
A v�tima relatou � corpora��o que sofria abusos desde os nove anos. A PCMG foi acionada pela m�e da menina que, na noite de quinta-feira (15), informou a um dos agentes que a filha havia sido levada contra a sua vontade pelo ex-companheiro.
O agressor foi localizado e preso na manh� de sexta numa esp�cie de dep�sito, onde trabalhava e residia. Ele responder� pelos crimes de sequestro, c�rcere privado e estupro de vulner�vel.
Hist�rico de viol�ncia
O homem era investigado e monitorado desde junho pela Pol�cia Civil, que j� havia pedido a pris�o preventiva dele. Com a den�ncia da m�e da garota, foi poss�vel prend�-lo em flagrante por c�rcere privado. Na noite anterior � deten��o, ele cometeu mais um abuso - fato comprovado por meio do exame de corpo de delito da v�tima.
Descrito como extremamente violento, o criminoso, segundo a pol�cia, tinha todas as senhas das redes sociais da garota e tratava m�e e filha como suas propriedades. “N�s obtivemos inclusive um �udio em que ele afirma que ela (a adolescente) 'sabia que ela era mulher dele' e que portanto 'sabia o que poderia acontecer caso ela o tra�sse'. Ele fez essa mesma amea�a � m�e da menina, tamanha � a ideia desse homem de que as duas eram seus objetos, sobre os quais eles tinha total poder”, relata o delegado Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente (DEPCA).
De acordo com a PCMG, a m�e tomou conhecimento dos estupros h� pouco tempo, quando a filha fugiu de casa. Na ocasi�o, a jovem deixou uma carta revelando as viol�ncias que sofria desde os nove anos. “A mulher ent�o se separou do companheiro, mas ele continuava perseguindo a ela e a adolescente. Descobriu o novo endere�o delas e ia atr�s. Tanto � que, quando a m�e esteve na delegacia para prestar depoimentos, ele ficou sabendo e esteve l�, fez mais amea�as, puxou o cabelo da adolescente”, conta o delegado Diego Lopes.
O suspeito nega os abusos. Ele afirmou aos policiais que havia sa�do com a enteada "apenas para tomar um lanche". Questionado pelos investigadores sobre o �udio contendo amea�as, o agressor afirmou que estava b�bado quando enviou a mensagem. Se condenado, ele pode pegar at� 15 anos de pris�o.