Juiz determina relaxamento de pris�es de donos de postos acusados de cartel

Ap�s pagarem fian�a de R$ 30 mil cada, dez donos de postos de combust�veis que haviam sido presos acusados de forma��o de cartel em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, al�m de um gerente de rede, est�o deixando a penitenci�ria de Sacramento. Como o processo � sigiloso os nomes dos suspeitos n�o foram divulgados. O Minist�rio P�blico divulgou que � contr�rio ao relaxamento da pris�o.

Os onze suspeitos ter�o que utilizar tornozeleiras eletr�nicas, est�o proibidos de sairem de suas casas de segunda a sexta, entre 22h e 6h, al�m de terem de permanecerem em suas resid�ncias aos s�bados e domingos. Eles tamb�m n�o podem se aproximar das empresas investigadas, nem deixar a cidade sem autoriza��o. 

 

Segundo informa��es, as condi��es do relaxamento das pris�es foram fixadas pelo juiz Fabiano Veronez, acatando o pedido do juiz Fabiano Garcia Veronez, titular da 2ª Vara Criminal, sendo que o pagamento da fian�a foi fixado na �ltima sexta-feira (11). Os ju�zes determinaram que no momento n�o h� indica��o de risco concreto �s ordens p�blica e econ�mica, ou mesmo a pr�tica de novas infra��es penais.

 

Os onze suspeitos foram presos na Opera��o CONEXU$, do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manh� do dia 3 de setembro (quinta-feira), ap�s ind�cios que seriam uma organiza��o criminosa voltada � pr�tica de cartel no ramo de postos de combust�veis, em Uberaba. 

Al�m das pris�es (nove mandados cumpridos em Uberaba e dois em Uberl�ndia), foram cumpridos 22 mandados de busca e apreens�o, sendo 15 em Uberaba, quatro em Uberl�ndia, um em Formiga, um em Franca e um em Ribeir�o Preto, interior de S�o Paulo.

Durante as opera��es foram apreendidos celulares, euros e d�lares (quantia n�o divulgada pelos militares), al�m de cerca de R$ 120 mil e documentos. Tamb�m foi efetuada uma pris�o em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Segundo o Gaeco, as investiga��es tiveram in�cio em dezembro de 2018, em parceria com a 1ª Promotoria de Defesa do Consumidor.

 

Os levantamentos se intensificaram a partir de novembro de 2019. As apura��es tamb�m comprovaram outras a��es criminosas, como adultera��o de combust�vel, falsidade ideol�gica e lavagem de dinheiro por ‘laranjas’, que blindavam os verdadeiros propriet�rios dos lucros il�citos obtidos com o cartel. Tamb�m foram identificados ind�cios de sonega��o fiscal.

 

Em Uberaba, num primeiro momento da investiga��o, de cerca de 60 postos existentes na cidade, se descobriu que 35 est�o relacionados com o cartel, ou seja, 60% dos postos estariam envolvidos na irregularidade.