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Estado de Minas DIA DAS CRIAN�AS

Filhos de profissionais da sa�de desenham os pais na linha de frente contra a COVID-19

Ilustra��es mostram bem o dia a dia duro e exaustivo, o que acaba refletindo na rotina em casa. Por seguran�a, muitos pais s� encontram com as crian�as no fim de semana, e mesmo assim de longe. Em comum nos desejos, um rem�dio para o fim da pandemia


12/10/2020 06:00 - atualizado 12/10/2020 08:08

Letícia Simões desenhou a mãe aplicando medicamento:
Let�cia Sim�es desenhou a m�e aplicando medicamento: "N�o tenho medo de inje��o. A vacina vai salvar vidas" (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
(foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

 

Quem em s� consci�ncia poderia imaginar que, no Dia das Crian�as, meninos e meninas pediriam de presente... uma inje��o? Pois os tempos mudaram, e, ap�s mais de sete meses bombardeados com informa��es e cuidados ditados pela pandemia do novo coronav�rus, o desejo � �nico: uma vacina para p�r fim ao sofrimento da humanidade. No pensamento e no papel, Let�cia Gabriele Sim�es da Cruz, de 7 anos, considera a imuniza��o o bem mais precioso e esperado neste momento. “N�o tenho medo de inje��o. A vacina vai salvar vidas. Todo mundo fica muito preocupado com a doen�a, n�?”, resume a filha da enfermeira Luana Sim�es Alves Guimar�es da Cruz e do empres�rio Lucas Manoel, irm� do pequeno Lucca Gabriel, de 1 ano e 8 meses.

 

A convite do Estado de Minas, cinco crian�as desenharam a forma como imaginam a rotina dos pais, profissionais da �rea de sa�de, atuando em hospitais, atendimento a pacientes em domic�lio ou em outras situa��es. Moradora do bairro Gl�ria, na Regi�o Noroeste da capital, Let�cia desenhou uma enfermeira com jaleco verde aplicando inje��o em um menino. “Adoro desenhar... fazer um desenho livre”, explica a estudante do segundo ano do ensino fundamental.

 

Enfermeira h� 13 anos na Santa Casa BH, maior institui��o filantr�pica de sa�de 100% SUS em Minas, na regi�o hospitalar da capital, Luana Sim�es conta que em todo o per�odo de isolamento social – em 11 de mar�o, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) declarou o avan�o do novo coronav�rus como pandemia – manteve sua rotina no hospital. “O mais importante � o autocuidado. Minha filha entendeu as mudan�as, porque sabe o que fa�o, por isso n�o se preocupou. Meu marido tem sido supercompanheiro, est� trabalhando em casa. Houve mudan�as no dia a dia da fam�lia, tenho minha m�e, Marlene, de 59 anos... Fomos nos adaptando a tudo”, conta.

 

Considerando a profiss�o um sacerd�cio, por envolver amor e dedica��o, Luana acredita que, se o per�odo nos colocou � prova, “� preciso tirar de letra”. A ideia da filha pode ter vindo de uma cena � qual assistiu: “Trabalho no hospital e tamb�m atendo pessoas em casa, para tratamento de les�es. H� algum tempo, meu marido precisou tomar uma inje��o e a apliquei. Ela viu e deve ter gravado na mem�ria”.

 

For�a do afeto


Embora a m�e tenha 20 anos de formada em fisioterapia, Giovana Astolfi Cardoso, de 11, nunca entrou em um hospital. “Ela nunca me viu trabalhando no CTI (centro de terapia intensiva) da Santa Casa BH, onde atuo h� 18 anos”, conta Rozana Astolfi Cardoso, casada com Klaus Cardoso, que n�o � da �rea de sa�de, e m�e tamb�m de Arthur, de 14. “Ent�o, foi tudo fruto da imagina��o”, revela a moradora do bairro Serra, na Regi�o Centro-Sul da capital.

Giovana Astolfi Cardoso usou a imaginação para retratar o trabalho da mãe, a fisioterapeuta Rozana Astolfi Cardoso(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Giovana Astolfi Cardoso usou a imagina��o para retratar o trabalho da m�e, a fisioterapeuta Rozana Astolfi Cardoso (foto: T�lio Santos/EM/DA Press)
(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
(foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

 

Giovana usa a mesma palavra, imagina��o, para explicar seu desenho: no quarto do hospital, recebendo o medicamento por meio intravenoso e apoiada com a m�o direita numa bengala, uma idosa ganha o est�mulo de uma pessoa jovem: “Vem, voc� consegue”. Para Giovana, aluna do 5º ano do ensino fundamental, os tra�os procuram traduzir a necessidade de a senhorinha se exercitar, e o empenho da outra pessoa, no caso sua m�e, em ajud�-la. Neste Dia das Crian�as, a menina concorda que o melhor presente seria a vacina contra a COVID-19, pois, com a imuniza��o em massa, poderia se reencontrar com os familiares, os coleguinhas da escola e os amigos.

 

Atenta �s palavras da filha, Rozana considera o per�odo de quarentena iniciado em mar�o um desafio ainda maior para quem tem uma filha de 11 anos e um adolescente. “Deus foi maravilhoso comigo. A situa��o n�o � f�cil, mas tomo todos os cuidados para n�o contaminar minha fam�lia. Felizmente, n�o tive a doen�a.” Sete meses depois do in�cio da pandemia, a fisioterapeuta destaca o amadurecimento dos filhos e a dedica��o permanente ao of�cio que escolheu. “Tenho amor pela minha profiss�o e pela minha fam�lia. Esse sentimento nos d� seguran�a em per�odos assim.”

