
Chegar aos seus postos de trabalho no hor�rio certo para dar in�cio aos plant�es. � s� o que reivindicam trabalhadores do Hospital Regional e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alterosas, em Betim, na Regi�o Metropolitana de BH (RMBH). Desde o in�cio da pandemia da COVID-19, os hor�rios do transporte coletivo no munic�pio foram reduzidos e algumas linhas deixaram de circular aos finais de semana, deixando centenas de profissionais sem op��es de transporte.
Um v�deo divulgado em redes sociais mostra um protesto realizado por profissionais da UPA Alterosas, que fazem um apelo � prefeitura por mais estrutura para irem e voltarem do trabalho. Confira:
Betim: profissionais da Sa�de reclamam de falta de �nibus e vans para trabalhar. Leia mais: https://t.co/Yzph8IxLtQ#Betim #Covid #Protesto pic.twitter.com/cCUaiuDlJ5
%u2014 Estado de Minas (@em_com) August 17, 2020
A agente de higieniza��o do Hospital Regional de Betim, Luzia Arifa, de 53 anos, trabalha em regime de plant�o e tem dificuldade para chegar ao trabalho. Segundo ela, as linhas est�o com poucos �nibus circulando e os hor�rios n�o coincidem com o dos funcion�rios do hospital. “Todos os dias, tenho tido um atraso de uma hora no cart�o de ponto. A van que eu pego, a 61, para ir trabalhar, come�a a circular �s 7h. Este � o hor�rio em que eu j� deveria estar no trabalho”, reclama Luzia.
Com a escassez dos �nibus, Kelly Cristina de Castro Guimar�es, de 46 anos, agente de limpeza do setor cir�rgico do Hospital Regional, pontua que teve que mudar o hor�rio de seu plant�o. “Tive que alterar meu hor�rio porque todos os dias eu estava devendo 30 minutos na folha de ponto. Minha gerente me autorizou a cumprir um hor�rio que nem existe formalmente dentro do hospital. Tudo isso porque n�o h� �nibus dispon�vel”, explica Kelly que faz o uso do �nibus 315B.
Kelly conta ainda que, no final de semana, depende da carona do marido para lev�-la e busc�-la no hospital. “S�o 55 quil�metros ao todo, de ida e volta. Agora, tenho um custo de R$ 200 de gasolina s� para trabalhar no final de semana. A empresa poderia reduzir a frota, desde que colocasse hor�rios que atendessem os trabalhadores essenciais”.
A situa��o se repete com quem trabalha na Unidade de Pronto-Atendimento do Bairro Alterosas. Uma servidora que n�o quis se identificar conta que, desde o in�cio da pandemia, tem sentido dificuldade em chegar ao trabalho. “Tenho dois aplicativos no celular, que informam os hor�rios das vans, mas est�o informando errado ou n�o atualizam. N�o est�o sendo transparentes. Eu tenho que pegar duas linhas para chegar � UPA, mas, por causa das poucas op��es de hor�rio, tenho andado cerca de 30 minutos a p� para conseguir chegar a tempo no trabalho”.
A servidora conta que j� reclamou diversas vezes com a empresa respons�vel pelas vans. “Eu ligo, mas eles falam que � o que d� para fazer, que caiu o n�mero de passageiros nesse per�odo da pandemia e, por isso, diminu�ram os hor�rios”.
Transbetim sugere aplicativo
Em nota, a Prefeitura de Betim respondeu que a redu��o no quadro de hor�rios do transporte p�blico se deu devido � demanda de usu�rios, que caiu consideravelmente no per�odo da pandemia. Segundo a nota, houve redu��o de 49% no n�mero de viagens e 64% no n�mero de passageiros.
Sobre a reivindica��o quanto a hor�rios que atendam os trabalhadores da Sa�de, a nota diz “o sistema de transporte p�blico municipal de Betim possui muitas sobreposi��es, ou seja, linhas que fazem praticamente o mesmo itiner�rio. Para evitar mais preju�zo, �s linhas 131, 210A, 260A, 260B, 261, 270, 412, 414, 710A, 710B, 710C do sistema STPCO, que possuem grande sobreposi��es com as linhas do STPBC, passaram a ter seus atendimentos supridos pelas linhas correspondentes do sistema STPBC aos finais de semana”.
A diretora-executiva da Transbetim, V�nia Elias, ressalta que a empresa segue fazendo adequa��es diariamente, e que est�o abertos ao di�logo. “No aplicativo ClicaBus, o usu�rio pode fazer reclama��es, dar sugest�es, � atrav�s desse meio que entenderemos uma nova demanda. Sendo observada a necessidade, medidas ser�o tomadas”, promete a diretora.