
O caso aconteceu no �ltimo s�bado (25), mas veio � tona entre a noite de segunda (27) e a madrugada de ter�a (28), quando v�deos do flagrante foram postados nas redes sociais. Segundo o boletim de ocorr�ncia, as agress�es aconteceram em um posto de gasolina nas proximidades da 'Pra�a do Vivi', na �rea central da cidade.
Helder teria chegado ao local visivelmente alterado e questionando por que a v�tima, Gustavo Teixeira, de 36 anos, estava tocando o interfone de uma propriedade dele. Em seguida, iniciou as agress�es, com socos e chutes, enquanto proferia xingamentos homof�bicos contra Teixeira e dois amigos que estavam com ele.
As agress�es teriam durado por cerca de seis minutos, quando a v�tima e os amigos conseguiram deixar o local. Em seguida, os policiais militares chegaram e Helder passou a amea�ar os agentes, dizendo que se efetuassem sua pris�o "iriam conhecer o seu poder". Naquele momento, ent�o, ele foi indiciado por desacato.
A v�tima registrou boletim de ocorr�ncia no dia seguinte, por volta das 11h30, quando narrou aos policiais a sequ�ncia de agress�es. O caso agora ser� investigado pela Pol�cia Civil.
Repercuss�o
O caso ganhou repercuss�o na cidade, de pouco menos de 40 mil habitantes. Nas redes sociais, moradores mobilizaram a "#Justi�aParaGustavo".
Gustavo publicou o v�deo das c�meras do sistema Olho Vivo nas redes sociais, que flagram os momentos de agress�o. "Nada justifica esse ato de tamanha agress�o que ele fez comigo. Todos os v�deos mostram que o agressor est� completamente descontrolado. Eu o tempo todo tentei afastar, pedi pra que parasse, que eu fosse embora. Mas ele seguia me agredindo, com tapas, socos, murros chutes", conta.
A Pol�cia Civil j� colheu depoimentos da v�tima que diz, agora, confiar na Justi�a. "Hoje me encontro em casa, com o rosto todo roxo, o olho detonado, totalmente abalado psicologicamente. Mas o meu depoimento j� foi dado � Pol�cia Civil, e a Justi�a ir� agir", completa.
O que diz o autor
Helder Ribeiro dos Santos, de 34 anos, � pr�-candidato a prefeito de Arcos pelo Democracia Crist� (DC). Figura conhecida na cidade, usou sua p�gina nas redes sociais para publicar um v�deo contando a sua vers�o dos fatos.
Apesar de admitir as agress�es, ele nega qualquer motiva��o homof�bica. "S� sa� de casa para defender o meu patrim�nio durante movimenta��o suspeita. Sempre farei isso, seja de forma pessoal, em vias de fato, de forma jur�dica ou de pedido � pol�cia", argumenta no v�deo.
Helder diz que havia acabado de chegar em casa ap�s o trabalho quando ouviu o interfone da propriedade que estava sob sua responsabilidade tocar. Segundo ele, sua resid�ncia fica a cerca de 120 metros do im�vel em quest�o.
Ap�s ouvir o interfone, ele diz ter tamb�m visto movimenta��es suspeitas por parte de Gustavo e seus amigos. O fato de ser madrugada teria levantado ainda mais desconfian�a. "Eu sa� e fui perguntar o que eles estavam procurando ali naquele hor�rio. Ao chegar, eles evadiram do local. Tudo em movimenta��o suspeita", narra.
Helder diz que somente partiu para agress�o ap�s ter pedido � v�tima que ficasse no local at� que a pol�cia chegar e ela teria se negado. "� o meu direito defender o meu patrim�nio e a minha fam�lia", alega. Diz, tamb�m, que discutiu com os policiais por estar nervoso ap�s ter se envolvido na briga, mas que tudo ficou bem.
A v�tima, entretanto, questiona a vers�o de Helder. "Eu estava procurando quem morava l� antes. Ele nem sequer mora l�, como ele mesmo diz, e conta que o patrim�nio estava em risco. Mas isso seria papel da pol�cia, n�o dele. Mas, mesmo assim, desceu, foi no posto com uma faca e j� chegou agredindo", contesta Gustavo.
A reportagem tentou contato com Helder, que n�o respondeu �s nossas solicita��es.
*Estagi�rio sob supervis�o da ediotra-asistente Vera Schmitz