 

Tra�os do cora��o

 

H� quase sete meses, os m�dicos intensivistas Lucas Timm Pisoler e Ana Carolina Marques Barbosa de Oliveira Pisoler, moradores da capital, n�o se encontram com os filhos Maria Lu�za, de 7, e Jo�o Lucas, de 6. Trabalhando em CTI, o casal preferiu deixar as crian�as com os av�s maternos em Lagoa Santa, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. “S� vemos as crian�as no fim de semana, mesmo assim de longe. N�o � uma situa��o f�cil, mas � essencial para evitar os riscos”, conta Ana Carolina, que trabalha na Santa Casa e no Hospital Belo Horizonte.

 

Maria Luíza com o irmão, João Lucas, e os pais, Lucas e Ana Carolina: desenho com detalhes de aparelhos e até uniforme (foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Maria Lu�za com o irm�o, Jo�o Lucas, e os pais, Lucas e Ana Carolina: desenho com detalhes de aparelhos e at� uniforme (foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)
(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
(foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

Mesmo a dist�ncia e sem nunca ter visitado o local de trabalho dos pais, Malu e Jo�ozinho, como s�o carinhosamente chamados em fam�lia, recriaram o ambiente do CTI, n�o se esquecendo dos equipamentos de prote��o dos intensivistas e aparelhos da sala. Ao ver a arte da dupla, Ana Carolina se emocionou: “Olha s�! Colocaram at� a roupa verde que uso no hospital!”.

 

Na manh� de sexta-feira, logo ap�s as tarefas escolares on-line, Malu e Jo�ozinho falaram, por telefone, sobre o desenho, agradecendo os elogios. Ao lado, a vov� Virg�nia comentou sobre a alegria de ter os netos em casa: “Com eles aqui, estou ganhando da COVID-19 de 7 a 0”.

 

O incentivo das palavras

 

Uma frase dita por Maria Cec�lia Murta de Oliveira, de 11 anos, ficou na cabe�a e bem gravada no cora��o da m�dica infectologista Cl�udia Murta de Oliveira: “Seu trabalho, m�e, � muito importante. Voc� ajuda muitas pessoas no hospital”. Ao repetir as palavras, Cl�udia mistura l�grimas e sorrisos, pois sabe que cada letra d� for�a para continuar atuando no Servi�o de Controle de Infec��o Hospitalar da Santa Casa BH. A equipe trabalha tamb�m com pesquisas de antibi�ticos e vacinas.

Maria Cecília, de 11 anos, com a irmã Ana Cláudia, de 15, e os pais, os médicos Gilberto e Cláudia: rotina em quadrinhos(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Maria Cec�lia, de 11 anos, com a irm� Ana Cl�udia, de 15, e os pais, os m�dicos Gilberto e Cl�udia: rotina em quadrinhos (foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)
(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
(foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

 

Casada com o ortopedista Gilberto Byrro, Cl�udia se surpreendeu com a riqueza de detalhes contidos no desenho da filha. Como se fosse o recorte de uma hist�ria em quadrinhos, mostrando o cotidiano da m�dica infectologista, h� cenas e di�logos no laborat�rio de pesquisas diante de um paciente, na volta para casa e ainda uma consulta on-line, � noite. “Desde o in�cio da pandemia, temos trabalhado mais do que o de costume. E ela mostrou isso”, observa.

 

Maria Cec�lia espera que tudo passe logo para a vida voltar logo ao normal: “Quando tivermos uma vacina contra a COVID-19, ser� bem legal”. Mesmo com um desenho que toca o cora��o, a menina n�o pensa em ser artista do tra�o. Por enquanto, o desejo � seguir os passos dos pais e se formar em medicina.

 


Prote��o

 

Simone Morais mostrou como imagina o pai, o técnico de enfermagem José Fábio de Morais, usando equipamentos de proteção(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Simone Morais mostrou como imagina o pai, o t�cnico de enfermagem Jos� F�bio de Morais, usando equipamentos de prote��o (foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
(foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)
A criatividade das crian�as n�o tem limite, muito menos o caminho de um l�pis deslizando sobre a folha de papel em branco. Simone de F�tima da Silva Morais, de 7, imagina o pai, o t�cnico de enfermagem Jos� F�bio de Morais, usando todos os equipamentos de prote��o individual necess�rios para quem trabalha em hospital. No desenho, ela ainda faz uma declara��o de amor: “Meu pai � demais. Ele cuida de pacientes tamb�m”. O mais surpreendente � o pai estar ao lado de um respirador, aparelho fundamental para v�timas hospitalizadas com COVID-19.

 

Simone n�o esconde que tem medo de inje��o, embora saiba da import�ncia vital da vacina para livrar o mundo do mal. Jos� F�bio explica que nenhum dos tr�s filhos – a mais velha, Simone, Samuel, de 5, e Maria J�lia, de 3 – entrou em um hospital, por�m conhecem o ambiente pelas chamadas de v�deo que o pai costuma fazer nos momentos de folga.

 

A fam�lia mora no bairro Rosarinho, em Santa Luzia, perto do limite com Belo Horizonte, e Jos� F�bio conta que trabalha na Santa Casa BH desde 2007. Lembrando que os tempos n�o t�m sido f�ceis para ningu�m, especialmente para profissionais de sa�de, o t�cnico de enfermagem, casado com Alcione de F�tima da Silva Morais, garante que, para trabalhar na �rea, torna-se essencial amar o que faz. E tem uma filosofia: “A vida � viver e sobreviver”. 

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 


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