
Segundo o delegado Diego Nolasco Rego, os suspeitos instalaram um f�rum arbitral em Juatuba, sendo que o suposto diretor do estabelecimento se apresentava como juiz de direito �s pessoas atendidas, atuando em procedimentos com envolvimento de menores de idade, sem a devida presen�a do Minist�rio P�blico do Estado de Minas Gerais.
Os suspeitos ainda usavam express�es e s�mbolos alusivos aos �rg�os p�blicos. “Eles diziam �s v�timas que o local onde estavam instalados seria um tribunal, �rg�o integrante do Poder Judici�rio. V�rias pessoas acabaram ludibriadas”, diz o delegado.
A pol�cia tomou conhecimento a partir de uma den�ncia feita pela Ordem dos Advogados do Brasil, se��o Minas Gerais (OAB-MG). A partir da�, foi instaurado inqu�rito policial. Foram solicitados mandados de busca e apreens�o, cumpridos nessa semana.
A delegada Ligia Mantovani, que participou das investiga��es, conta que, durante as buscas, foram apreendidos diversos materiais, como bandeiras, carteiras funcionais, adesivos, cart�es de visitas, camisas estampadas, documentos e at� dois carros plotados com bras�es semelhantes aos utilizados pelo poder p�blico. Foram encontradas, ainda, diversas tabelas de honor�rios fazendo refer�ncia � palavra do falso juiz de direito.

Os golpistas alugaram salas em pr�dios de Juatuba e Mateus Leme. Eram semelhantes. Logo na entrada, uma placa anunciava: “F�rum de Justi�a”, al�m de um bras�o semelhante ao de sistemas judici�rios de outros estados.
O cidad�o, no caso a vitima, entrada e encontrava uma sala de espera. Era atendido e levado para uma sala de audi�ncia. Os criminosos, segundo os delegados, copiaram uma sala de audi�ncia do sistema judici�rio. “L� havia mesas dispostas como nessas salas oficiais, bandeiras do Brasil, Minas Gerais e do f�rum’, diz a delegada.
Al�m disso, foram apreendidos dois ve�culos plotados com bras�es do falso f�rum. Durante o dia, segundo a delegada, esses carros, que dispunham de sistema de som, corriam as ruas das duas cidades convidando o cidad�o a procurar o f�rum para buscar seus direitos.

O golpe consistia na cobran�a dos servi�os prestados pelo tal f�rum. Os valores eram pagos por pessoas ou por empresas que teriam sido citadas e levadas para media��o.
“As quatro pessoas foram autuadas pelos crimes de usurpa��o de fun��o p�blica e associa��o criminosa”, afirma a delegada. Os quatro suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional, e as investiga��es prosseguem.