
O casal tinha dois filhos, um homem, j� casado, que mora em uma casa vizinha, e uma filha, que estava na casa com uma prima ainda pequena. O filho contou que estava em casa quando ouviu tiros, vindo da casa da m�e. Em seguida ouviu os gritos da irm�. Adair e Luciene eram separados e moravam em duas casas no mesmo terreno.
Quando o filho chegou na casa, a porta estava trancada. Teve de arromb�-la e deparou com a m�e, assentada no sof�, mas com o rosto todo ensanguentado. No ch�o, o corpo do pai, tamb�m com a cabe�a ensanguentada.
A irm� contou que estava na sala da casa com a m�e e a prima quando pai chegou, abriu a porta abruptamente e passou a discutir com Luciene. A filha decidiu, ent�o, pegar a menina e saiu da sala, fechando-se no quarto, para que a crian�a n�o visse a discuss�o. Foi quando ouviu quatro tiros. Abriu a porta e viu a m�e, no sof�, com a cabe�a ensanguentada.Ela ainda presenciou o pai levar a arma � cabe�a e puxar o gatilho.
Com a chegada da Pol�cia Militar, os dois irm�os contaram que os pais brigavam muito e que h� dois anos haviam se separado.
A surpresa maior foi quando os irm�os encontraram, em cima do sof�, uma carta escrita pelo pai, que explicava como deveriam repartir os bens da fam�lia, como deveriam proceder para receber o seguro pela morte dele e da ex-mulher. A carta levou os policiais a concluir que Adair havia premeditado o crime.
O diretor da penitenci�ria esteve no local e contou que o contrato de Adair, que era prestador de servi�o, terminaria em alguns meses e que, provavelmente, n�o seria renovado. Vizinhos contaram que o homem estaria muito nervoso nos �ltimos dias.gacia de Santana do Para�so.