
Os testes foram aprovados pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e por todas as outras entidades �ticas e legais que regulamentam a �rea, � coordenada em todo o Brasil pelo Instituto Butantan, de S�o Paulo.
Os volunt�rios precisam atender a todos os crit�rios de elegibilidade, como ter mais de 18 anos, n�o ter sido contaminado pela COVID-19, n�o apresentar doen�as cr�nicas e n�o fazer uso de medicamentos.
O Brasil foi um dos pa�ses escolhidos para testar a vacina devido ao grande n�mero de pessoas infectadas. A op��o pelos profissionais de sa�de mais expostos ao cornav�rus � mais uma estrat�gia de pesquisa, com a perspectiva de tentar agilizar o processo necess�rio para aprovar o uso da vacina com a m�xima seguran�a poss�vel.
O laborat�rio disponibilizou 20 mil doses para todo o Brasil. Na UFMG, j� foram entregues cerca de 850 doses. Em todo o Brasil, ser�o selecionados 9 mil volunt�rios, de diversas regi�es do pa�s.
Segundo Mauro Teixeira, coordenador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de F�rmacos do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG e respons�vel pelos testes, os volunt�rios n�o estar�o sendo, de fato, “vacinados”. “Ainda n�o existe nenhuma vacina contra o coronav�rus, apenas candidatas”, reitera. Ap�s receberem as doses, os volunt�rios ser�o acompanhados durante um per�odo que pode ultrapassar um ano.
“H� um conjunto de estudos pr�vios que sugerem que a ‘vacina chinesa’ � segura e eficaz, mas o volunt�rio � apenas um ‘doador’ que se prop�e a participar, sem a certeza de que a viabilidade do medicamento ser� comprovada”, explica. Ele reconhece a abnega��o dos profissionais de sa�de nesse momento, mas destaca que aqueles que aceitarem se voluntariar ser�o participantes de um projeto de pesquisa que quer justamente avaliar se essa candidata a vacina � de fato eficiente.
Al�m disso, ser� preciso que essa pessoa se disponha a ser acompanhada durante um tempo prolongado. "A avalia��o ao longo do estudo � a parte mais importante do estudo desse candidato vacinal", para a devida avalia��o dos seus efeitos e de sua adequa��o para ser adotada como vacina ou n�o. O cientista refor�a que todos os testes realizados mostram que a subst�ncia � segura para ser usada por seres humanos e que as entidades de sa�de e de pesquisa brasileiras autorizaram a realiza��o dos testes.
Ele explica tamb�m que ser� um estudo randomizado, quando os participantes s�o aleatoriamente distribu�dos em dois ou mais grupos, e duplo-cego, ou seja, nem o volunt�rio nem o examinador sabem qual subst�ncia est� sendo aplicada. Um grupo receber� a candidata a vacina, mas outro grupo receber� uma subst�ncia inerte, o placebo. “Isso � necess�rio para podermos comparar os dois grupos no futuro e avaliar os resultados. O esperado � que o grupo que recebeu a subst�ncia ativa esteja imune, mas isso � o que a pesquisa precisa nos dizer", afirma Mauro Martins, do Departamento de Bioqu�mica e Imunologia do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB). Se houver benef�cios, todos os participantes da pesquisa ser�o devidamente vacinados ao final do estudo.