
Na batalha contra o novo coronav�rus, a popula��o de Belo Horizonte recebeu ontem duas not�cias que trazem esperan�a de que o pior momento da epidemia na capital esteja ficando para tr�s. E elas v�m de setores bem distintos: uma, dos hospitais; outra, do sistema de esgotos. Ambos os indicadores sinalizam para uma redu��o nas contamina��es pela COVID-19 na cidade, embora as autoridades deixem claro a necessidade de que as medidas de autoprote��o e distanciamento social n�o sejam abandonadas. Mesmo porque, apesar da expectativa de melhora, os n�meros continuam altos, e avan�ando.
Com isso, dois dos tr�s indicadores usados pela prefeitura para tomar decis�es como restringir ou abrir o com�rcio est�o no est�gio verde, o mais controlado da escala de risco. Isso vale para a ocupa��o das enfermarias (abaixo de 50%) e para a velocidade de transmiss�o (menor que 1). J� a taxa de uso das UTIs permanece no cen�rio intermedi�rio, entre 50% e 69%.
Vale ressaltar que a Prefeitura de BH mudou a metodologia de an�lise da ocupa��o dos leitos no in�cio do m�s. Assim, deixou de considerar apenas a estrutura da rede SUS para tamb�m contabilizar os leitos em hospitais privados. No setor p�blico, as taxas de uso s�o mais altas que o quadro da rede suplementar nos dois tipos de leitos: 53,1% nas enfermarias e 58,5% nas UTIs – ambos os indicadores na zona amarela.
Esgotos
O mais recente boletim divulgado pelo projeto-piloto Monitoramento COVID-19 Esgotos mostra que, gradativamente, BH vem controlando a dissemina��o do novo coronav�rus. De acordo com levantamento divulgado ontem, amostras de esgoto da capital apontam para uma estimativa de que 170 mil pessoas estejam infectadas com o v�rus. Em 14 de agosto, eram 200 mil. Essa proje��o j� esteve em 850 mil e 500 mil em boletins divulgados anteriormente.
A melhora significativa dos indicadores em an�lises de esgoto das bacias sanit�rias dos ribeir�es Arrudas e do On�a, que recebem efluentes de BH, consta do 12° boletim do projeto, divulgado sexta-feira, com dados referentes � semana epidemiol�gica entre 10 e 14 de agosto. Os resultados sugerem, de acordo com os t�cnicos, que o pior momento da “curva epid�mica de Belo Horizonte ocorreu entre as semanas epidemiol�gicas 23 e 31”, ou entre 29 de junho e 31 de julho. Na mesma �poca, em Contagem, na Grande BH, os testes apontavam para cerca de 80 mil pessoas infectadas. As �ltimas an�lises mostram que houve uma redu��o de 50%, com proje��o de 40 mil contaminados.
Desde o in�cio do monitoramento, em 13 de abril, os estudos v�m verificando a evolu��o da carga viral no esgoto. De acordo com a coordenadora do projeto e professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Juliana Calabria Denise, houve um aumento expressivo entre os dias 29 de junho e 3 de julho, na qual foram estimados cerca de 500 mil infectados na BH. “Esse n�mero se manteve e, na semana epidemiol�gica entre 20 e 24 de julho, estimamos que havia 827 mil pessoas contaminadas. Nas �ltimas tr�s semanas, a carga viral vem diminuindo e a estimativa � de que haja menos de 200 mil infectados”, avalia.
A diretora-geral do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), Mar�lia Melo, afirma que o objetivo da pesquisa � estabelecer um instrumento de vigil�ncia epidemiol�gica. “O monitoramento permite quantificar o n�mero de pessoas infectadas, sintom�ticas ou n�o. A efetividade do projeto tem sido demonstrada com a ader�ncia dos resultados com a curva de infectados. Nos �ltimos boletins j� se indica uma tend�ncia de queda na estimativa de infectados”.
Vigil�ncia
O projeto-piloto Monitoramento Covid-19 Esgotos � feito semanalmente em 24 pontos de amostragem, em 17 sub-bacias de esgotamento. O levantamento, segundo destaca o superintendente de Vigil�ncia Sanit�ria da Secretaria de Estado de Sa�de, Filipe Curzio Laguardia, � mais um instrumento para os gestores nas tomadas de decis�o para o controle da pandemia em Minas.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia
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