
Em reuni�o com a comiss�o parit�ria dos expositores, foi apresentada uma proposta que define o funcionamento de 50% da feira com altern�ncia dos feirantes a cada domingo “quando os �ndices sanit�rios permitirem”, aponta nota divulgada pela PBH.
Tamb�m de acordo com a prefeitura, a proposta, feita com base nos par�metros de distanciamento social colocados pela Vigil�ncia Sanit�ria, deve ser avaliada a partir de um senso entre a comiss�o e a prefeitura, para apurar quais feirantes querem retornar os trabalhos durante a pandemia.
H� 22 anos, a fam�lia de Maria de Lourdes Jeronimo, de 62, tem uma barraca onde comercializa pel�cias. A filha dela, Carolina Stephanie Jer�nimo, de 25, conta que at� o momento a m�e n�o recebeu nenhum comunicado formal da prefeitura anunciando o plano de retomada. Como n�o depende exclusivamente da renda obtida na feira, a fam�lia afirma que deve pesar os pr�s e contras antes de pensar em voltar a expor os produtos no local, j� que a matriarca pertence ao grupo de risco da COVID-19.
“N�o pretendemos voltar porque achamos que n�o � o momento. As pessoas n�o v�o respeitar, elas v�o estar comendo, v�o estar sem m�scara e o espa�amento entre as barracas � muito pequeno e fica muito cheio, muita aglomera��o. Sempre tem muita gente na feira, mesmo se colocar barraca sim, barraca n�o, acredito que ainda vai ficar muito tumultuado”, analisa Carolina.
Antes da pandemia, a estimativa era de que 80 mil pessoas visitassem semanalmente o local. Com cerca de 1.800 expositores e tendo como base a comercializa��o de artesanato e manufaturas, a feira ao ar livre da Avenida Afonso Pena, na Regi�o Central, local que a sedia desde 1991, empregava 30 mil pessoas, direta ou indiretamente, segundo informa��es dos organizadores.
Os impactos da suspens�o das atividades por causa das medidas restritivas em rela��o ao coronav�rus t�m sido duros na fam�lia de Ione Moura, 53, que h� 40 anos vende artesanatos na feira. Sem poder expor os produtos desde 15 de mar�o, as vendas paralisaram e a fam�lia t�m vivido com a renda do aux�lio emergencial do governo federal e com a ajuda de uma cesta b�sica que recebe mensalmente da prefeitura. Por esse motivo, a not�cia da poss�vel volta das atividades foi recebida por ela com entusiasmo.
“N�s estamos precisando que volte r�pido, nossa �nica fonte de renda � a feira. Fa�a chuva ou fa�a sol a gente estava l�. Estou recebendo o aux�lio, mas n�o est� dando para pagar as contas. Eu preciso voltar urgente, eles est�o querendo aumentar o tamanho, ser� um espa�o bem grande e eu sempre me protegi mesmo antes da pandemia. Me sinto segura para voltar. Vou continuar me protegendo e tamb�m usando m�scara”, disse Ione.
A prefeitura agora aguarda a an�lise e o parecer dos expositores com rela��o ao atual plano de retomada. “Caso haja queda expressiva no interesse, algum outro protocolo poder� ser proposto onde seja poss�vel o funcionamento sem a altern�ncia", concluiu a nota.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira