
Um trabalho de pesquisa que a Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) encomendou � IB Consultoria e Gest�o Ambiental mostrou a presen�a de materiais como ferro, alum�nio e mangan�s na Bacia Hidrogr�fica do Rio Paraopeba. O estudo indicou a exist�ncia dos elementos antes mesmo do desastre provocado pela mineradora Vale na barragem da Mina C�rrego do Feij�o (B1), em janeiro de 2019, que matou 259 pessoas e deixou desaparecidas outras 11.
A bacia do Rio Paraopeba ocupa 2,5% do estado de Minas Gerais, distribu�da em 48 munic�pios. Segundo a Fiemg, os metais s�o encontrados em grandes quantidades, acima at� do m�ximo permitido pela legisla��o ambiental por toda a extens�o do rio.
O objetivo da pesquisa, utilizando dados oficiais, foi verificar quais s�o os agentes que est�o contribuindo para a presen�a desses metais ao longo da bacia. Segundo a Fiemg, a exist�ncia de ferro, mangan�s e alum�nio, apesar de presente no rejeito da barragem que se rompeu, j� estava presente nos sedimentos do Rio Paraopeba, apresentando �ndices superiores ao limite legal mesmo antes de janeiro de 2019, conforme monitoramento da qualidade das �guas a montante do rompimento e na s�rie hist�rica em toda calha do rio Paraopeba.
“A conclus�o � que � necess�rio aprofundar os estudos no sentido de identificar outros motivos de ocorr�ncia e buscar solu��o para a qualidade das �guas do Rio Paraopeba”, ressalta o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares. A pesquisa mostra que contaminantes t�xicos, como cadmio, cobre, cromo, n�quel e zinco, j� aparecem na s�rie hist�rica e em alguns casos j� a montante de Brumadinho.
De acordo com ele, outros materiais foram detectados nas �guas, por�m em condi��es bem inferiores. "O chumbo e merc�rio tamb�m aparecem, mas em viola��es aleat�rias e pouco frequentes, sendo que os maiores valores acontecem somente em per�odos de chuva, tanto na s�rie hist�rica quanto p�s-rompimento da barragem.”
Antes mesmo do estudo encomendado pela Fiemg, um trabalho feito pelo Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), com base na an�lise da qualidade das �guas e sedimentos desde 25 de janeiro de 2019, j� havia reiterado que n�o havia contamina��o de t�xicos nas �guas da barragem de Tr�s Marias, proveniente do rejeito do rompimento da barragem em Brumadinho.
Segundo o Igam, a presente de materiais contaminantes n�o teriam como fonte os rejeitos vindos do maior desastre ambiental do pa�s.
As amostras coletadas p�s-trag�dia apontaram um n�vel de merc�rio acima do permitido em fevereiro de 2019. Mas, segundo os dados, os valores se encontraram dentro dos limites legais a partir de mar�o.