
Vai a j�ri popular a mulher acusada de roubar o beb� de uma gr�vida e, na sequ�ncia, mat�-la em Minas. O crime, que tem como principal suspeita Angelina Ferreira Rodrigues, ocorreu em 15 de outubro de 2018, �s margens da BR-040, em Jo�o Pinheiro (Regi�o Noroeste). O crime b�rbaro chocou a cidade � �poca.
Ainda na decis�o tomada nesta segunda-feira (21), o desembargador Marc�lio Eust�quio Santos negou dois recursos movidos pela defesa de Angelina.
O primeiro recurso se baseava na acusa��o. Para a defesa, o crime foi realizado por outra mulher, de nome Gilda, nunca encontrada pela pol�cia.
Os advogados de defesa ainda alegaram que Angelina est� diagnosticada com transtorno de personalidade borderline. Apesar dos laudos apresentados, o desembargador entendeu que a doen�a n�o impede a mulher de viver em sociedade, caso o tratamento seja seguido da maneira ideal.
Em agosto de 2019, a Justi�a condenou a dona de casa acusada pelo crime de homic�dio qualificado (motivo f�til, impossibilidade de defesa da v�tima, meio cruel e feminic�dio).
Por�m, a defesa recorreu. Segundo a Justi�a, "baseado nas diferentes vers�es do depoimento e no contexto em que ocorreram os crimes", o desembargador Marc�lio Eust�quio Santos decidiu levar o caso a j�ri popular.
Relembre o caso

Em depoimento, cujo teor foi divulgado pela Pol�cia Civil, Angelina deu detalhes do crime macabro. Ela confessou ter planejado toda a trama para retirar a crian�a de Mara Cristina Ribeiro da Silva, ent�o com 21 anos.
De acordo com relato da mulher, primeiro ela atraiu a v�tima para um matagal �s margens da BR-040. L�, atirou �lcool contra o rosto da jovem e a estrangulou com um fio de metal.
Ainda segundo a autora confessa, logo depois de enforcar Mara, ela pendurou o corpo em uma �rvore e fez o parto clandestino utilizando uma faca de cozinha.
Conforme o depoimento de Angelina � pol�cia, a v�tima ainda estava viva quando a crian�a foi retirada.
A mulher disse ainda que, depois de assassinar Mara, ela chamou o marido e, junto com o rec�m-nascido, foi at� o Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro.
Dessa maneira, ela chegou � unidade de sa�de na noite de uma segunda-feira. A PM foi acionada por funcion�rios que relatavam a entrada de uma paciente bastante agitada, com uma rec�m-nascida no colo, afirmando que acabara de dar � luz.
Entretanto, de acordo com os funcion�rios da unidade de sa�de, ela caminhava normalmente. Tamb�m se recusou a ser atendida por um m�dico obstetra, situa��o incomum em casos de parto.
Ao chegar ao hospital, policiais militares encontraram familiares em busca da v�tima. Eles afirmaram que Mara estava gr�vida de oito meses e que a mulher que havia ido � institui��o morava com ela h� poucos dias.
Al�m disso, uma testemunha, que seria vizinha das duas mulheres, disse que por volta das 13h30 daquele dia, viu Angelina saindo com Mara e sua outra filha de 1 ano. Com os ind�cios, Angelina confessou o crime.
Angelina e seu marido tiveram a pris�o decretada. Ele, contudo, foi liberado posteriormente por falta de provas de seu envolvimento no crime.
A rec�m-nascida foi atendida no Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro e transferida para o Hospital S�o Lucas, em Patos de Minas, no Alto Parana�ba, onde se recuperou de um corte na cabe�a sofrido durante as agress�es � m�e.
Em setembro daquele ano, um m�s antes do crime, Angelina postou foto dela segurando sapatinhos de beb� junto � barriga de gr�vida. Ela desejava boas-vindas a um filho, mesmo sem estar gr�vida.
"Seija (sic) bem-vinda Emanuelley Vit�ria", escreveu no Facebook a acusada de matar a jovem de 21.