Para combater a dengue, mosquitos infectados com bact�ria s�o soltos em BH

Foi realizada nesta segunda-feira (5), no Bairro Jardim Leblon, em Venda Nova a primeira soltura em Belo Horizonte de Aedes aegypti com a bact�ria Wolbachia, que impossibilita que os v�rus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, o que ajuda a reduzir a incid�ncias dessas doen�as. 

Al�m do Bairro Jardim Leblon, a soltura tamb�m ser� realizada ao longo do dia nos Bairros Copacabana e Piratininga tamb�m na Regi�o de Venda Nova. Os locais foram escolhidos ap�s an�lise das s�ries hist�ricas de infesta��o por Aedes aegypti e incid�ncia de doen�as causadas pelo mosquito.

A ideia � liberar no ambiente o Aedes aegypti com wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, a fim de permitir a gera��o de uma nova popula��o destes mosquitos, todos com o microrganismo. N�o existe modifica��o gen�tica neste processo.

O projeto � uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, e o World Mosquito Program (WMP), coordenado no Brasil pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) com apoio do Minist�rio da Sa�de. O Ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello e o Secret�rio Municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, estiveram presentes no evento.

A capital mineira foi a primeira cidade das Am�ricas a realizar o levantamento randomizado controlado (com grupos escolhidos aleatoriamente) para avaliar o impacto do M�todo Wolbachia na redu��o da incid�ncia de casos de arboviroses, doen�as transmitidas por mosquitos, como a dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. O projeto j� � aplicado em outros 12 pa�ses .

Os mosquitos foram produzidos na biof�brica da Prefeitura de Belo Horizonte que tem capacidade de produzir at� dois milh�es de ovos de mosquito por semana, mas nesta primeira etapa est�o sendo produzidos cerca de 275 mil mosquitos com a bact�ria por semanalmente.

O m�todo Wolbachia � complementar �s demais a��es de controle e preven��o da dengue, zika e chikungunya. A Wolbachia � um microrganismo intracelular e n�o pode ser transmitida para humanos ou animais. Mosquitos que carregam essa bact�ria t�m a capacidade reduzida de transmitir os v�rus para as pessoas, diminuindo o risco de surtos de dengue, zika, chikungunya e febre amarela. 

 

Em 2020, at� o dia 01 de outubro, foram confirmados 4.482 casos de dengue em Belo Horizonte. H� 1.464 casos notificados pendentes de resultados das an�lises laboratoriais. Foram investigados e descartados 11.568 casos e uma morte foi confirmada.

Foram notificados 43 casos de chikungunya em moradores de Belo Horizonte. Foram confirmados 33 dentre os quais, 16 de pacientes que contra�ram a doen�a na capital, seis importados e 11 em locais com origem indefinida. H� 10 casos em investiga��o para a doen�a. 

At� o momento n�o h� caso confirmado de zika em residentes de Belo Horizonte. Todos os 52 casos notificados, foram investigados e descartados para a doen�a.