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Estado de Minas RIBEIR�O DAS NEVES

Ap�s mais um �nibus incendiado, motorista e moradores relatam rotina de medo e transtornos

Rede el�trica foi comprometida pelo inc�ndio, um carro e uma casa foram danificados; motoristas da linha temem novos ataques


17/09/2020 11:35 - atualizado 17/09/2020 15:25

Egladson Angelo de Souza, 39. Motorista da linha 607, Bairro Pedra Branca, em Ribeirão das Neves(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Egladson Angelo de Souza, 39. Motorista da linha 607, Bairro Pedra Branca, em Ribeir�o das Neves (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
“� o perigo que a gente corre”, foi assim que o motorista Egladson Angelo de Souza, de 39 anos, definiu a rotina de inseguran�a de quem, assim como ele, trabalha no transporte coletivo da capital. H� tr�s anos na linha 607 (Esta��o Vilarinho/Esplendor), itiner�rio que sofreu na noite dessa quarta-feira (16) um ataque por quatro criminosos encapuzados e armados com submetralhadoras que incendiaram um ve�culo da linha, ele conta que esse tipo de crime j� se tornou parte do seu cotidiano. 


O motorista relata que s� ficou sabendo do fato que ocorreu a aproximadamente a 400 metros do ponto final do �nibus, em Ribeir�o das Neves, Regi�o Metropolitana da Capital, quando chegou � garagem da empresa na manh� desta quinta-feira (17). L� ele foi avisado de que a linha s� voltaria a circular �s 6h por ordem do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), que orientou as concession�rias a interromperem o fluxo de ve�culos at� que o dia clareasse, sob alega��o de falta de seguran�a para operar.

No local do crime foi deixado um bilhete com queixas a respeito de uma pris�o considerada irregular pelo grupo que realizou o ataque.

A sensa��o de vulnerabilidade frente aos recorrentes inc�ndios de �nibus ocorridos nos �ltimos dias tem amedrontado os motoristas e passageiros. “Se a gente for conversar com os criminosos quando eles chegam com o gal�o (combust�vel) eles querem entrar de qualquer jeito e n�o tem como a gente barrar. A gente n�o tem como barrar uma pessoa que pula a roleta, imagina quem chega com um gal�o. N�s n�o conhecemos a pessoa tem que tentar ser o mais brando poss�vel e tentar fazer o nosso trabalho”, conta.

Na manh� dessa ter�a-feira (15), a PM lan�ou uma opera��o para enfrentar esses supostos protestos de detentos. Intitulada de F�nix, a a��o contou com mais de 100 militares de diversos batalh�es do vetor Norte, 40 viaturas e apoio a�reo do helic�ptero Pegasus. Hoje, a PM tamb�m esteve no local do fato, mas mesmo assim Egladson teme por outros ataques.
  
“Quando eu cheguei aqui s� tinha um carro da pol�cia eles fizeram a escolta de alguns carros. Mas eles acompanham o carro por um quarteir�o e chega no pr�ximo ponto eles voltam e n�o adianta”, lamenta o motorista.

Destrui��o


(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Na Rua 41, altura do n�mero 679, Bairro Pedra Branca, onde ocorreu o crime, vizinhos tamb�m foram afetados pelo ato e acumularam preju�zos. Uma moradora que n�o quis ser identificada, contou � reportagem do Estado de Minas que uma casa foi comprometida pelas chamas e um carro que estava pr�ximo ao �nibus incendiado tamb�m foi danificado. 

“O fogo pegou e se alastrou muito r�pido. Na casa da vizinha o forro de isopor por dentro queimou todo, o carro dela tamb�m a pintura est� toda queimada, eles tiveram que ir para a casa de parentes”.

Cabos da rede el�trica ficaram espalhados pela rua e a energia precisou ser interrompida. Enquanto a reportagem esteve no local, foi observado que os pr�prios moradores realizavam a limpeza da via que estava completamente coberta pelas cinzas do ve�culo.
 
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira 


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