O debate, que ser� feito em mais oportunidades, reuniu uma equipe multidisciplinar com secret�rios estaduais e �rg�os colaboradores, al�m da participa��o do governador Romeu Zema (Novo), que fez a abertura dos trabalhos. O ponto principal das conversas foi alinhar estrat�gias que ser�o desempenhadas por cada bra�o gerido pelo estado, como Defesa Civil de Minas Gerais, Pol�cia Militar, Corpo de Bombeiros, entre outros. �rg�os que fazem parte do Grupo Estrat�gico de Resposta (GER), institu�do por Zema em outubro de 2019.
Empresas de propriedade do estado, como a Cemig e a Copasa, al�m de secretarias, como de Infraestrutura e Mobilidade, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel, de Desenvolvimento Social, entre outras, tamb�m fazem parte da for�a-tarefa. Ao Estado de Minas, o coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Fl�vio Godinho, deu um exemplo de como o GER poder� ajudar em caso de chuvas fortes.
“As chuvas t�m uma intercorr�ncia muito grande no interior do estado e algumas estradas rurais ficam intransit�veis ou parcialmente transit�veis com um deslizamento de alguma encosta. Temos que lembrar que tem produtores rurais que fazem o escoamento da produ��o de leite ou de alguma agricultura e eles n�o conseguem passar porque essa via est� interrompida. Ent�o � importante uma a��o da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade para que libere essa via o mais r�pido poss�vel, at� para a Defesa Civil ir para aquela comunidade entregar ajuda humanit�ria, como colch�es, cobertores, material de limpeza, cesta b�sica”, disse Godinho.
O coordenador adjunto da Defesa Civil tamb�m disse que equipes est�o sendo enviadas para o interior de Minas, sobretudo em regi�es que mais foram castigadas com os efeitos das chuvas do in�cio de 2020, como Zona da Mata, Leste de Minas e Vale do Rio Doce. Os profissionais, como engenheiros, ter�o a miss�o de fazer o mapeamento de risco dos locais.
“� importante o munic�pio, que � respons�vel por aquele local, fazer o mapeamento (dos locais de risco), saber que: “Aquela encosta ali pode ter encharcamento de solo”. Nossas equipes est�o dando essa assist�ncia t�cnica e verificando, tamb�m, o andamento das obras que os munic�pios, que receberam recurso do governo federal no in�cio do ano, para fazer repara��o e reconstru��o”, explicou.
Apesar da atua��o da Defesa Civil e demais �rg�os estaduais, Godinho destacou que o plano de preven��o durante o per�odo chuvoso tamb�m envolve a popula��o e os munic�pios, orientando, inclusive, as prefeituras sobre a maneira correta de captar recursos provenientes do governo federal.
“Algumas a��es de preven��o s�o importantes e os munic�pios t�m que fazer isso: limpeza de bueiros e de canais onde essa chuva poder� passar; monitoramento do aumento do rio, isso � importante tamb�m porque a gente consegue avisar a popula��o se l� no in�cio desse rio est� tendo aumento em fun��o da chuva que cai no vale e aumenta esse n�vel, ele vai ter uma caracter�stica muito forte dentro da cidade. Ano passado, n�s tivemos uma libera��o de recurso pelo governo federal na ordem de quase R$ 1 bilh�o para respostas e reconstru��o, mas alguns munic�pios n�o conseguiram recursos em fun��o de um plano de trabalho que n�o foi apresentado a tempo de forma mais robusta. Ent�o � treinar alguns munic�pios para a capta��o de recurso tamb�m para fazer essas obras”, enfatizou.
Escolas poder�o ser usadas como abrigos
Ainda n�o � poss�vel ter uma no��o se o per�odo chuvoso ter� a mesma intensidade da temporada 2019/2020, mas, de acordo com Godinho, o plano envolve todos os tipos de cen�rios, inclusive o pior. Por isso, compras de colch�es, de material de higiene e limpeza e cestas b�sicas j� est�o sendo providenciadas para atender poss�veis desabrigados ou desalojados. Assim como nos anos anteriores, escolas que estiverem fora da zona de risco poder�o ser utilizadas como abrigos.
“Vamos fazer uma interlocu��o com as secretarias municipais de sa�de porque nesse per�odo de dezembro para janeiro � marcado por n�o ter aula. N�o sabemos ainda como ficar� a quest�o do ano letivo com a COVID-19, mas as escolas que est�o fora das �reas de inunda��o s�o os abrigos.”
Al�m disso, um semin�rio est� previsto para acontecer entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro. A finalidade, nesta segunda conversa a respeito da preven��o no per�odo chuvoso, � abranger prefeituras, para que servidores sejam treinados a atuar. Em outra frente, ainda na quest�o social, Fl�vio Godinho disse que o governo do estado ir� dialogar com as prefeituras e o governo federal sobre o aluguel social, que costuma ser pago a pessoas que deixam suas casas por orienta��o da Defesa Civil. “Vamos conversar com as prefeituras e com o governo federal sobre a quest�o do aluguel social, porque quando as pessoas s�o retiradas de casa, igual aconteceu esse ano, os munic�pios fizeram pagamento para aquelas pessoas impactadas de um aluguel social em fun��o de elas terem sido retiradas de casa”, destacou.
Fl�vio Godinho tamb�m fez um apelo para que a popula��o n�o construa im�veis em �reas de risco e que evite poluir rios e bocas de lobo, bem como as canaletas por onde a �gua possa escoar. O coordenador adjunto da Defesa Civil tamb�m recomendou que as pessoas cadastrem os telefones celulares para que recebam os avisos de chuvas.
“� importante, tamb�m, que a popula��o cadastre o telefone, por meio de mensagem SMS, no 40199, colocando o CEP no campo de texto, porque a gente vai potencializar ainda mais os alertas para que as pessoas possam ser avisadas da chuva”, concluiu.