
A finaliza��o da montagem dessa ala ocorreu em maio e, em princ�pio, a UTI foi usada para receber, exclusivamente, crian�as com COVID-19. Agora, com a garantia dos recursos de custeio vindos do estado e do munic�pio, o atendimento estende-se a outras doen�as e vai beneficiar, segundo a diretora administrativa do HSS, Ildamara Menezes, toda a macrorregi�o Leste do Sul dependente do Sistema �nico de Sa�de (SUS).
“Na nossa regi�o, temos um vazio muito grande de leitos pedi�tricos de terapia intensiva. Hoje, h� duas crian�as de Vi�osa em hospitais de Juiz de Fora e precisamos traz�-las para casa”, afirma. Com os empenhos p�blicos, principalmente, as microrregi�es de Vi�osa, Ponte Nova e Manhua�u, num total de 64 munic�pios e 800 mil pessoas, ser�o favorecidas.
De acordo com Menezes, para constru��o e montagem da ala, o governo estadual j� havia repassado, desde 2012, R$ 2,5 milh�es. Hoje, os sete leitos atendem aos requisitos previstos na Resolu��o da Diretoria Colegiada (RDC) da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), tanto no que diz respeito � estrutura f�sica, quanto aos equipamentos. “J� temos 90% dos profissionais necess�rios para atuarem na UTI”, acrescenta.
Em Vi�osa, a principal unidade de sa�de para recebimento dos pacientes portadores do novo coronav�rus � o Hospital S�o Jo�o Batista, onde h� 50 leitos cl�nicos adulto. Dos 17 leitos de UTI dispon�veis ao SUS para atender enfermos com a doen�a, 10 funcionam no Hospital S�o Jo�o Batista, e esses sete, do HSS, eram dedicados, exclusivamente, ao atendimento de crian�as com COVID-19.
O financiamento das esferas estadual e municipal se faz necess�rio, nesse momento, porque em 30 de setembro foi encerrado o conv�nio desses sete leitos com o SUS, para tratamento dos pacientes portadores do novo coronav�rus. “Com esse fim exclusivo, n�o havia mais necessidade. Mas pleitearmos o credenciamento junto ao governo federal e para passarmos a receber, direto da Uni�o, para atendimento intensivo a todas as patologias, conforme prev� a RDC, temos de fazer uma s�rie hist�rica de atendimentos, inclusive, com procedimentos de alta complexidade, e n�o havia como manter a ala em opera��o”, esclarece Menezes.
Bom exemplo
Durante a visita ao hospital, na quinta-feira (8), o governador Romeu Zema, acompanhado pelo secret�rio de Estado de Sa�de, o m�dico Carlos Eduardo Amaral, destacou o bom trabalho desenvolvido pelo munic�pio no combate � pandemia. "Fico satisfeito que essa inaugura��o esteja acontecendo numa das cidades que � exemplo na condu��o da pandemia. A taxa de �bitos de Vi�osa � 10 vezes menor que a de Minas Gerais, que j� � a menor do Brasil. Isso demonstra que o poder p�blico pode fazer muito", afirmou.Semente de amor
A UTI leva o nome de Ot�vio Henrique de Oliveira, filho de Juliana Oliveira, do Instituto Minuto pela Vida, que faria 6 anos em 2020. De 2005 a 2011, ele lutou com a fam�lia por uma vaga de UTI na regi�o, at� n�o mais resistir. “Praticamente, mor�vamos nesse hospital e, quando conseguia uma vaga de UTI, fora daqui, sabia que era por que uma outra m�e n�o tinha tido a chance de internar seu filho”, recorda.Para ela, a UTI � fruto de uma semente de amor. “Quando o Ot�vio faleceu, ele precisava de uma UTI, para morrer com mais dignidade, com conforto respirat�rio. N�o conseguimos essa vaga. Vi a satura��o dele cair e escutei at� a �ltima batida do cora��o do meu filho, no meu colo. Embora essa UTI leve o nome do Ot�vio, e ele tenha morrido, ela representa vida. Plantei a minha semente mais preciosa, para que hoje muitas fam�lias pudessem colher frutos de esperan�a, amor e vida”