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Estado de Minas CHANTAGEM

Pr�-candidato a prefeito de cidade do Norte de Minas � preso por amea�ar vazar fotos �ntimas de mulheres

Homem foi preso pela Pol�cia Civil em Montes Claros e encaminhado a unidade carcer�ria em Bocaiuva


30/07/2020 12:14 - atualizado 14/10/2020 11:53

Herivelton Ruas (E) (delegado regional de Montes Claros), delegada Karine Maia, e o delegado Jurandir Rodrigues (chefe do 11º departamento da Policia Civil de Montes Claros)
Herivelton Ruas (E) (delegado regional de Montes Claros), delegada Karine Maia, e o delegado Jurandir Rodrigues (chefe do 11� departamento da Policia Civil de Montes Claros) (foto: Divulga��o/Pol�cia Civil)
A Policia Civil prendeu, em Montes Claros, no Norte de Minas, um homem de 32 anos, suspeito  de tentativa de extors�o de  mulheres, sob amea�a de divulgar fotos �ntimas delas na internet, al�m de explorar as v�timas financeiramente.

O suspeito, identificado apenas como M.R. F. C, de 32 anos, era pr�-candidato a prefeito do munic�pio de S�o Jo�o das Miss�es, cidade de 13 mil habitantes, na mesma regi�o.

Preso ter�a-feira (29), o suspeito est� recolhido preventivamente na Cadeia P�blica de Bocaiuva, tamb�m no Norte do estado. Conforme apurou a reportagem do Estado de Minas , a investiga��es tamb�m apontam que ele � usu�rio de coca�na .

De acordo com a delegada Karine Maia Costa, da Delegacia  Especializada de Atendimento � Mulher (Deam), de Montes Claros, foram identificadas oito v�timas do munic�pio do Norte de Minas, das quais cinco prestaram depoimentos � pol�cia, narrando os fatos. 

Ainda est� sendo investigada a poss�vel exist�ncia de mais v�timas, inclusive, em outras cidades. J� se sabe que uma mulher de Belo Horizonte registrou um boletim de ocorr�ncia na Pol�cia Militar contra o mesmo homem, o que ainda est� sendo apurado

As investiga��es foram iniciadas no in�cio de junho, quando a Defensoria P�blica de Montes Claros, por interm�dio da defensora p�blica Maiza Rodrigues, encaminhou duas mulheres � Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher. Elas relatavam terem sido v�timas do pr�-candidato a prefeito .

“Come�amos a investiga��o e percebi que existiam v�rias mulheres que tinham feito boletim de ocorr�ncia (contra o mesmo suspeito), mas que ainda n�o tinham procurado a nossa delegacia”, afirma Karine Maia. Segundo ela, a suspeita � de que o homem importunava as v�timas h� mais de tres anos, j� que a primeira ocorr�ncia policial contra ele, relacionada a caso semelhante , foi registrada em 2016.

Conforme a investiga��o , por meio da redes sociais, o suspeito se aproximava de mulheres com perfis espec�ficos: fragilizadas emocionalmente, casadas e com o relaxcionamento em crise ou separadas recentemente – e que n�o queriam se expor para a fam�lia, sempre com idades entre 45 a 50 anos, e resolvidas financeiramente.

A partir do envolvimento com as v�timas, ele conseguia fotos intimas delas, muitas vezes, sem que elas que percebessem . No momento em que as mulheres manifestavam interesse em romper com o investigado, eram amea�adas de exposi��o do material – os 'nudes' -, o que configura crime cibern�tico.

“Ele se aproximava de mulheres bem sucedidas. As seduzia e ganhava a amizade e um relacionamento amoroso delas. Quando elas tentavam se afastar, ele amea�ava publicar as fotos intimas nas redes sociais ou mandar para os parentes delas, explica Karine Maia.

