O casal Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos, e Roberto Gomes de Souza, de 57, apontados como autores de um crime cruel em Jo�o Pinheiro, na Regi�o Noroeste de Minas Gerais, contaram detalhes do assassinato de Mara Cristina Ribeiro da Silva, de 21, que estava gr�vida e teve o filho arrancado. Angelina afirmou, em depoimento, que atraiu a v�tima at� a BR-040, onde a estrangulou com o fio de metal. Depois, retirou o beb� da barriga dela enquanto a v�tima ainda estava viva, segundo informou a Pol�cia Civil. Ela e o companheiro v�o responder por homic�dio qualificado e por dar parto alheio como pr�prio. Se condenados, podem pegar at� 30 anos de pris�o.
Mara estava desaparecida desde segunda-feira. O corpo dela foi no dia seguinte por pessoas que passavam em um matagal pr�ximo ao km 143 da BR-040, perto de um antigo posto da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF). As buscas foram intensificadas depois que Angelina tinha ido a um hospital com uma rec�m-nascida junto com o marido. Desconfiados, os funcion�rios da unidade de sa�de acionaram a pol�cia e a mulher acabou confessando o crime.
Em depoimento, cujo teor foi divulgado nesta quarta-feira pela Pol�cia Civil, Angelina deu detalhes do crime macabro. Ela confessou que planejou toda a trama para poder retirar a crian�a de Mara. Primeiro, informou que atraiu a v�tima para um matagal �s margens da BR-040. L�, atirou �lcool contra o rosto da gr�vida. Em seguida, contou que a estrangulou com um fio de metal.
Logo depois de enforcar a v�tima, Angelina disse que pendurou o corpo em uma �rvore e realizou o parto clandestino utilizando uma faca de cozinha. Segundo o depoimento � pol�cia, a v�tima ainda estava viva quando retirou a crian�a. O objeto utilizado no crime ainda est�o sendo procurado.
A mulher disse, ainda, que depois de assassinar Mara, ela chamou o marido e, junto com o rec�m-nascido, foi at� o Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro. Ela chegou na unidade de sa�de, na noite de segunda-feira. A PM foi acionada por funcion�rios que relatavam a entrada de uma paciente bastante agitada, com uma rec�m-nascida no colo, afirmando que acabara de dar � luz. Entretanto, segundo os funcion�rios, ela caminhava normalmente e se recusou a ser atendida por um m�dico obstetra, situa��o incomum em casos de parto.
Ao chegar ao hospital, policiais militares encontraram familiares da v�tima, que afirmaram que Mara estava gr�vida de oito meses e que a mulher que havia ido ao hospital morava com ela desde s�bado. Al�m disso, uma testemunha, que seria vizinha das duas mulheres, disse que por volta das 13h30 daquele dia viu Angelina saindo com Mara e sua outra filha de 1 ano. Com os ind�cios, Angelina acabou confessando o crime.
Angelina e Roberto tiveram a pris�o decretada. A rec�m-nascida foi atendida no Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro e transferida para o Hospital S�o Lucas, em Patos de Minas, no Alto Parana�ba. onde se recupera de um corte na cabe�a sofrido durante as agress�es da m�e.
De acordo com a Pol�cia Civil, o casal vai responder por homic�dio qualificado e pelo crime de dar parto alheio como pr�prio. Os dois j� foram encaminhados para unidades do Sistema Prisional de Minas Gerais.