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Estado de Minas ABUSOS SEXUAIS

Acusado de abusar de crian�as em eventos religiosos chama denunciantes de 'loucas'

Pastoral de V�rzea da Palma, no Norte de Minas, teria sido usada por suspeito para a pr�tica dos crimes; Igreja Cat�lica n�o se manifesta


18/08/2020 15:14 - atualizado 18/08/2020 16:40

Delegacia de Polícia Civil de Várzea da Palma instaurou novo inquérito para apurar denuncias de abusos sexuais(foto: Polícia Civil/Divulgação )
Delegacia de Pol�cia Civil de V�rzea da Palma instaurou novo inqu�rito para apurar denuncias de abusos sexuais (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o )
A Delegacia da Pol�cia Civil de V�rzea da Palma, no Norte de Minas, instaurou novo inqu�rito sobre o caso do pedreiro e servidor p�blico, de 54 anos, suspeito de abusar sexualmente de crian�as no munic�pio. O objetivo � ouvir depoimentos de novas supostas v�timas a partir da divulga��o do caso, que ganhou repercuss�o nacional nesta semana.
 
Respons�vel pela apura��o, o delegado de V�rzea da Palma, Guilherme Vasconcelos, confirmou ao Estado de Minas que o novo inqu�rito foi instaurado nessa segunda-feira (17) com o objetivo de ouvir novos depoimentos.

No entanto, ele n�o revelou se surgiram novas den�ncias – e quantas s�o as v�timas –, alegando que qualquer nova revela��o pode prejudicar as investiga��es. 
 
Em entrevista na segunda-feira, Vasconcelos declarou que havia a expectativa de que mais v�timas surgissem depois que o caso se tornou p�blico. 

O primeiro inqu�rito em rela��o ao caso do pedreiro e servidor p�blico foi aberto em outubro de 2019 e conclu�do em janeiro de 2020. Na sequ�ncia, foi encaminhado � Justi�a de V�rzea Palma. O processo segue em andamento. 

Procurado pelo EM, o advogado Santiago �tila Santiago, que defende o acusado, disse que seu cliente nega a autoria dos crimes. 

Ele alegou ainda que n�o pode se manifestar sobre o caso porque o processo corre em segredo de Justi�a. 

O delegado Guilherme Vasconcelos informou que, em depoimento na delegacia, o suspeito tamb�m negou a veracidade das acusa��es com o argumento de que as denunciantes “est�o loucas”. 

Primeiro inqu�rito tem 14 den�ncias

 
De acordo com Guilherme Vasconcelos, 14 mulheres prestaram depoimento na delegacia alegando terem sido v�timas dos supostos abusos cometidos pelo homem enquanto eram crian�as – tinham entre 8 e 12 anos. 

Os abusos teriam sido cometidos ao longo de 25 anos, per�odo em que o suspeito promovia eventos de cunho religioso, ensaios e festas para atrair as crian�as. 

O delegado disse que foi o pr�prio homem que, em depoimento, informou que desde a d�cada de 1980 atendeu a cerca de 5 mil crian�as em seus eventos. 

Por isso, o titular da delegacia de V�rzea da Palma diz acreditar que o n�mero de v�timas possa ser maior e que espera ouvir novos depoimentos no novo inqu�rito, que dever� ser conclu�do em 30 dias.

Supostos abusos at� em beira do rio


Guilherme Vasconcelos informou que, em depoimento, as mulheres disseram que o suspeito promovia festividades religiosas (incluindo ter�os), quadrilhas e outras festas folcl�ricas, como congados, para atrair as crian�as.

Grande parte dos eventos ocorria no Sal�o do Centro Pastoral Nossa Senhora da Concei��o. O im�vel pertence � Igreja Cat�lica (Par�quia Nossa Senhora da Concei��o, de V�rzea da Palma) e teria sido cedido ao homem para as atividades. 

Conforme Vasconcelos, as supostas v�timas relataram que os abusos sexuais eram cometidos n�o somente no Centro Pastoral, mas em diversos locais como resid�ncias.

Uma das denunciantes afirmou ter sofrido abuso por parte do suspeito na beira do Rio das Velhas, que passa junto � �rea urbana de V�rzea da Palma antes de desaguar no Rio S�o Francisco, no distrito de Barra do Guaicu� (no mesmo munic�pio).

O delegado disse que ouviu tamb�m os depoimentos de m�es de algumas das supostas v�timas, que alegaram n�o terem levantado suspeitas contra o agora investigado.

“Elas disseram que ele (o suspeito) era uma pessoa de extrema confian�a”, declarou Vasconcelos. 

O homem teria usado uma entidade chamada Liga Cat�lica Mirim para promover eventos e atrair crian�as em V�rzea da Palma. O delegado disse n�o ter informa��o sobre a entidade cat�lica, pois ela n�o foi alvo da investiga��o. “N�o debru�amos sobre essa liga cat�lica. O nosso foco foram as den�ncias em rela��o ao suspeito”, explicou.
 

Igreja Cat�lica n�o se manifesta


A reportagem do EM entrou em contato com a Arquidiocese de Diamantina, que responde por V�rzea da Palma e preferiu n�o se manifestar sobre o caso.

“A Arquidiocese de Diamantina n�o tem nada a dizer por absoluto desconhecimento sobre o assunto”, respondeu a institui��o, que apenas confirmou que o Centro da Pastoral Nossa Senhora da Concei��o pertence � Par�quia Nossa Senhora da Concei��o, de V�rzea da Palma.











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