. N�o obstante, informa que ainda n�o h� previs�o concreta de normaliza��o dos estoques de medicamentos no curto prazo”, diz a nota.
O comunicado � assinado pelos promotores Leandro Pereira Barboza, coordenador d Coordenadoria Regional das Promotorias de Justi�a de Defesa da Sa�de da Macro Regi�o Norte de Minas (CRDS) e Wellerson Guedes Cavalcante e pelo procurador Marcelo Malheiros Cerqueira, do MPF.
Ouvido pelo Estado de Minas neste s�bado, o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (Cidadania) disse que a Prefeitura encaminhou uma notifica��o aos hospitais, enfatizando a responsabilidade das unidades hospitalares credenciadas pelo SUS na aquisi��o dos medicamentos e insumos para a garantia do atendimento � popula��o.
Situa��o da COVID-19 no munic�pio
De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Sa�de de Montes Claros, neste s�bado, a cidade conta 242 casos confirmados da COVID-19 quatro mortes provocadas pela doen�a. 150 pacientes contaminados se curaram. Os hospitais locais tem 33 pessoas internadas com coronavirus, dos quais 18 de Montes Claros e 15 de outros munic�pios do Norte de Minas.
Neste s�bado, a prefeitura inaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Chiquinho Guimar�es, que, durante a pandemia, vai servir como hospital de campanha, dispondo de 60 leitos. A UPA vai atender casos de baixa complexidade, visando abrir vagas nos outros hospitais do munic�pio para casos mais complexos e pacientes graves da COVID-19.