(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Mais seguran�a

Mudan�a do Aeroporto Carlos Prates para a Pampulha agrada � vizinhan�a

Para moradores e comerciantes locais, transfer�ncia vai garantir mais seguran�a e menos barulho das turbinas das aeronaves


02/09/2020 18:48 - atualizado 02/09/2020 19:57

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse em Brasília que o governo federal planeja fechar o Aeroporto Carlos Prates(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Ministro da Infraestrutura, Tarc�sio Gomes de Freitas, disse em Bras�lia que o governo federal planeja fechar o Aeroporto Carlos Prates (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

A prov�vel mudan�a das opera��es do Aeroporto Carlos Prates para a Pampulha significar� um al�vio a mais para a comunidade da Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. Durante d�cadas, moradores se habituaram ao barulho das turbinas das aeronaves e viram de perto v�rios acidentes que deixaram marcas na capital. Com a desativa��o do espa�o, eles esperam ter um pouco de paz e tranquilidade.

O comerciante Jos� de Souza, de 65 anos, mora na regi�o h� duas d�cadas e presenciou v�rias quedas de avi�es de pequeno porte. Assustado com as imagens de terror durante anos, participou de audi�ncias p�blicas que pediam a sa�da do aeroporto, onde funciona atualmente o Aeroclube do Estado de Minas Gerais, usado na forma��o de pilotos, constru��o de aeronaves e pr�tica desportiva.
 
“Creio que a nossa tranquilidade vai ser total. Uma garantia a mais de sossego. J� tivemos muitos acidentes aqui e nos assustamos muito. Se mudar, ser� muito bom para todos os vizinhos. Creio que 90% da comunidade j� queria que o aeroporto fosse desativado. O pessoal j� tinha que ter tomado provid�ncias”, afirma o comerciante.

Ele ainda se recorda do susto que teve na �ltima queda de aeronave, em outubro do ano passado. “As imagens foram assustadoras. Acho que foi um dos piores da hist�ria do aeroporto”.

Para moradores da Rua Minerva, no Cai�ara, o conforto ser� maior ainda. Foi exatamente nesse ponto, entre as ruas Nadir e Rosinha Sigaud, que a queda de uma aeronave em outubro do ano passado deixou quatro mortos e tr�s feridos, al�m de muitos estragos para os comerciantes.

Sócios de uma academia, Helder e Klecia viram de perto o acidente que matou quatro pessoas em outubro do ano passado(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
S�cios de uma academia, Helder e Klecia viram de perto o acidente que matou quatro pessoas em outubro do ano passado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Os empres�rios Helder Fonseca, de 27 anos, e Klecia Nayara, de 35, sentiram na pele o medo causado pela queda de aeronaves. Eles s�o s�cios de uma academia que foi parcialmente destru�da no acidente.

“A quest�o de seguran�a j� � discutida no bairro h� muito tempo. � um problema bem antigo. Sofremos consequ�ncias disso, at� porque o acidente ocorreu na nossa porta. A mudan�a do aeroporto para a Pampulha vai aliviar a gente em rela��o ao medo e ao neg�cio tamb�m. Confesso que, depois do primeiro acidente, todo mundo passou a questionar a gente pelos riscos de manter a academia neste local. Acho que vai melhorar para todo mundo”, comemora Helder, que participou recentemente de abaixo-assinado pedindo a mudan�a do aeroporto.

Do segundo andar da academia, � poss�vel ver v�rias aeronaves a todo instante sobrevoando casas e pr�dios no Cai�ara. Os avi�es demoram menos de 20s para levantar voo e se aproximar da regi�o.

“Muita gente mudou do bairro por causa desse risco. E tem muita gente que fala que os pilotos, quando a aeronave corre risco de cair, jogam a dire��o para a rua Minerva porque � a mais larga da regi�o. � um risco para todos”, diz Klecia.

Luta na Justi�a


“Estou achando �tima a mudan�a. H� muito barulho por aqui, tanto � que parece que os avi�es est�o caindo. Esse �ltimo acidente foi bem na esquina. Todos ficaram horrorizados com o barulho e com os estragos. Danificou minha loja e foi um preju�zo enorme. Parecia um terremoto. Foi muito triste. J� quer�amos que esse aeroporto fosse para outro lugar”, afirma Daniela Aguiar, de 42, que possui um com�rcio na regi�o h� 20 anos.
 
At� hoje, ela briga na Justi�a para receber indeniza��o dos estragos causados pela queda do avi�o. Estima que teve um preju�zo de mais de R$ 2 mil com a reforma da fachada de sua loja: “Entramos com a��o para ver se somos ressarcidos.Ainda hoje n�o recebemos nada”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)