A delegada usou o termo 'sex extors�o' para definir o tipo de a��o criminosa cometida pelo suspeito. “A sex extors�o � usada para extors�o, de cunho financeiro e tamb�m (serve) para conseguir favores sexuais. Ele (o suspeito) dizia para a vitima: 'se voc� n�o ficar comigo, vou divulgar coisas suas'. Neste caso, trata-se de constrangimento ilegal”, explica Karine.

De acordo com a apura��o policial, o suspeito explorava as mulheres financeiramente, fazendo com que elas pagassem despesas para ele, como contas de bares e restaurantes ou di�rias em hot�is. Al�m disso, ele tentava extorquir as vitimas, embora n�o tenha conseguido receber pagamento de nenhuma delas.

Conforme a delegada, o pr�-candidato a prefeito pediu dinheiro para uma mulher com quem iniciou uma conversa pela internet, amea�ando fazer revela��es e mandar fotos para o marido dela. Como n�o recebeu o pagamento , ligou para o marido da mulher.

Na sequ�ncia, fez uma montagem de cunho pornogr�fico e enviou para o filho dela, afirmando que teve uma noite de sexo com a m�e do jovem 'no apartamento dele', embora isso n�o tivesse ocorrido.

A investiga��o tamb�m constatou que o suspeito teria encaminhado uma mensagem para uma mulher, amea�ando divulgar fotos intimas dela numa rede social, caso ela terminasse o relacionamento com ele. Como a vitima resistiu � chantagem, ele fez a postagem difamat�ria e a v�tima acabou perdendo o emprego.

“Para outra mulher, ele amea�ou, que se ela n�o voltasse com ele, colocaria fogo no carro dela”, revelou Karine Maia. A delegada contou tamb�m que o suspeito chegou a se aproveitar de uma garota de programa. “Ele chegou a sair com a menina de programa. No dia seguinte, ele ligou para ela e falou: voc� me devolve o dinheiro que eu paguei. Sen�o vou divulgar fotos �ntimas sua”, disse. Como n�o houve a devolu��o, as fotos intimas da garota teriam sido divulgadas ilegalmente.

Sem no��o e impunidade


A reportagem tentou, sem sucesso, contato com a defesa do acusado. Por�m, a delegada Karine Maia disse que, ao prestar depoimento, o suspeito n�o negou a tentativa de exposi��o publica das v�timas, tentando desqualificar a��o criminosa.

“Ele � muito sem no��o. Ele achava que � inating�vel, que nada vai atingi-lo”, declarou a delegada, acrescentando que o pensamento do suspeito � que pagaria fian�a e nada mais aconteceria.

"Na verdade, ele tinha um sentimento de impunidade e este sentimento o encorajou a amea�ar as mulheres ”, observou Herivelton Ruas, delegado regional de Montes Claros, que participou da entrevista coletiva ao lado da delegada Karine Maria e do delegado Jurandir Rodrigues, chefe do 11º departamento da Policiai Cvil de Montes Claros.

Karine Maia disse que o objetivo agora, depois da pris�o do suspeito,  � que outras vitimas apare�am e prestem depoimento . “� importante que as v�timas nos procurem. Elas m�o n�o devem ficar com vergonha, at� porque o inqu�rito � sigiloso”, enfatizou a policial.

Reserva ind�gena


De acordo com a investiga��o, o acusado n�o revelou profiss�o , mas era uma pessoa com influ�ncia politica em S�o Jo�o das Miss�es, sendo ativo nas redes sociais. S�o Jo�o das Miss�es tem a maioria da popula��o integrante da reserva ind�gena xacriab�. Mas o suspeito n�o tem origem na etnia.

Ainda segundo a policia civil, o homem j� teve pris�o decretada pelo n�o pagamento de pens�o aliment�cia. Ele foi preso no Condom�nio Belvedere, na regi�o Norte de Montes Claros. N�o resistiu � pris�o, mas, segundo a Policia Civil, tentou esconder o celular, o qual teria armazenadas provas dos crimes contras as mulheres .


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