
A ansiedade nos �ltimos dias pela reabertura de bares e restaurantes em Belo Horizonte n�o atinge exatamente todos os empres�rios do setor. Apesar das perdas financeiras desde o in�cio da pandemia do coronav�rus, em meados de mar�o, v�rios propriet�rios de estabelecimentos mant�m a cautela e optam por n�o voltar �s atividades neste momento, mesmo com a libera��o gradual da prefeitura para o funcionamento dos espa�os.
Depois de acordo entre a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel) e a prefeitura, os bares poder�o vender bebidas a partir de 4 de setembro.
Depois de acordo entre a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel) e a prefeitura, os bares poder�o vender bebidas a partir de 4 de setembro.
Segundo o prefeito Alexandre Kalil, as taxas de transmiss�o por infectado e a quantidade de leitos de UTI e enfermarias v�o ajudar a determinar o avan�o na reabertura de novos setores da economia.
Enquanto alguns donos de bares se apressam para repor os preju�zos, o empres�rio Hebert �vila Nunes, de 40 anos, mant�m a tranquilidade. Propriet�rio do bar e choperia Casa �vila, no Bairro Uni�o, na Regi�o Norte da capital, ele entende que � preciso esperar um tempo a mais para que as pol�ticas de reabertura sejam mais bem definidas.
"� uma situa��o bem complicada. Estamos parados h� muito tempo, mas ponderamos algumas coisas nesse tempo. Ainda h� muitos casos de gente adoecendo em Belo Horizonte e seria um perigo expormos nossos funcion�rios. Nossa equipe � enxuta. Al�m disso, temos toda uma estrutura para comprar e repor estoques, ligar equipamentos de refrigera��o, que normalmente consomem muita energia", ressalta o empreendedor.
Durante a pandemia, Hebert teve de demitir uma funcion�ria e readequou outros dois no Programa Emergencial de Manuten��o do Emprego e Renda, criado pelo Governo Federal. Logo, ele arcou com apenas uma parte do sal�rio de ambos, o que deu novo f�lego em suas despesas.
Al�m disso, renegociou v�rias d�vidas com fornecedores. Ainda assim, o preju�zo no faturamento foi de 90% - o servi�o de delivery funciona � noite.
Al�m disso, renegociou v�rias d�vidas com fornecedores. Ainda assim, o preju�zo no faturamento foi de 90% - o servi�o de delivery funciona � noite.
O empres�rio lembra ainda que sua clientela tamb�m n�o est� segura em se arriscar a ir ao estabelecimento: "Conversamos com alguns clientes, que est�o no nosso cadastro. A grande maioria disse que n�o est� confort�vel em sair para ir ao bar. E corre risco de abrirmos o espa�o e ele ficar vazio".
Momento para obras
Dono da rede Mercearia 130, na Regi�o Centro-Sul, Marco Lucchese, de 33, precisou demitir cerca de 40 funcion�rios e reduzir o sal�rio dos demais para sobreviver em meio � pandemia.
Apesar disso, ele entende que � preciso sabedoria para voltar a trabalhar com tranquilidade. No per�odo em que ficou sem trabalhar, o empres�rio aproveitou para remodelar o espa�o.
Apesar disso, ele entende que � preciso sabedoria para voltar a trabalhar com tranquilidade. No per�odo em que ficou sem trabalhar, o empres�rio aproveitou para remodelar o espa�o.
"Eu estava com certa ansiedade, mas n�o podemos abrir a todo custo. A primeira determina��o de reabertura estipulada pela prefeitura seria de segunda a sexta-feira. Caso fosse assim, n�o conseguiria ter bom retorno. Al�m disso, estou finalizando uma obra e aproveitei esse tempo para dar rejuvenescida na casa. Pintei novamente, troquei os toldos, consertei as mesas. Estou usando esse tempo para terminar a obra", afirma Marco.