V�deo mostra confus�o em protesto que acabou com deten��o da vereadora Bella Gon�alves

A Pol�cia Civil vai apurar se a manifesta��o encerrada pela Pol�cia Militar (PM) e que culminou na deten��o da vereadora Bella Gon�alves (PSOL), na tarde de sexta-feira (16), se tratou de obstru��o � atua��o da parlamentar ou de obstru��o da a��o policial de conten��o de um dist�rbio. Um v�deo conseguido pelo Estado de Minas mostra o momento da confus�o, mas n�o fica claro quem a iniciou.

A parlamentar belo-horizontina foi liberada na madrugada deste s�bado (17), ap�s quase 12 horas de depoimentos na Central de flagrantes (Ceflan 2), na Floresta, Regi�o Leste de BH. Por volta de 15h, uma manifesta��o com cerca de 80 pessoas tomou a frente da Cemig para protestar em favor da manuten��o das moradias que est�o instaladas em terreno da companhia no Bairro Vila Beija Flores, na divisa com Vespasiano, onde est�o h� 25 anos.

O movimento, entre as avenidas Gon�alves Dias e Barbacena foi identificado pelas c�meras do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar, que informou ser protocolo enviar viaturas imediatamente, sobretudo por n�o ter nenhum protesto marcado para o local, o que seria uma praxe vincul�ada ao direito constitucional de livre manifesta��o segundo a corpora��o.


"Assim que os militares chegaram ao local, tentaram identificar as lideran�as para negocia ruma forma segura de que o protesto ocorresse e as vias continuassem abertas � circula��o dos motoristas", disse o major Cl�udio Henrique Ribeiro dos Santos, subcomandante do 1º BPM. de acordo com o militar, a manifesta��o estava ocorrendo de forma temer�ria.

"O decreto da pandemia diz que n�o se pode aglomerar mais de 30 pessoas. Recebemos uma reclama��o do Hospital Mater Dei de que o protesto estava atrapalhando o cuidados dos pacientes e o trabalho das equipes de m�dicos e de enfermeiros. Mas tentamos negociar uma forma de afastamente e de libera��o das vias", afirma o subcomandante.


J� a vereadora informou que o movimento era organizado e pac�fico. "Fomos l� para estar junto com os moradores, entender quais eram as reivindica��es deles e buscar um canal de di�logo com a Cemig. Eu n�o estava envolvida neste momento. Estava conversando com a Pol�cia, tentando mediar a situa��o, ao lado", afirma a parlamentar.

Pelo v�deo � n�tido que num dado momento os manifestantes fecham as duas vias e um carro que � envolvido pelas pessoas acelera em meio aos manifestantes que o atacam com socos, bandeiradas e chutes.


Na vers�o da vereadora, a motorista avan�ou sobre os manifestantes, que depois teriam sido agredidos e sofrido ataques de g�s dos policiais. A Pol�cia Militar informou que os manifestantes encaixotaram os carros que estavam trafegando e que os atacaram primeiro. "Tentaram quebrar os vidos do ve�culo e o danificaram, com duas mulheres dentro, m�e e filha. Por isso foi usado g�s e tr�s pessoas acabaram detidas", afirma o major Cl�udio.

Nesse momento, segundo a pol�cia, a vereadora tentou impedir a pris�o dos suspeitos se identificando como parlamentar e amea�ando os militares. J� Bella Gon�alves diz que estava com "uma senhora idosa estava passando muito mal. Eu estava tentando convenc�-la a passar os documentos para a pol�cia (que iria qualificar os manifestantes que reagiram � tentativa de atropelamento). Foi quando a pol�cia alegou que ela n�o queria passar os documentos. Ela estava muito alterada, chorando muito. E quiseram coloc�-la no cambur�o”, afirma.

A vereadora e os supeitos foram levados para a delegacia. Por volta de 3h, ela foi liberada. "Revertemos os fatos mostrando que a comunidade foi agredida e que a Pol�ocia Militar cometeu abuso de autoridade contra um mandato parlamentar e contra uma comunidade que lutava contra o despejo. Vamos seguir firmes, pois n�o aceitamos injusti�a", declarou a vereadora.