

A integrante do Quilombo Vermelho Odete Cristina Arist�des de Assis informou que o ato � em protesto contra as empresas capitalistas que promovem o racismo. "As empresas capitalistas perpetuam o racismo. Elas se utilizam racismo para manter o lucro, quando pagam trabalhadores negros com sal�rios menores", afirma.
Ela lembrou que os atos s�o realizados em todo o Brasil, desde sexta-feira. A jovem destacou que um dos assassinos de Beto Freitas � policial e disse que n�o � um caso isolado de assinato de uma pessoa negra de forma violenta pela pol�cia. "N�o � um caso isolado. A pol�cia assassina a juventude negra. Nossa luta � contra a viol�ncia e a repress�o absurdas. Vamos caminhar at� as lojas do Carrefour para mostrar nossa indigna��o", disse.

A jovem lembrou o assassinato de George Floyd, homem negro asfixiado pela pol�cia nos Estados Unidos, ato brutal que tamb�m foi filmado e viralizou na internet. Desde ent�o, foram realizados in�meros protestos em todas as partes do mundo, reafirmando que "vidas negras importam."
O skatista e mestre de cerim�nia da cultura hip hop Lucas Bicalho, de 19 anos, participou dos protestos por justi�a para Beto Freitas. Para ele, � importante barrar a 'onda de racismo' que vem de muito tempo no Brasil. "Em todo jornal, na TV ou site, sempre vemos a morte de jovem preto", afirma. Por ser skatista e fazer parte da cultura de rua, ele diz que sofre com a opress�o pela pol�cia e empresas capitalistas.

"Esses assassinatos n�o podem ficar impunes. N�o podem passar em branco", afirmou. O jovem rebateu o argumento que algumas pessoas usam para justificar o assassinato. "Dizem que a v�tima tinha antecedente criminal. Mas quem vai ao supermercado n�o tem sua ficha criminal marcada na testa. A pessoa tem que ter a seguran�a de ir ao supermercado e n�o morrer", completou.
Lucas reafirmou que as pessoas n�o podem ser condenadas pela cor da pele. "Muito triste ser julgado por sua pr�pria pele. A pele mais escura � vista como inimiga do estado, inimiga das empresas capitalistas."
Um dia depois do assassinato de Beto Freitas, o CEO global do Carrefour, o franc�s Alexandre Bompard, afirmou que a empresa "n�o compactua com racismo e viol�ncia" e que pediu ao Grupo Carrefour Brasil que "seja realizada uma revis�o completa das a��es de treinamento dos colaboradores e de terceiros no que diz respeito � seguran�a, respeito � diversidade e dos valores de respeito e rep�dio � intoler�ncia."