
Como mostrou a reportagem do Estado de Minas de ontem (10), os estabelecimentos ainda est�o planejando formas seguras de voltar a receber os visitantes e por isso ainda n�o definiram sua reabertura apesar da permiss�o oficial. Neste domingo (11), muitas pessoas que souberam da autoriza��o pelo decreto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), publicado no s�bado, foram surpreendidas pelas portas fechadas.
Grupos de fam�lias e casais que insistiram em buscar entretenimento nesses locais, ainda que nas belas �reas externas do Museu Ab�lio Barreto e do Circuito da Pra�a da Liberdade, acabaram tendo de recorrer a abrigos de �nibus, marquises e entradas de edifica��es devido �s imprevis�veis pancadas de chuva intercaladas com janelas de tempo ensolarado.
Gr�vida de oito meses de um menino, a empres�ria Francine Aliane Roque, de 31 anos, e o marido, o supervisor de manuten��es Thiago Ara�jo Roque, tamb�m de 31, trataram de reunir as fam�lias para conseguir uma foto com a m�e gestante antes do parto. Isso porque o isolamento os impossibilitou de fazer os registros antes, uma vez que espa�os como os museus, pra�as e parques se encontravam fechados e reabrem aos poucos na capital mineira desde o in�cio de setembro.

Ainda assim, o jeito foi aproveitar para levar toda a fam�lia para os jardins internos, passando pelas correntes de isolamento que teoricamente deveriam empedir o acesso, para ficar mais pr�ximos do bondinho e da antiga locomotiva da �poca da constru��o de Belo Horizonte.
"Perdemos o conforto de poder entrar na varanda do museu, de ficar na parte interna, com melhor acomoda��o para nossos idosos, mas o importante ser� aproveitar a folga e registrar com alegria esse momento que � t�o importante para as nossas fam�lias", afirma Francine.
Na Pra�a da Liberdade, as pancadas de chuva frossa e fina causaram aglomera��o de pessoas no coreto e nas entradas dos edif�cios do circuito cultural que concentra 17 atra��es em dias normais. Crian�as com carrinhos levados pelas m�es, idosos, casais, grupos de amigos e uma banda que ensaiava tiveram de ficar grudados, a menos de um metro um do outro, o que mesmo de m�scara n�o � recomendado em tempos de pandemia. Mesmo os mais preparados, que levaram guarda-chuvas, pareciam instintivamente atra�dos a essas aglomera��es.

A fot�grafa e o seu auxiliar, o atendente de callcenter Rafael Henrique da Paz, de 22, foram at� a pra�a inicialmente para um ensaio fotogr�fiico feminino, em parte frustrado pela chuva. "Estudamos nessa regi�o (da Pra�a da Liberdade) por 4 anos. Sempre que pod�amos, viamos as exposi��es mais recentes dos museus. Seria uma �tima oportunidas para fazer isso hoje, por causa da chuva. Essa pandemia mudou muito e � bom pelo menos ver que as coisas est�o voltando aos poucos, com seguran�a", afirma Rafael.
Segundo o decreto da PBH, protocolos de seguran�a precisar�o ser adotados para a reabertura dos museus, como distanciamento de dois metros entre visitantes e apenas um ocupante por 5 m² de �rea dispon�vel, contando com os funcion�rios do espa�o. O uso de m�scara � obrigat�rio e a entrada deve ser controlada.
A PBH sugere que os ingressos sejam retirados de forma on-line e que se estabele�a um agendamento de visitantes para evitar aglomera��es. Outra orienta��o � a de adotar nas visita��es uma esp�cie de fluxo em sentido �nico, com entradas e sa�das bem definidas e que evitam aglomera��es e conflito de deslocamentos de quem entra e sai.
Pelo Circuito Cultural da Pra�a da Liberdade est�o programados para este domingo apenas eventos virtuais, sendo dois deles da Casa Fiat de Cultura e um do Centro Cultural Banco do Brasil. Outros espa�os ainda produzem pesquisas e outros tipos de atividade sem p�blico presencial previsto. N�o h� qualquer previs�o de reabertura neste feriado. O Museu Ab�lio Barreto tamb�m n�o apresentou aos visitantes um cronograma de reabertura.