
Sob fortes palavras de ordem, o ato pede puni��o aos executores de Jo�o Alberto Silveira Freitas. Ele foi mortos por seguran�a do Carrefour. Durante o tempo dentro da unidade do supermercado, os manifestantes entoaram c�nticos como "Um, dois, tr�s, quatro, cinco, mil: ou parem o genoc�dio ou paramos o Brasil".
Depois, eles deixaram as depend�ncias do Carrefour do Shopping Cidade e passaram a protestar em frente ao supermercado. Antes, o grupo j� havia obrigado a unidade situada entre a Rua Goitacazes e a Avenida Afonso Pena a fechar as portas.

Por volta das 16h50, o grupo entrou no Shopping Cidade. Os manifestantes tomaram os corredores do centro comercial ao grito de "fogo nos racistas".
Presente ao protesto, a deputada estadual Andr�ia de Jesus (Psol) questionou a postura do presidente da Funda��o Palmares, S�rgio Camargo. Embora comande um �rg�o governamental voltado � promo��o da igualdade, Camargo tem minimizado a exist�ncia do racismo em solo brasileiro.
“Ele precisa explicar que crime � esse, praticado no supermercado, � vista de todos. Naturalizar a morte daquele homem � a prova cabal de que o Brasil vive, ainda, o modelo colonial, e que a aboli��o � incompleta”, disse.
Depois, o grupo seguiu em dire��o � Pra�a Sete de Setembro, no Hipercentro. L�, decidiram rumar ao Carrefour do Bairro Floresta, na Regi�o Leste da cidade.
Ap�s longa caminhada ocupando as avenidas Amazonas e dos Andradas, os manifestantes chegaram ao local por volta das 17h30. As portas j� estavam fechadas e foram pintadas, pelo grupo, com marcas de m�os com tintas vermelhas.
Os manifestantes acabam de invadir o Carrefour do Shopping Cidade, no centro de BH pic.twitter.com/V3lX8zCdLT
%u2014 Estado de Minas (@em_com) November 20, 2020
No fim do ato, os manifestantes lembraram que o dia de conscientizar sobre a luta negra � todo dia. “A luta � constante. Esse protesto � porque a gente n�o aguenta mais essa covardia que est�o fazendo com a gente. O protesto � pelas nossas vidas. Eu posso ser o pr�ximo morto. A gente n�o aguenta mais”, disse o empreendedor Anderson Henrique, de 38 anos, que caminhou com um cartaz em manifesto � rede de supermercados.
Durante o trajeto da manifesta��o, muitas pessoas apoiaram o movimento, j� outras reclamaram da interven��o no tr�nsito e da aglomera��o formada pelos protestantes em um cen�rio de pandemia do novo coronav�rus.
“Os empres�rios questionam sobre o isolamento social quando encontram os grupos se manifestando, mas n�o se lembram que os pr�prios funcion�rios pegam �nibus lotados todos os dias para que as empresas n�o parem de funcionar. Triste onde a pandemia � sempre um caos mas � mal vista quando encontram corpos negros manifestando. Estamos em busca de voz e respeito”, defendeu o estudante de direito Alan Rodrigues, de 26.
Entenda o caso
O homem foi espancado e morto por dois homens brancos no estacionamento do Carrefour Passo D'Areia, na zona norte da capital ga�cha . Informa��es preliminares apontam que um dos agressores � seguran�a do local e o outro � um policial militar tempor�rio que fazia compras no local. Seguem as investiga��es. Ambos foram detidos.
Em Porto Alegre, uma manifesta��o em frente ao supermercado est� prevista para esta sexta, �s 18h.