A Feira de Arte, Artesanato e Produtores de Variedades da Avenida Afonso Pena, conhecida como Feira Hippie, vai voltar a funcionar no pr�ximo domingo (27), de acordo com an�ncio feito na �ltima sexta-feira (18), pelo secret�rio de Sa�de de Belo Horizonte, Jackson Machado. As atividades estavam suspensas desde mar�o por causa da pandemia do novo coronav�rus.
As feiras de Bebidas e Comidas T�picas e das Flores, ambas na Avenida Caranda�, tamb�m poder�o retomar o funcionamento.
As feiras de Bebidas e Comidas T�picas e das Flores, ambas na Avenida Caranda�, tamb�m poder�o retomar o funcionamento.
Em decreto publicado no Di�rio Oficial do Munic�pio nesta quinta-feira (24), a prefeitura estabelece as regras que comerciantes e frequentadores devem seguir para evitar a transmiss�o do novo coronav�rus.
Mais espa�o
Com as novas normas, a feira ocupar� um espa�o maior, indo desde a Pra�a Sete, no quarteir�o entre as ruas Carij�s e Rio de Janeiro, at� a Rua dos Guajajaras. J� o setor de Apoio e Alimenta��o funcionar� na Rua Esp�rito Santo, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua dos Carij�s, e um outro trecho na Avenida �lvares Cabral, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Goi�s.
Os principais cuidados a serem observados incluem o uso obrigat�rio de m�scara por todos os frequentadores, inclusive os feirantes; higienizar as m�o dos visitantes todas as vezes que requisitarem uma mercadoria e a proibi��o dos provadores.
Al�m disso, os comerciantes ficam respons�veis por direcionar as filas e demarcar os espa�os para evitar aglomera��es, observando o distanciamento de dois metros entre as pessoas.
Shows de m�sica ao vivo, dan�a e apresenta��es teatrais tamb�m n�o s�o permitidos, pois podem gerar concentra��o de pessoas.
Al�m disso, os comerciantes ficam respons�veis por direcionar as filas e demarcar os espa�os para evitar aglomera��es, observando o distanciamento de dois metros entre as pessoas.
Shows de m�sica ao vivo, dan�a e apresenta��es teatrais tamb�m n�o s�o permitidos, pois podem gerar concentra��o de pessoas.
J� no setor de alimenta��o, os cuidados na manipula��o dos alimentos devem ser refor�ados. As pessoas n�o podem consumir comidas e bebidas no entorno das barracas, apenas sentados em mesas e cadeiras que devem ser limpas e higienizadas, ap�s a troca de clientes.
Expositores comemoram
Para muitos expositores, o sentimento que resume a volta da feira � de al�vio. “� tanta felicidade ver meus amigos, voltar a ganhar o p�o de cada dia”, conta Maria das Dores Fernandes Saldanha de Andrade. Com a voz embargada, ela explica que trabalha na feira “desde menina” vendendo objetos de decora��o. “Quero ver meus amigos, dar um ‘tchau’, nem que seja de longe.”
Conhecida pelos colegas como “Dorinha”, a expositora n�o v� a hora de chegar domingo para atender os clientes mais uma vez. “Estou muito agradecida a Deus por voltar 100% da feira, assim ningu�m fica de fora”, disse.
Apesar de acreditar que a feira tenha voltado em melhor cen�rio em rela��o � pandemia do novo coronav�rus, ela tamb�m se preocupa com a doen�a. “Culpam os governantes por terem ficado paradaos e eu n�o concordo. Se libera e acontece trag�dia, tem culpado; se n�o libera, tem culpado tamb�m. Eu acho que foi uma luta de verdade, de feirantes e amigos, mas � dif�cil agradar todo mundo”, disse a artes�.
“Rezamos para que o n�vel de COVID-19 baixe. Se der um estouro, at� n�s, que voltamos, podemos ser culpados. Tor�o para que essa vacina saia logo. Estamos tentando, e na f�. Eu digo para a turma: ‘acredite’. N�o temos s� problemas financeiros, mas temos uma doen�a contra n�s. Eu quero meus amigos vivos, um pouco de paz e alegria porque merecemos”, concluiu.
Apesar de acreditar que a feira tenha voltado em melhor cen�rio em rela��o � pandemia do novo coronav�rus, ela tamb�m se preocupa com a doen�a. “Culpam os governantes por terem ficado paradaos e eu n�o concordo. Se libera e acontece trag�dia, tem culpado; se n�o libera, tem culpado tamb�m. Eu acho que foi uma luta de verdade, de feirantes e amigos, mas � dif�cil agradar todo mundo”, disse a artes�.
“Rezamos para que o n�vel de COVID-19 baixe. Se der um estouro, at� n�s, que voltamos, podemos ser culpados. Tor�o para que essa vacina saia logo. Estamos tentando, e na f�. Eu digo para a turma: ‘acredite’. N�o temos s� problemas financeiros, mas temos uma doen�a contra n�s. Eu quero meus amigos vivos, um pouco de paz e alegria porque merecemos”, concluiu.
Medo do cont�gio
Mesmo com a permiss�o de retomada da Feira Hippie, muitos n�o poder�o voltar � rotina dominical por pertencer a algum grupo de risco. � o caso de Luis Cl�udio de Almeida, que exp�e seus arranjos de flores no local h� 43 anos. “Eu, a princ�pio, n�o tenho condi��es de voltar. � uma situa��o que vai acontecer com alguns, pois muitos idosos trabalham l�”, conta o membro da Comiss�o Parit�ria (representa��o oficial dos feirantes junto � prefeitura, eleita entre eles).
