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Estado de Minas Tecnologia

Estudante desenvolve brinquedo para ajudar animais com dificuldades comportamentais

De baixo custo, o dispositivo � uma op��o acess�vel para tutores e abrigos


13/11/2020 18:38 - atualizado 13/11/2020 19:13

Camila e Belinha (foto: Arquivo pessoal )
Camila e Belinha (foto: Arquivo pessoal )
Ap�s adotar a cadela Belinha em um abrigo para animais, em junho, a estudante Camila Braz notou que o animal apresentava sinais de trauma, desinteresse em brincadeiras e dificuldades sociais. “Eu sempre quis ter um cachorro, mas meus pais nunca deixaram. Mas a� nessa pandemia eu tive um tempo livre e decidi que ia convenc�-los. Fiz at� uma apresenta��o em PowerPoint pra eles”, conta ela aos risos. Ela diz que percebeu que Belinha tinha muito medo, mas achou que isso seria passageiro. 

Para tentar ajudar na adapta��o da cadela, Camila, que cursa engenharia el�trica na UFMG, descobriu um m�todo chamado Enriquecimento Ambiental. Ele consiste em incluir na rotina do animal atividades para estimular o seu desenvolvimento cognitivo e social. “Em vez de voc� pegar o pote e colocar a ra��o dentro, pode fazer uma ca�a ao tesouro, por exemplo. E o cachorro tem que usar o olfato para encontrar a comida. Isso contribui pra autoestima e cognitivamente � uma coisa muito boa, de acordo com o veterin�rio”.
 
 
Entre essas atividades, Camila ficou interessada por uma caixa de brinquedo que se caracteriza pela din�mica desafio-recompensa. No entanto, a ferramenta era cara e teria de ser importada. A estudante resolveu, ent�o, desenvolver uma vers�o mais barata e automatizada. “A maioria das coisas eu j� tinha em casa. A parte de programa��o eu tinha porque participei de uma competi��o pela faculdade. A� eu bolei uma forma de usar o que eu estava aqui pra fazer o brinquedo”, explica. 

Ardu�no

O brinquedo � uma caixa com tr�s aberturas, duas nas laterais e uma na parte de cima. Esta �ltima, � onde o cachorro tem que colocar a bolinha. As outras duas s�o por onde saem o petisco e a bolinha. “A placa chama ardu�no e voc� pode conectar diversos sensores, componentes e programar para fazer o que voc� quiser. Eu tinha um laser e o que eu fiz foi coloc�-lo apontando para um sensor. E ele fica na rampa onde a bola passa, ent�o quando isso acontece, ela impede o laser de chegar ao sensor. Isso avisa o ardu�no que � para abrir o compartimento e liberar a ra��o ou o petisco”, explica. 

Camila conta que, no come�o, Belinha tinha medo at� da bolinha. “Agora ela j� tem mais interesse no brinquedo, at� porque envolve comida. Ensinar o cachorro a colocar a bolinha no brinquedo � muito dif�cil. Estamos no processo, mas j� estou vendo um avan�o muito grande porque ela j� n�o tem mais medo de nenhum brinquedo”. 
 
A estudante montou e programou a caixa em casa, com ajuda da fam�lia, durante o per�odo de isolamento social. Ela afirma que desconhece outro produto com essas caracter�sticas e tem recebido mensagens de tutores e ONGs, buscando orienta��es para a produ��o do brinquedo. 

Camila planeja oferecer tutoriais de confec��o da caixa para pessoas que, como ela, precisam de produtos mais acess�veis para auxiliar no desenvolvimento de seus animais.

No v�deo, Camila explica como funciona o brinquedo e mostra como ele tem ajudado na adapta��o da Belinha. Assista.
 
 
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 


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