
Os n�meros n�o abrangem os Microempres�rios Individuais (MEIs) sem trabalho e levantam a discuss�o em torno dos impactos negativos � economia local trazidos pelo rod�zio de Cadastro de Pessoa F�sica (CPF). O mecanismo foi criado pela prefeitura para regular o acesso ao com�rcio.
Pelo modelo, as pessoas t�m dias espec�ficos para comprar em algumas lojas e estabelecimentos, conforme o n�mero do seu documento de identifica��o. O objetivo � evitar aglomera��es e organizar a atividade comercial. Contudo, Freitas chama a aten��o para a queda das vendas e, consequente, o encerramento das atividades de v�rias organiza��es, principalmente as de pequeno porte, com maior dificuldade de acesso � capital de giro.
A secret�ria municipal de Desenvolvimento Econ�mico, Ivone Barros, refor�ou a preocupa��o com a situa��o hoje vivida pelos comerciantes, agravada pelas circunst�ncias adversas decorrentes da pandemia e reafirmou n�o haver estat�sticas locais capazes de confirmar a real efetividade do rod�zio de CPF. “N�o podemos relacionar a crise, exclusivamente, ao rod�zio, mas agora o setor econ�mico est� gritando, as empresas est�o fechando e os empres�rios passam por dificuldades severas. As dificuldades est�o a� para serem consideradas”, destaca.
Ela acrescenta que a prefeitura j� fez a medi��o da �rea da maioria dos estabelecimentos da cidade. Os comerciantes s� podem atender determinado n�mero de clientes por vez, de acordo com o tamanho das lojas. A inten��o dos representantes da classe empresarial � que o rod�zio do CPF seja, ao menos, flexibilizado, para libera��o de compras segundo o �ltimo n�mero do documento. Assim, n�meros pares e �mpares poderiam ir �s compras um dia sim e outro n�o, aumentando o n�mero de vezes por semana.
Situa��o Insustent�vel
O empres�rio Eust�quio Santana concorda. Ele tinha quatro �ticas no Centro da cidade, mas teve de fechar uma unidade e demitir 16 funcion�rios. “A situa��o ficou insustent�vel. Sem receita, muita despesa e medo de pegar dinheiro nessa situa��o”, justifica. Al�m da quest�o do rod�zio do CPF, ele cita o longo per�odo em que o com�rcio ficou totalmente fechado e a barreira sanit�ria, que impede clientes de outras cidades irem � Vi�osa para fazerem suas compras como os principais determinantes do cen�rio atual. “Hoje, precisamos equilibrar esses fatores”, avalia.
Dentre as cidades de maior porte da Zona da Mata, Vi�osa � uma das que apresenta melhor controle do novo Coronav�rus. Desde 15 de mar�o, quando houve as primeiras notifica��es da doen�a, foram 300 casos confirmados e duas mortes. Por�m, a taxa de contamina��o ainda mant�m-se em 1,2. Para atingir a zona mais permissiva do programa pr�prio de libera��o da atividade econ�mica, o �ndice deveria ser 1,0.
“Entendemos que estamos tratando de vidas e vidas n�o s�o n�meros. A decis�o tem de ser colegiada e, por isso, estamos participando do comit� especial. Ser� pior flexibilizarmos e, em seguida, termos de retroceder ao lockdown”, analisa Barros.
O comit� solicitou aos representantes da iniciativa privada mais dados sobre a situa��o das pequenas e m�dias empresas, que ser�o apresentados na pr�xima reuni�o, para que uma nova delibera��o sobre o assunto seja tomada. A pol�mica sobre o rod�zio do CPF foi encaminhada ao Grupo T�cnico Municipal de Enfrentamento � Covid-19, para an�lise mais aprofundada.