Embora precise ficar em casa por mais tempo, o expositor n�o se abala. “J� perdi a melhor �poca, que s�o os meses de abril e maio, por causa do Dia das M�es. Perder mais um m�s, pra mim, � menos um m�s para correr risco de vida”, afirma. “Numa pandemia, � uma necessidade. Antes parado que morto. Eu tenho 73 anos, sou idoso, fico preso em casa, tamb�m tenho problema cr�nico. � meio perturbador, mas a gente tem que saber conviver”, acrescenta.
O expositor diz que tem observado muitos colegas entusiasmados com o retorno e, ao mesmo tempo, preocupados com a seguran�a. “Receio a gente sempre tem, porque ainda n�o se encontrou uma solu��o para a COVID-19, n�o se tem uma vacina. Mas a gente fica feliz pela feira estar voltando, porque � um patrim�nio do estado. Os cidad�os a elegeram como patrim�nio da cidade. Temos visto a mobiliza��o das pessoas querendo que ela volte”, disse.
Confira o protocolo completo:
- Em barracas ligadas, � recomend�vel, para seguran�a dos expositores, o uso de dispositivo de prote��o feito de material resistente e de f�cil higieniza��o, para fazer o isolamento entre as barracas
- Os feirantes devem disponibilizar recipientes com �lcool 70% em cada barraca e nos
- locais de alimenta��o.
- O uso de m�scaras � obrigat�rio por todos os frequentadores, inclusive os feirantes. Essa medida deve ser observada durante todo o per�odo de perman�ncia na feira, exceto no momento da alimenta��o
- Os feirantes devem trocar a m�scara a cada quatro horas, sempre que estiver �mida ou julgar necess�rio
- Feirantes em contato direto com o p�blico devem usar m�scara e protetor facial.
- Higienizar frequentemente as m�os com �lcool 70%.
- Higienizar as m�os dos visitantes a cada vez que eles forem requisitar uma mercadoria.
- Cobrir a m�quina de pagamento com filme pl�stico, para facilitar a higieniza��o ap�s o uso.
- Equipamentos de prote��o e m�scaras n�o podem ser compartilhados.
- Os feirantes n�o podem comparecer � feira em caso de constata��o ou suspeita de ter contra�do a covid-19. Neste caso, devem se dirigir para atendimento em uma unidades de sa�de.
- Cabe aos feirantes direcionar as filas e demarcar posi��es para evitar aglomera��es, respeitando o distanciamento de 2m (dois metros) entre as pessoas.
- Proibido o uso de provadores.
- S�o proibidas as atividades de entretenimento que possam causar aglomera��es como m�sica ao vivo, dan�a, apresenta��es teatrais, proje��o de imagens e a perman�ncia de pessoas que n�o estejam em atividades de compras na feira.
Regras para o setor de alimenta��o:
- Refor�ar cuidados nas �reas de manipula��o de alimentos: proibido todo ato que possa contaminar os alimentos, tais como comer, fumar, tossir, espirrar, se co�ar ou tocar o nariz, orelhas ou boca, usar o celular ou realizar outros h�bitos inseguros.
- Os funcion�rios devem higienizar as m�os antes da entrega dos alimentos e bebidas
- Proibida a utiliza��o de adornos pessoais, como an�is, pulseiras, gargantilhas, rel�gios, colares e brincos grandes, pelos profissionais que manipulam alimentos. � permitido o uso de brincos pequenos.
- � proibido deixar alimentos expostos para degusta��o.
- � recomend�vel eliminar o menu f�sico, sendo substitu�do por cartazes, pain�is ou descart�veis. N�o sendo poss�vel, deve-se utilizar modelo plastificado, higienizado ap�s cada uso.
- Oferecer guardanapos, talheres, pratos e copos descart�veis.
- Galheteiros, saleiros, a�ucareiros e outros recipientes de temperos, molhos e afins
- ficam proibidos, sendo necess�rio fornecer sach�s de uso individual.
- O consumo de alimentos no setor destinado a essa finalidade ser� permitido desde que as pessoas estejam sentadas nos locais destinados � alimenta��o, sendo proibido o consumo de alimentos e bebidas ao redor das barracas.
- Deve ser observado o distanciamento m�nimo de 2m (dois metros) entre as mesas e 1m (um metro) entre ocupantes na mesma mesa.
- � permitido o n�mero m�ximo de quatro pessoas por mesa.
- As mesas e cadeiras dever�o ser limpas e higienizadas ap�s a troca de usu�rios.
- Filas de espera e de pagamento devem assegurar o distanciamento de 2m (dois metros) entre as pessoas, com as devidas marca��es.
- As barracas de alimentos dever�o disponibilizar funcion�rios exclusivos para o caixa.
- Os alimentos devem chegar � feira pr�-preparados, sendo apenas finalizados no local.
- O cliente dever� permanecer de m�scara no local, retirando-a apenas para comer e/ou beber.
- Recomenda-se que visitantes, feirantes e expositores pertencentes ao grupo de risco (acima de 60 anos, gr�vidas e portadores de doen�as cr�nicas) n�o frequentem as feiras.
- O lixo com potencial risco de contamina��o (como luvas, m�scaras e EPIs) deve ser separados para descarte de forma apropriada.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a