Lavras: manifestantes protestam contra a terceiriza��o da UPA

Em Lavras, no Sul de Minas, manifestantes, membros do Conselho Municipal de Sa�de, foram para a porta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na tarde desta sexta-feira (18). Eles s�o contra a inten��o do prefeito Jos� Cherem de passar a uma organiza��o social o controle e gest�o da unidade. O sindicato dos funcion�rios municipais de Lavras tamb�m participou da manifesta��o. 

 

A licita��o foi conclu�da e a empresa vencedora � o Instituto Nacional de Assist�ncia Integral (INAI), com sede em S�o Bernardo do Campo (SP). A empresa j� teve o nome envolvido em den�ncias do Minist�rio P�blico por irregularidades na gest�o de hospitais em outros estados.

 

Coordenadora da Comiss�o de Fiscaliza��o das Den�ncias de Lavras e membro do Conselho Municipal de Sa�de, Neusa Cristina Saraiva, diz que n�o houve di�logo para esse tr�mite e que muitos est�o inseguros com a transi��o. “O conselho sequer foi comunicado. O nosso medo � cair nas m�os de uma organiza��o que n�o � s�ria. At� onde sabemos, ela est� sendo investigada por administrar hospitais de outros munic�pios que n�o deram certo. N�o paga funcion�rio, n�o paga m�dico e o SUS ficar� muito mais deficiente. Por que o prefeito se fecha a esse di�logo conosco?”, questionou a coordenadora.

 

O prefeito Jos� Cherem diz que n�o haver� terceiriza��o. “Todo o processo da UPA, como pagamentos, continuar� a crit�rio da prefeitura. � uma empresa comissionada que far� a parte administrativa. Vou dar um exemplo: vamos solicitar que tenha pediatra 24 horas dentro da administra��o municipal, ent�o a gente faz um processo seletivo p�bico e seleciona. Se esse m�dico se demite via o processo seletivo, a� eu tenho que fazer o mesmo processo novamente. A empresa faz a mesma coisa com muito mais celeridade. O meu teria que passar pela promotoria, pelo departamento jur�dico, por todos os tr�mites burocr�ticos, e eles n�o”.

 

Jos� Cherem refor�a a agilidade nos processos administrativos. “Se eu precisar consertar uma cortina que caiu, quebrou um parafuso, eu tenho que fazer tr�s or�amentos e licitar uma empresa para consertar. Em uma din�mica de muita complexidade, com v�rios pontos necess�rios para funcionar, tudo isso ser� paga pela administra��o. Os servidores efetivos continuam e teremos mais agilidade para a contrata��o dos demais profissionais. Essa � uma organiza��o social que acelerar� os projetos administrativos. O objetivo � ganhar agilidade. Eu acredito muito no modelo e pode beneficiar a popula��o”, defende o prefeito, que disse ainda  achar leg�tima a discuss�o do conselho, mas que alega ter seguido estritamente a legalidade.