
O policial, al�m de reanimar a crian�a, que n�o respirava, a levou at� o Pronto-Socorro da cidade, onde ela foi medicada.
Era manh� de domingo, e o militar conta que estava colocando a roupa para secar no varal do quintal de sua casa quando o telefone tocou. “Era o Luciano. Primeiro me perguntou se eu estava de servi�o. Respondi que n�o. Ele pediu desculpas e disse que eu era a �nica pessoa que conhecia perto da casa dele e pediu para que eu fosse l� socorrer o menino.”
A casa de Luciano fica a um quarteir�o de dist�ncia da do policial, que saiu imediatamente. “Quando cheguei � casa dele, a crian�a estava nos bra�os da av�. O menino estava roxo. Iniciei, ent�o, os procedimentos de primeiros socorros, para tentar reanim�-lo”, diz Augusto.
A manobra deu certo. O pr�ximo passo era levar a crian�a para o Posto de Pronto Atendimento da cidade. “Minha mulher trabalha l�. Estava de plant�o. O posto fica a um quil�metro e meio de onde eu estava", conta Augusto, que seguia a p�, com o beb� no colo, quando fez sinal para que um ve�culo que passava parasse.
O motorista atendeu, mas, logo depois que os dois entraram no carro, a crian�a voltou a parar de respirar. Novamente, o policial fez o procedimento de soprar na boca de Lorenzo, conseguindo reanim�-lo mais uma vez: “A cor original, rosa, foi voltando. Senti um al�vio”.
Na chegada ao posto de sa�de, o m�dico de plant�o j� estava esperando, alertado pela companheira de Augusto. “Ele come�ou a fazer perguntas, se a crian�a tinha engasgado, se estava comendo alguma coisa. Eu n�o sabia nem mesmo o nome do menino.”
Diagn�stico
O m�dico assumiu o controle da situa��o. Diagnosticou ser um caso de cianose – caracterizada pela colora��o azulada da pele, unhas ou boca, sendo normalmente um sintoma de doen�as que podem interferir na oxigena��o e circula��o do sangue, como a insufici�ncia card�aca congestiva (ICC) ou a doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica (DPOC).
Como a altera��o da oxigena��o do sangue pode ser considerada grave, � importante que a causa seja identificada e o tratamento adequado seja iniciado, pois assim � poss�vel evitar complica��es.
T�o logo a crian�a estava salva, Augusto ligou para Luciano, para acalm�-lo: “Eu fiquei preocupado, pois ele estava em Extrema, a apenas 20 quil�metros de Toledo, s� que a estrada � perigosa, cheia de curvas. Falei com ele que a crian�a estava bem, e que viesse devagar. Quinze minutos depois, o Luciano chegou. Ele me abra�ou, chorando muito, agradecendo”.
Ao chegar ao batalh�o, na manh� desta segunda-feira (14), a not�cia j� havia se espalhado, e Augusto foi festejado pelos colegas. “Eu n�o tenho filho, mas o que um colega me disse me emocionou. Ele disse que se sentia como se eu tivesse salvado o filho dele. Estou muito feliz por ter salvado a vida de uma crian�a, filho de um amigo”, diz, emocionado, Augusto.