
"Ela viu o marido sendo morto", lamentou Paul�o Paquet�, vizinho da v�tima, que tamb�m presenciou o crime. Segundo ele, a mulher de Jo�o Alberto tentou ajudar o marido, mas foi impedida de intervir.
Nas imagens, � poss�vel ver pessoas gritando para que as agress�es cessassem. "Tentamos intervir, mas n�o conseguimos. A gente gritava 't�o matando o cara', mas continuaram at� ele parar de respirar, fizeram a imobiliza��o com o joelho no pesco�o do Beto, tipo como foi com o americano (George Floyd, morto por policiais neste ano nos Estados Unidos)", contou Paquet�.
Ap�s assistir � cenas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) disse que o crime indignou a todos. “N�s todos nos deparamos com cenas que nos deixam indignados pelo excesso de viol�ncia que levou � morte de um cidad�o negro num supermercado aqui na capital ga�cha”, iniciou, acrescentando que as imagens s�o "incontestes". O caso gerou revolta e pedidos por justi�a.
O supermercado disse que tomar� as medidas necess�rias para responsabilizar os envolvidos e romper� contrato com a empresa que fornece o servi�o de seguran�a. J� a Brigada Militar afirmou que prendeu os envolvidos, "inclusive o PM tempor�rio, cuja conduta fora do hor�rio de trabalho ser� avaliada com todos os rigores da lei" (leia as notas abaixo).
O que diz o Carrefour
"O Carrefour informa que adotar� as medidas cab�veis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Tamb�m romper� o contrato com a empresa que responde pelos seguran�as que cometeram a agress�o. O funcion�rio que estava no comando da loja no momento do incidente ser� desligado. Em respeito � v�tima, a loja ser� fechada. Entraremos em contato com a fam�lia do senhor Jo�o Alberto para dar o suporte necess�rio.O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplic�vel epis�dio, iniciamos uma rigorosa apura��o interna e, imediatamente, tomamos as provid�ncias cab�veis para que os respons�veis sejam punidos legalmente. Para n�s, nenhum tipo de viol�ncia e intoler�ncia � admiss�vel, e n�o aceitamos que situa��es como estas aconte�am. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais."
O que diz a Brigada Militar
"Imediatamente ap�s ter sido acionada para atendimento de ocorr�ncia em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM tempor�rio, cuja conduta fora do hor�rio de trabalho ser� avaliada com todos os rigores da lei. Cabe destacar ainda que o PM Tempor�rio n�o estava em servi�o policial, uma vez que suas atribui��es s�o restritas, conforme a legisla��o, � execu��o de servi�os internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante conv�nio ou instrumento cong�nere, guarda externa de estabelecimentos penais e de pr�dios p�blicos. A Brigada Militar, como institui��o dedicada � prote��o e � seguran�a de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total rep�dio a quaisquer atos de viol�ncia, discrimina��o e racismo, intoler�veis e incompat�veis com a doutrina, miss�o e valores que a Institui��o pratica e exige de seus profissionais em tempo integral."