
Os levantamentos prev�em an�lises sociais, ambientais, qu�micas, geol�gicas e econ�micas a serem executadas pela EDS Energia e Desenvolvimento Sustent�vel Ltda, empresa vencedora do processo licitat�rio para executar parte do PAD no Estado.
Posteriormente aos 230 diagn�sticos ser�o realizados testes t�cnicos de vaz�o e fisioqu�micos em 138 po�os de capta��o de �gua. O teste de vaz�o, bombeamento ou produ��o, consiste na aplica��o de fluxo vazante da �gua durante um certo intervalo de tempo, calculando o registro de rebaixamento do n�vel de �gua.
De acordo com a empresa j�nior Geocapta Solu��es Geol�gicas, da Universidade Federal do Cear� (UFC), "com o teste de vaz�o � poss�vel reconhecer os par�metros hidrodin�micos do aqu�fero e caracter�sticas do po�o, seja artesiano (tubular) ou cacimba, podendo determinar a capacidade de extra��o de �gua, dimensionamento e coloca��o da bomba, evitando poss�veis preju�zos. Os testes fisioqu�micos analisam os componentes e qualidade da �gua.
Ser�o executados 69 projetos nas comunidades selecionadas. O conv�nio firmado entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad) e O Minist�rio do Desenvolvimento Regional (MDR) para contrata��o da empresa que realizar� os diagn�stico ter� um custo global de R$ 15,4 milh�es, sendo R$ 13,9 milh�es repassados pelo MDR e R$ 1,5 milh�o como contrapartida do Estado. Somente em Minas Gerais o PAD poder� beneficiar 85 munic�pios.
Em cada comunidade ser�o firmados acordos de gest�o compartilhada dos sistemas de dessaliniza��o, instrumentos que definem as reponsabilidades das partes na gest�o, envolvendo a participa��o dos habitantes locais e representantes dos munic�pios, estados e governo federal.
Na avalia��o da diretora-geral do Igam, Mar�lia Melo, trata-se de "um importante avan�o dessa pol�tica que tem como fundamento o uso de fontes alternativas de �gua e que � t�o essencial para o desenvolvimento da regi�o do semi�rido mineiro". Segundo o coordenador estadual do Programa �gua Doce em Minas, capit�o Jos� Ocimar de Andrade Junior, as a��es referentes ao PAD v�m "apresentando resultados positivos" nos estados do Nordeste, com a produ��o de �gua de qualidade. “Temos o potencial para atender cerca de 28 mil pessoas em comunidades preferencialmente rurais do semi�rido mineiro”, afirmou.
De acordo com o Minist�rio, O PAD � uma a��o do governo federal visando implementa��o de pol�tica p�blica de acesso � �gua de boa qualidade para consumo humano, promovendo e disciplinando a implanta��o, recupera��o e a gest�o de sistemas de dessaliniza��o, ambiental e socialmente sustent�veis.
Coordenado pelo MDR, em parceria com institui��es federais, estaduais, municipais e sociedade civil, o PAD estabelece uma pol�tica p�blica permanente de acesso � �gua de qualidade para o consumo humano, por meio do aproveitamento sustent�vel de �guas subterr�neas. Segundo o minist�rio, em todo o processo s�o incorporados cuidados t�cnicos, ambientais e sociais na implanta��o e gest�o de sistemas de dessaliniza��o no semi�rido brasileiro.
IRRIGA�AO
Para o secret�rio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel, Germano Vieira um dos principais diferenciais do programa � a destina��o ambientalmente adequada do efluente gerado no processo de dessaliniza��o. "Na maioria dos casos, o efluente � lan�ado num tanque de conten��o para evapora��o, evitando a degrada��o do solo", afirmou. No entanto, dependendo das caracter�sticas f�sico-qu�micas deste concentrado, ele poder� ser destinado a outros usos como dessedenta��o animal ou irriga��o para agricultura biossalina.
A agricultura biossalina � uma alternativa de cultivo embasada no uso criterioso e planejado da �gua salobra na irriga��o. A t�cnica � empregada em �reas menores, onde s�o cultivadas forrageiras para alimenta��o de rebanhos. Inicialmente, a �gua do po�o passa por an�lise para mensurar o volume e os tipos de sais que apresenta. Em seguida, o solo � analisado para avaliar suas condi��es antes de ser irrigado. Por fim, devem ser selecionadas culturas adequadas, como algumas esp�cies forrageiras.
"Entretanto, a esp�cie forrageira escolhida deve estar adaptada �s condi��es de clima, solo e topografia da propriedade. Caso contr�rio, apresentar� s�rios problemas de desenvolvimento causando preju�zos ao agricultor", afirma Ant�nio Vander Pereira, professor do curso a dist�ncia Sele��o de Forrageiras, da �rea Pastagens e Alimenta��o Animal.
Al�m de Minas Gerais, o Programa �gua Doce � executado por meio de parcerias com todos os estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Cear�, Maranh�o, Para�ba, Pernambuco, Piau�, Rio Grande do Norte e Sergipe). S�o dez conv�nios do Programa �gua Doce em execu��o, com investimento de aproximadamente R$ 260 milh�es para fornecer �gua de qualidade a 1.200 comunidades rurais do semi�rido brasileiro.