
Respons�vel pela apura��o, o delegado de V�rzea da Palma, Guilherme Vasconcelos, confirmou ao Estado de Minas que o novo inqu�rito foi instaurado nessa segunda-feira (17) com o objetivo de ouvir novos depoimentos.
No entanto, ele n�o revelou se surgiram novas den�ncias – e quantas s�o as v�timas –, alegando que qualquer nova revela��o pode prejudicar as investiga��es.
No entanto, ele n�o revelou se surgiram novas den�ncias – e quantas s�o as v�timas –, alegando que qualquer nova revela��o pode prejudicar as investiga��es.
Em entrevista na segunda-feira, Vasconcelos declarou que havia a expectativa de que mais v�timas surgissem depois que o caso se tornou p�blico.
O primeiro inqu�rito em rela��o ao caso do pedreiro e servidor p�blico foi aberto em outubro de 2019 e conclu�do em janeiro de 2020. Na sequ�ncia, foi encaminhado � Justi�a de V�rzea Palma. O processo segue em andamento.
Procurado pelo EM, o advogado Santiago �tila Santiago, que defende o acusado, disse que seu cliente nega a autoria dos crimes.
Ele alegou ainda que n�o pode se manifestar sobre o caso porque o processo corre em segredo de Justi�a.
Ele alegou ainda que n�o pode se manifestar sobre o caso porque o processo corre em segredo de Justi�a.
O delegado Guilherme Vasconcelos informou que, em depoimento na delegacia, o suspeito tamb�m negou a veracidade das acusa��es com o argumento de que as denunciantes “est�o loucas”.
Primeiro inqu�rito tem 14 den�ncias
De acordo com Guilherme Vasconcelos, 14 mulheres prestaram depoimento na delegacia alegando terem sido v�timas dos supostos abusos cometidos pelo homem enquanto eram crian�as – tinham entre 8 e 12 anos.
Os abusos teriam sido cometidos ao longo de 25 anos, per�odo em que o suspeito promovia eventos de cunho religioso, ensaios e festas para atrair as crian�as.
O delegado disse que foi o pr�prio homem que, em depoimento, informou que desde a d�cada de 1980 atendeu a cerca de 5 mil crian�as em seus eventos.
Por isso, o titular da delegacia de V�rzea da Palma diz acreditar que o n�mero de v�timas possa ser maior e que espera ouvir novos depoimentos no novo inqu�rito, que dever� ser conclu�do em 30 dias.
Supostos abusos at� em beira do rio
Guilherme Vasconcelos informou que, em depoimento, as mulheres disseram que o suspeito promovia festividades religiosas (incluindo ter�os), quadrilhas e outras festas folcl�ricas, como congados, para atrair as crian�as.
Grande parte dos eventos ocorria no Sal�o do Centro Pastoral Nossa Senhora da Concei��o. O im�vel pertence � Igreja Cat�lica (Par�quia Nossa Senhora da Concei��o, de V�rzea da Palma) e teria sido cedido ao homem para as atividades.
Grande parte dos eventos ocorria no Sal�o do Centro Pastoral Nossa Senhora da Concei��o. O im�vel pertence � Igreja Cat�lica (Par�quia Nossa Senhora da Concei��o, de V�rzea da Palma) e teria sido cedido ao homem para as atividades.
Conforme Vasconcelos, as supostas v�timas relataram que os abusos sexuais eram cometidos n�o somente no Centro Pastoral, mas em diversos locais como resid�ncias.
Uma das denunciantes afirmou ter sofrido abuso por parte do suspeito na beira do Rio das Velhas, que passa junto � �rea urbana de V�rzea da Palma antes de desaguar no Rio S�o Francisco, no distrito de Barra do Guaicu� (no mesmo munic�pio).
O delegado disse que ouviu tamb�m os depoimentos de m�es de algumas das supostas v�timas, que alegaram n�o terem levantado suspeitas contra o agora investigado.
“Elas disseram que ele (o suspeito) era uma pessoa de extrema confian�a”, declarou Vasconcelos.
“Elas disseram que ele (o suspeito) era uma pessoa de extrema confian�a”, declarou Vasconcelos.
O homem teria usado uma entidade chamada Liga Cat�lica Mirim para promover eventos e atrair crian�as em V�rzea da Palma. O delegado disse n�o ter informa��o sobre a entidade cat�lica, pois ela n�o foi alvo da investiga��o. “N�o debru�amos sobre essa liga cat�lica. O nosso foco foram as den�ncias em rela��o ao suspeito”, explicou.
Igreja Cat�lica n�o se manifesta
A reportagem do EM entrou em contato com a Arquidiocese de Diamantina, que responde por V�rzea da Palma e preferiu n�o se manifestar sobre o caso.
“A Arquidiocese de Diamantina n�o tem nada a dizer por absoluto desconhecimento sobre o assunto”, respondeu a institui��o, que apenas confirmou que o Centro da Pastoral Nossa Senhora da Concei��o pertence � Par�quia Nossa Senhora da Concei��o, de V�rzea da Palma.