
Funcion�rios dos Correios de todo o Brasil decidiram manter a greve por tempo indeterminado. O movimento ter� continuidade por causa da decis�o de sexta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, de forma definitiva, o acordo coletivo dos trabalhadores da estatal. A pedido da empresa, uma liminar com esse teor j� havia sido concedida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, em 1º de agosto, mas o plen�rio virtual do Supremo julgou para confirmar a decis�o.
De acordo com a Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Tel�grafos e Similares (Findect), a dire��o dos Correios prop�s a retirada de 70 cl�usulas que envolvem direitos da categoria. A lista inclui benef�cios como vale-alimenta��o, vale-cultura, licen�a-maternidade de 180 dias, aux�lio-creche, indeniza��o de morte, aux�lio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.
A Findect entende que a greve crescente � o �nico mecanismo para que os trabalhadores possam reivindicar direitos e acordos coletivos dignos para a categoria. Com a decis�o do STF, os empregados e a empresa v�o ter de discutir novo acordo coletivo junto ao TST (Tribunal SUperior do Trabalho) e come�ar nova campanha salarial. A entidade alega que 70% do efetivo est� sem trabalhar - seriam 70 mil trabalhadores. Com a suspens�o do acordo, os funcion�rios podem chegar a perder 40% do sal�rio.
Em Belo Horizonte, apenas a Ag�ncia Central (Avenida Afonso Pena) esteve aberta, mas com 30% da capacidade. Na semana passada, funcion�rios fizeram ato em protesto contra a retirada dos direitos, privatiza��o da empresa e aus�ncia de medidas para proteger os empregados contra a COVID-19.
A Fentect acionou a Justi�a para garantir aos empregados equipamentos de prote��o individual, �lcool em gel, testagem e afastamento dos integrantes de grupos de risco.
Em meio � greve, a estatal iniciou no s�bado um mutir�o de entregas para reduzir os impactos da paralisa��o dos empregados e evitar novos preju�zos.