
Devido ao avan�o de casos e no intuito de prestar atendimento mais humanizado �s v�timas, o comando do 47º Batalh�o da PM (BPM) firmou parceria com v�rias correntes religiosas, para um acompanhamento de longo prazo junto �s fam�lias.
Com o passar dos meses, durante a quarentena, segundo o comandante da 76ª Cia da PM, tenente Reinaldo Felippe Laviola, os policiais come�aram a perceber o aumento significativo dos casos de viol�ncia dom�stica, na regi�o.
“Assim surgiu o projeto, juntamente com a vis�o do novo comandante do 47º Batalh�o, coronel M�rcio Roberto de Sousa, para quem a espiritualidade � uma das dimens�es do ser humano, que n�o pode ser negligenciada e n�o est� ligada, diretamente, � quest�o religiosa”, afirma.
O pastor Iankee Berget, da Igreja Metodista Wesleyana, explica a filosofia do projeto, inovador na PM: “Os l�deres espirituais e a estrutura das igrejas v�m, n�o com o intuito de formar novos fi�is, n�o queremos pregar a nossa f�. Independentemente de qual religi�o preste apoio �quela fam�lia, por j� trabalharmos com situa��es adversas semelhantes, temos condi��o de ajudar, direcionando aquelas pessoas com um bom testemunho”.
A Igreja Metodista, por exemplo, tem entre seus fi�is terapeutas familiares, psic�logos e psicanalistas que j� se dispuseram a integrar o time que far� esse acompanhamento, quando alguma fam�lia for direcionada.
“� uma parceria muito s�ria e s�bia. Foram desenvolvidos relat�rios, para mantermos di�logo aberto e darmos retorno � PM sobre em que ponto est� o trabalho e em que situa��o se encontram as pessoas encaminhadas, at� mesmo, para que sejam providenciados outros direcionamentos”, completa o pastor.

Para isso, foi montado um esquema especial de atendimento a essas ocorr�ncias. No primeiro momento, a viatura de plant�o atende ao chamado, mas h� uma segunda visita, feita, especificamente, pela Patrulha de Preven��o � Viol�ncia Dom�stica (PPVD), na qual est� sempre empenhada uma mulher.
“Essa policial � designada para se aproximar da v�tima, passado o calor do problema, para verificar como est� aquela fam�lia, os filhos, se houve reincid�ncia, quais as outras quest�es envolvidas como desemprego, alcoolismo, depend�ncia qu�mica. � ela que vai oferecer esse acompanhamento, e ele s� ocorre se houver manifesta��o de vontade por parte dos envolvidos”, finaliza Laviola.