
Os impactos negativos do tabagismo para a sa�de n�o est�o restritos ao c�ncer, como se acredita. O cigarro cont�m mais de 6 mil subst�ncias t�xicas causadoras de tumores no sangue, bexiga, pulm�o, f�gado, boca e em v�rios outros �rg�os. O tabaco � respons�vel pelo surgimento tamb�m de doen�as de pele, cardiovasculares e diabetes, levando � morte mais de 8 milh�es de pessoas no mundo, a cada ano. Mais de 1,2 milh�o dessas mortes envolvem fumantes passivos, conforme a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas/Brasil).
Na pele, o maior �rg�o do corpo humano, esses efeitos t�xicos podem provocar envelhecimento precoce, flacidez, manchas e at� queda de cabelo. O Dia do Combate ao Fumo, celebrado hoje, foi criado em 1986, pela Lei Federal 7.488, para controle do tabagismo como problema de sa�de coletiva.
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) registra que cerca de 80% dos mais de 1 bilh�o de fumantes do mundo vivem em pa�ses de baixa e m�dia renda, onde o peso das doen�as e mortes relacionadas ao tabaco � mai- or. O tabagismo � reconhecido como doen�a cr�nica causada pela depend�ncia � nicotina.
Fumar aumenta o risco de contrair infec��es bacterianas e virais, como a COVID-19, conforme alertou o Instituto Nacional do C�ncer (Inca), ao divulgar nota t�cnica, em mar�o, sobre tabagismo e uso compartilhado de narguil�. Segundo o instituto, as chances de agravamento da doen�a em pacientes chineses foram 14 vezes maiores entre as pessoas com hist�rico de tabagismo.
Entre as principais consequ�ncias do tabaco, o Minist�rio da Sa�de cita o c�ncer de pulm�o, que tem o cigarro como principal causa e � respons�vel por mais de dois ter�os das mortes por essa doen�a em todo o mundo. No Brasil, o c�ncer de pulm�o � o segundo mais frequente, atr�s apenas do c�ncer de pele e melanoma, e o primeiro no ranking mundial desde 1985, tanto em incid�ncia quanto em mortalidade. Segundo o Inca, cerca de 13% de todos os casos novos de c�ncer s�o de pulm�o.
Fumantes s�o mais suscet�veis a interna��es e at� mesmo mortes quando associados a outras doen�as. No Brasil, 428 pessoas morrem por dia por causa da depend�ncia � nicotina. S�o perdidos R$ 56,9 bilh�es a cada ano devido a despesas m�dicas e perda de produtividade, e 156.216 mortes anuais poderiam ser evitadas. O maior peso � dado pelo c�ncer, doen�a card�aca e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica (DPOC).
Das mortes anuais causadas pelo uso do tabaco, 34.999 correspondem a doen�as card�acas, 31.120 por DPOC, 26.651 por outros c�nceres, 23.762 por c�ncer de pulm�o, 17.972 por tabagismo passivo, 10.900 por pneumonia, 10.812 por AVC (acidente vascular cerebral), de acordo com o Inca.
A vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia, Mariana Peixoto, explica que os fumantes est�o mais propensos a desenvolver a artrite reumatoide (AR), uma doen�a autoimune inflamat�ria cr�nica que acomete mais de 2 milh�es de brasileiros, segundo dados do Minist�rio da Sa�de.
Col�geno
Pedro Bersan, cirurgi�o pl�stico, refor�a que as subst�ncias do cigarro inibem tamb�m a produ��o natural do col�geno, propiciando o surgimento dos primeiros sinais de envelhecimento, como a flacidez e as rugas.
J� a coordenadora de odontologia da Faculdade Pit�goras, C�lia Teixeira, aponta as manchas dos dentes como o malef�cio mais evidente do cigarro, que, al�m de deixar os dentes amarelados, causa mau h�lito e pode trazer doen�as na gengiva, bem como � um fator de risco para o c�ncer de boca.
enquanto isso...
...V�timas inocentes
Ao inalar a fuma�a do cigarro, o fumante passivo tamb�m est� suscet�vel � ocorr�ncia de in�meras patologias. Faringites, bronquites, enfisema pulmonar, diversos tipos de c�ncer, sobretudo problemas do pulm�o e doen�as cardiovasculares, como as coronariopatias e o infarto do mioc�rdio s�o alguns exemplos. A conviv�ncia com um fumante aumenta o risco de doen�as card�acas coronarianas em 25% a 30%. O tabagismo passivo � a terceira maior causa de morte evit�vel no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de �lcool, conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais. Efeitos imediatos s�o irrita��o nos olhos, manifesta��es nasais, tosse, cefaleia, aumento de problemas al�rgicos, principalmente das vias respirat�rias e dos riscos card�acos, principalmente eleva��o da press�o arterial e angina (dor no peito). Pode haver ainda comprometimento gradual da capacidade respirat�ria. � especialmente perigoso na gravidez, podendo prejudicar o crescimento do feto e at� implicar em complica��es que levem � morte.